Fascinação

Capítulo 49

A casa parecia silenciosa e vazia quando Hermione saiu da garagem, Malfoy uma presença tranquilizadora atrás dela. Estava abafado por ter ficado fechado durante toda a semana – as cortinas tinham sido fechadas no lado sul para impedir que o sol entrasse, e partículas de poeira pairavam no ar quando ela entrou na sala de estar. Felizmente, Hermione conseguiu ultrapassar a soleira sem sofrer um colapso. Depois de como ela se sentiu ao chegar em casa no domingo passado, ela estava meio que esperando que um ataque de pânico tomasse conta dela e a agarrasse pelo pescoço, transformando-a novamente em uma bagunça patética. Especialmente considerando que ela tinha acabado de menstruar e se sentiu um desastre emocional quando acordou. Pelo menos ela sabia que não estava grávida. E quando ela chegou em casa, ela se sentiu um pouco nervosa. Foi uma surpresa agradável.

Malfoy encostou-se no batente da porta, observando com a varinha casualmente na mão enquanto ela ficava no meio da sala de estar e agitava a própria varinha - abrindo as cortinas e abrindo apenas uma frestinha das janelas. Estava ensolarado lá fora, mas fazia gelo, e Hermione queria refrescar a casa, não transformá-la em um freezer. Ela estava vestindo sua camisa fairisle creme, laranja e azul com jeans e confortáveis ​​botins forrados de lã, mas sem um encanto de aquecimento a brisa que soprava pelas janelas era forte. A única planta de sua casa na sala de estar – uma planta aranha pendurada em um cabide de macramê que Rose havia feito há vários anos – parecia bastante triste. Ela regou com um aguamenti e sorriu para Malfoy.

"Agora, faça isso em todos os cômodos."

"Que emocionante", disse ele secamente. "Lidere e eu seguirei." Ela sentiu o toque atrevido da varinha dele em sua bunda ao passar e riu consigo mesma. Ela pensou que sabia por que ele preferia segui-la. Ele havia dito antes, quando chegou para buscá-la na casa do pai, o quanto gostava daqueles jeans nela. Eles eram legais. Hermione sempre pensou que eles faziam maravilhas para sua bunda, não que Ron parecesse notar de uma forma ou de outra. Ela tirou as botas perto da mesa final.

"Você pode deixar os sapatos," ela disse a Malfoy enquanto mexia os dedos dos pés nas meias rosa claro. Ele os tirou, porém, e suas meias cinzas – assim como a gravata – estavam cobertas de pomos dourados. Hermione sorriu. "Presente de Scorpius?"

"Como você adivinhou?"

Ela abriu as janelas da cozinha e espiou na geladeira. Tudo o que restava ali parecia bem – ela havia levado as folhas verdes e o leite para a casa do pai e trazido de volta uma garrafa nova de leite, que tirou da bolsa de contas e enfiou na geladeira. Ela regou o aloe vera da sala de jantar e abriu as cortinas, mas não se deu ao trabalho de abrir as janelas. A brisa acabaria vindo da cozinha. E então só restou o andar de cima. Hermione parou no pé da escada, com as mãos nos quadris, e suspirou.

"Vamos, Granger," Malfoy disse gentilmente e passou por ela, apertando seu ombro e dando um breve beijo em sua têmpora, subindo as escadas de dois em dois, como se tivesse quinze anos em vez de quase quarenta. Hermione sorriu, observando-o. Quando chegou ao topo, sentou-se e sorriu para ela. "Sinto-me mais sem fôlego do que acho que deveria. Merlin." Ele estendeu uma mão para ela. "Mas tudo parece seguro." Ele sorriu, provocando docemente, embora houvesse um pouco de tristeza em seus olhos. Empatia. "Venha aqui. Ou você precisa que eu vá verificar os guarda-roupas e debaixo das camas primeiro?"

"Eu sei que é seguro, seu idiota," Hermione disse indignada, embora ela pudesse ver o que ele estava fazendo e apreciasse isso. "Eu acabei de -"

"Eu sei." Ele a olhou avaliativamente e suspirou. "Você quer apenas ir para minha casa? Podemos usar o flu. Ninguém precisa saber. E podemos seguir as regras - vou me comportar da melhor maneira."