Fascinação

Capítulo 11

Naquela noite, Hermione caiu na cama seminua, adormecendo segundos depois de sua cabeça bater no travesseiro, e seu sono foi profundo e sem sonhos. Quando ela acordou na manhã seguinte com o toque do alarme, a noite anterior voltou correndo. A conversa, a risada, a bebida, o beijo . E ela queria fazer isso de novo. Ela fez. Não havia como negar. Ah, Merlin, o que ela estava fazendo? O que havia de errado com ela? Ela deveria ser mais sensata do que isso.

Hermione gemeu e rolou para fora da cama, grogue e em pânico interno enquanto se preparava para o trabalho. Ela não era o tipo de mulher que deixava outros homens beijá-la. Ela e Ron podem estar namorando, mas isso não significa que não há problema em ela ser infiel. Flertar com Malfoy era uma coisa, mas beijar – mesmo um beijo casto como esse? Isso era inaceitável. Ela havia cruzado uma linha. E pior, ela queria desesperadamente atravessá-lo um pouco mais.

Ela bebeu seu café parada na bancada da cozinha e olhando sem foco pela janela, tentando pensar na audiência, e só conseguiu pensar em Malfoy. Do quanto ela se divertiu, independentemente da tensão sexual. Ela nunca se sentiu assim com Ron – o que ela e Ron tinham era uma espécie de familiaridade confortável. Eles não tinham nada em comum, exceto os anos em Hogwarts e os filhos. Sem interesses, sem ambições, sem traços de personalidade. Eles eram tão diferentes quanto poderiam ser, e embora as crianças sempre tivessem dado a eles um propósito comum, agora com as crianças em Hogwarts, Hermione estava vendo as coisas como elas realmente eram.

O que isso significa para o futuro? No momento, Hermione não achava que isso fosse muito promissor para ela e Ron, independentemente do flerte com Malfoy. Mas a audiência seria às onze horas, e Hermione não teve tempo de ficar parada e deprimida; ela precisava revisar suas anotações. Ela engoliu o resto do café, vestiu um cardigã leve por cima do vestido camisa azul marinho, calçou um par de sapatos de salto baixo e pegou sua bolsa, atravessando o flu com um clarão de fogo verde.

Houve uma batida na porta do escritório de Hermione pouco depois das dez, que Hermione reconheceu como sendo de Mariska, e ela chamou a mulher mais jovem para entrar. Mariska parecia muito presunçosa quando ela passou pela porta, fechando-a silenciosamente atrás dela. Hermione arqueou uma sobrancelha, tornando sua expressão severa. Ela não estava com disposição para bobagens.

"O Sr. Malfoy está aqui com o seu casaco, Sra. Granger-Weasley," Mariska disse, e então apertou os lábios com força, claramente tentando não sorrir loucamente. O sangue de Hermione gelou e ela resistiu à vontade de afundar a cabeça nas mãos. Claramente ela era incapaz de qualquer tipo de discrição, e Malfoy também não estava exatamente tentando ser discreto, apenas aparecendo em seu maldito escritório com seu maldito casaco de Merlin. Ela sorriu docemente para Mariska.

"Mande-o passar, por favor, Mariska."

"Claro, Sra. Granger-Weasley. E eu não quero exagerar, mas... não posso culpá-la," Mariska disse confidencialmente, seu tom verbal equivalente a uma piscadela enquanto ela pairava perto da porta. , a mão na maçaneta. "Depois do comportamento do Sr. Weasley e tudo mais."

"Oh Deus, Mariska, não é nada disso, honestamente," Hermione protestou, mas suas bochechas ficaram quentes e ela tinha certeza de que sua secretária não acreditaria nela. "Fui até a casa dele para tomar alguns drinques depois do trabalho ontem à noite, só isso."

"Oh. Sim. Claro", disse Mariska se desculpando, claramente não acreditando em uma palavra disso. "Vou mandá-lo passar." E então ela saiu pela porta com um pequeno sorriso, deixando-a entreaberta. Houve um breve murmúrio de conversa audível antes da porta se abrir novamente – tempo suficiente para Hermione verificar se ela não parecia assustadora. Ela parecia cansada ao redor dos olhos, mas apresentável, seu cabelo hoje estava ondulado e preso para trás de lado, longo o suficiente para cair logo abaixo dos ombros e não muito fofo.