A prova.

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Os residentes estavam em salas separadas porém, idênticas umas com as outras. Estavam sentados em uma cadeira simples de madeira com uma almofada embutida onde seria a parte onde se senta. A mesma ficava de frente para as poltronas totalmente confortáveis de espaço mínimo para apenas uma pessoa, haviam três dessas de frente para a simples cadeira onde se sentariam os residentes.

Após uma apresentação rápida dos especialistas, os mesmos repassam como funcionaria a prova.
A prova era dividida em três níveis: fácil, que treinava a percepção de diagnóstico dos residentes contendo sete perguntas. Intermediário, que testava a reação dos residentes ao lidarem com muitos casos sob pressão contendo oito perguntas. E o difícil, que testava a capacidade de escolhas para salvar uma vida em casos de extrema delicadeza, esse de longe era o mais difícil e continha dez perguntas, totalizando vinte e cinco perguntas na prova.

Os dois primeiros níveis, fácil e intermediário eram passados juntos, tendo uma hora e meia para a resolução de todos os casos contando quatro (4) pontos cada pergunta, precisava-se de no mínimo oitenta e cinco por cento (85%) das perguntas respondidas corretamente para poder se formar. Com um intervalo de quarenta e cinco minutos para almoço e necessidades fisiológicas, voltariam para a sala meio-dia e meia onde fariam a última parte da prova, durando mais uma hora e meia.

A primeira fase havia começado há alguns minutos, mas para os residentes já pareciam horas. Os tais especialistas que lhes faziam as perguntas eram totalmente intimidadores, aquela situação por completo era intimidadora! Eles além de responder as perguntas que eram mais complexas do que haviam pensado, também precisavam aturar um deles anotando absolutamente tudo o que faziam, coisa que os deixava ainda mais amedrontados.

A situação era ainda pior para Marinette, pois por algum motivo, não conseguia parar de pensar em Adrien, nos toques, nos beijos, o gosto, os sons... Céus! Aquilo estava tão presente em seu corpo que chegava a desconcentrar, mas ela relutou contra seus pensamentos para que prestasse total atenção a situação em que estava, e se resolveria com a tensão sexual que ainda estava gravada em seu corpo por aquele loiro com ele mesmo.

Uma hora e meia mais tarde, os amigos se encontram no praça de alimentação do tal prédio.
Todos com os olhares cansados e alguns até pareciam segurar lágrimas de desespero.

[Marinette] _Se essa era a parte fácil, então eu me recuso a entrar lá de novo. *Falou chorosa deitando os braços e a cabeça sobre a mesa em sinal de derrota.*

[Alya] _Eu tenho certeza de que errei uma das perguntas só pela intimidação que o médico me lançou. Eu juro, fiquei tão nervosa que acho que eles ouviram meu coração bater. *Falou em desespero.* _Achei que Théo ia nascer ali mesmo. *Falou arrancando alguns sorrisos cansados dos amigos.*

[Nino] _Amor, vamos pegar algo para comer! Você não pode passar do horário. *Falou cuidadoso.*

[Alya] _Vamos. Vocês vem? *Questionou olhando para o loiro que estava pensativo olhando para a azulada e a mesma ainda debruçada sobre a mesa.*

[Adrien] _Vou comer depois. *Falou sem dar muita importância.*

[Marinette] _Idem! *Diz sem ânimo.*

[Nino] _Não demorem! *Falou preocupado pelo horário e saiu com Alya.*

[Adrien] _Mari, tá tudo bem? *Questionou vendo a azulada inquieta.*

[Marinette] _Não, e é culpa sua! *Resmungou.*

[Adrien] _Minha? O que eu fiz? *Questionou confuso.*

Marinette lançou um olhar feroz sobre o loiro quase indignada. Pegou a mão do loiro após de levantar, e saiu levando ele pelos corredores com determinação enquanto o loiro insistentemente perguntava para onde estavam indo e o que havia acontecido para aquela reação tão repentina.
Marinette adentra o banheiro mais afastado do prédio, era o banheiro feminino. Ela averiguou bem o lugar em busca de câmeras e para sua sorte, não havia nenhuma. Trancou a porta do banheiro, retirou com ignorância o sobretudo que usava sob o olhar assustado do loiro que apenas cessou quando Marinette olha em seus olhos e confessa:

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