Capítulo 6

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 Alguns dias se passaram e continuamos a investigar na empresa da Wave Bebidas

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Alguns dias se passaram e continuamos a investigar na empresa da Wave Bebidas. Nós três, San, Mingi, e eu, resolvemos trazer de volta nossa ideia de roubar algo daqui. Dessa vez, nós vamos fazer isso de dia para ser mais fácil.
Quando estávamos planejando melhor essa ideia, me lembrei daquele outro funcionário que ajudamos outro dia, que acabou nos levando ao armazém.
"Nós podemos nos aproximar dele para tentar entrar lá novamente."
Sugiro.
"Não!"
San contraria.
"E por que não? Eu gostei da ideia, assim é bem mais fácil."
Mingi questiona.
"É que... pode ser perigoso."
Explica o loiro. Insisto na minha ideia e ele acaba cedendo. Por que isso seria perigoso, afinal? Perigoso mesmo é tentar invadir uma empresa desse tamanho de noite sem nenhum preparo ou plano antecipado.
Em nosso local de trabalho, avisto aquele outro funcionário. Como de costume, está sendo repreendido pelo seu superior.
Quando fica sozinho, vou até ele e pergunto se quer ajuda para carregar algo. Ele diz que não precisa de nada, mas eu insisto, o meu plano não pode ser estragado assim.
Finalmente, ele diz que eu posso ajudá-lo a carregar algumas caixas. Esperava que ele fosse me dar algo pesado, mas fiquei apenas com duas das suas caixas, e ele com todo o resto. Por que se esforça tanto se nem parece valer a pena? E continua sendo tão criticado?
No meio do caminho até o armazém, ele acaba tropeçando e quase cai. Por sorte, San estava por perto e o ajudou. Choi pegou algumas das suas caixas e juntou-se a nós. Conseguimos chegar até o armazém em segurança. Boa parte do plano já foi concluída. Mas não podemos roubar algo com ele aqui, podemos ser pegos e denunciados.
"Aqui há... oito caixas, mas me lembro de ter visto mais com vocês, será que não deixou cair quando derrubou tudo?"
San tenta enrolá-lo para o garoto sair. Parece que deu certo, pois ele realmente sai, acreditando ter deixado algumas encomendas lá.

"Podemos executar nosso plano agora."
San concorda. Vou em direção a uma das caixas e a abro, e o mais velho faz o mesmo. Pego uma das garrafas, e apanho um pequeno saco no meu bolso, colocando boa parte do líquido na garrafa dentro dele.
Depois que terminamos, saímos do armazém.
"Ei, qual o nome de vocês, afinal?"
O garoto nos espera ao lado de fora. Não acho que seja necessário com os outros aqui, a menos que tenha a ver com o caso.
"Não tinha mais nenhuma encomenda? Ah, pelo jeito me enganei, sinto muito."
San tenta ignorar sua pergunta e segue em frente, faço o mesmo.
"Kang Sangyeon."
Ouço alguém chamar. Esse é o nome de San, o nome falso no caso. Mas por que o chamariam? E quem? Eu e ele nos viramos ao mesmo tempo em direção ao sujeito. Era um homem muito bem vestido, não tinha visto ele neste lugar antes.
"Sr. Park!"
Nosso superior arrogante corre em sua direção.
"É Park Seonghwa, o CEO. Ele é o outro suspeito, se lembra?"
San sussurra para mim. Ah! Havia me esquecido o nome dele.
"Ah, sim!"
Sussurro de volta. Mas o que o CEO desta empresa faz aqui? Nós chamamos muita atenção? Fomos descobertos?
"Não foi você quem chamei a atenção."
Sr. Park indaga ao outro superior.
"Por que me chamou?"
San pergunta a ele enquanto caminha em sua direção.
"Apenas venha comigo."
Diz e vai embora. San me olha rapidamente e o segue. O que foi isso?
"Parece que seu amigo se meteu em encrenca."
O outro garoto vem até mim. Se meteu em encrenca? Será que realmente fomos pegos? Por que apenas San foi chamado? Será que serei o próximo?
"Kang Sangyeon. E você? Qual o seu nome?"
Ele pergunta novamente. O que tanto quer de nós?
"Jung.. Seo Younghyun."
Não consegui ignorá-lo de novo, e quase que me perco no meu papel.
"Prazer, Lee Hyeon."
Ele diz seu nome mesmo sem eu ao menos perguntar. Não queria me aproximar dele, mas já é tarde demais.
Consigo ir pra longe dele e espero pacientemente até que San retorne. Já deve fazer alguns minutos desde que foi até lá. E se ele não voltar mais? Se passa mais algum tempo, e o vejo vindo de longe.
"Então, o que aconteceu?"
Pergunto. San se recusa a contar tudo e apenas diz que não era nada importante e que era sobre o nosso trabalho, nada mais. Será que não é mesmo importante algo que venha do nosso principal suspeito? Melhor deixar passar, eu confio em San, então não deve ser mesmo importante.
"Ah, você voltou!"
Aquele outro garoto, Lee Hyeon, se aproxima de nós.
"Nós precisamos ir, nosso turno acabou."
San diz, ignorante. E vai embora
"Sinto muito, ele é assim."
Não, ele não costuma ser assim ao meu ver. Não sei o que o fez agir tão arrogante.
"Ele é seu namorado, por acaso?"
Pergunta, me deixando surpreso.
"Ah, não. Não."
Na verdade, nem eu sei bem o que somos, mas não deve ser nada disso, no máximo apenas amigos. Percebo a hora e vou embora também, indo atrás de San.
"O que foi isso? Precisava agir desse jeito?"
Pergunto a ele.
"O que? Você nem conhece ele. Já falei que não é bom nos aproximarmos dos outros se não for necessário para o caso, nem trabalhamos de verdade aqui. Você sabe muito bem disso."
Decido que o silêncio é a melhor resposta. E é isso que faço.
"Precisamos examinar a garrafa ainda."
Essa é a última coisa dita por ele durante nossa conversa.

***

No escritório, esperamos pelo resultado da examinação. Choi Jongho se aproxima de mim.
"Sempre que tentamos investigar algo sobre eles, eles conseguem esconder tudo de algum jeito, como se já tivessem previsto isso. Você não acha um pouco estranho isso?"
Ele pergunta.
"Como assim? Onde quer chegar?"
"Você também não acha que há um impostor entre nós?"
Um impostor?
"Isso é um absurdo! Como haveria um impostor? Você está desconfiando de sua própria equipe!"
"Isso explicaria o porquê não conseguimos pegá-los tão facilmente! Alguém pode estar contando tudo a eles sem os outros saberem. Mas quem poderia ser?"
Ele está delirando, só pode!
"Isso não tem nada a ver! Não tem nenhum traidor aqui."
"Talvez o traidor seja você."
O que!
"Desconfia de mim agora? Como pode ter tanta certeza disso!"
Ele se levanta e vai embora sem dizer mais nada. Daonde ele tirou essa teoria sobre um traidor? Não tem como haver um entre nós. O mais importante agora é saber se há mesmo drogas naquelas garrafas, assim poderemos pegá-los de vez.
"Nós temos o resultado."
"E qual é?"
"Não há indícios de nenhuma substância anormal."
O que? Isso não é possível.
"Isso.. Deve ser um engano. Talvez nós pegamos a garrafa errado. Podemos voltar lá e.."
"Esqueça. Podemos tentar outra coisa."
Sugere San.
"É como eu disse. Eles previram isso. De novo."
Jongho volta com sua teoria maluca. E se ele estiver certo? Há mesmo um traidor entre nós? Não consigo imaginar ninguém que possa ser. Percebo algo estranho.
"Parece que já é hora do almoço. Você vem com a gente, Woo?"
San pergunta.
"Ah, vou daqui a pouco. Não precisa me esperar."
Então, ele se vai junto com os outros. Em uma das mesas do escritório, há um objeto muito familiar em cima. É a mesa de San. Chego mais perto. Esse é o diário que encontrei na cena do crime daquela vítima. Por que ele teria isso?
"Aconteceu algo?"
Alguém aparece e me interrompe.
"Não foi nada, já estou indo."
Era apenas Yunho. Deixo minhas dúvidas para trás e vou junto a ele.

𝐋𝐞𝐢 𝐝𝐨 𝐓𝐫𝐚́𝐟𝐢𝐜𝐨 | WoosanOnde histórias criam vida. Descubra agora