GATES OF HELL - I

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Quinta-feira,19:32

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Quinta-feira,19:32

Por quê? — foi a única coisa que consegui balbuciar assim que o motorista parou me pedindo para descer do carro, quase me expulsando. Claro que eu não tive escolhas, tive que trilhar uma ladeira assustadora, enevoada, enquanto carregava uma mala pesada comigo.

20:27 da noite.

Chuva. Uma chuva forte que levou meu único guarda-chuva. Encharcada, eu estava encharcada na metade do caminho até a mansão Beaumont. Frio. Estava congelando cada centímetro do meu corpo com aquelas pequenas gotículas que mais pareciam agulhas finíssimas que caiam e adentravam forte em minha epiderme, causava certa cócega tortuosa.

20:40 da noite.

Gelado. O aço enferrujado dos portões estava gelado, fazia com que aumentasse o frio exponencialmente nas pontas dos meus dedos. A chuva forte caía de forma torrencial no pico da montanha onde a mansão antiga residia. O barulho era estrondoso, junto aos trovões, eu diria que era digno de um filme hollywoodiano de terror.

Cheguei, vovó! — olho as grandes grades do portão imponente à minha frente. Forcei as barras perfeitamente simétricas para dentro e vejo meu caminho livre para acessar a mansão Beaumont.

Olhando a janela, consigo a ver parada em frente aos grandes portões e nesse momento talvez eu seja a personificação da inveja

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Olhando a janela, consigo a ver parada em frente aos grandes portões e nesse momento talvez eu seja a personificação da inveja. Inveja das gotas de chuva que percorrem a pele do pescoço dela, escorrem pela jugular. Consigo sentir o cheiro do sangue nas veias dela. Consigo ouvir os batimentos cardíacos dela, são como uma música melódica, só para mim. Finalmente, o dia em que eu teria minha recompensa, o dia em que eu poderia ter somente para mim um ratinho preso a este inferno comigo.

Senhor Beaumont, a garota que esperava está chegando, o que devo fazer?

Me viro para ela. — A receba e mostre o quarto que ela ficará o resto de sua miserável vida. Não diga a ela sobre mim, eu irei me apresentar a ela pessoalmente — , Me viro novamente para a janela, a vendo parada em frente agora, da mansão.

A mansão beaumont Onde histórias criam vida. Descubra agora