Cap. 9: Amigo ou inimigo?

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(Reescrita: 27/09)

13 de março de 2002, Digimundo

Yuri havia chamado as outras crianças e poucos minutos, Cody, Davis, Willis, Leon e Rei estavam reunidos ali.
Yuri, as crianças e seus parceiros estavam em frente a entrada da cidade fortaleza Haru. Havia dois Meramons na entrada, guardando a cidade-fortaleza.
Yuri se aproximou deles e perguntou:
“Boa tarde! Com licença, será que nós podemos entrar na cidade?”
Um dos Meramons respondeu.
“Claro que sim, mas não causem problemas.”
O outro Meramon complementou:
“Claro, todos aqueles que precisam de ajuda são bem vindos aqui.”
As crianças entraram na cidade… eles ficaram um pouco surpresos quando viram que a cidade era normal. Havia Torres de vigia e alguns digimons a postos, para guardar a cidade, os digimons crianças pareciam estar ajudando a preparar a comida e os bebês estavam brincando. Tudo estava em ordem e em paz… 
Yuri e os outros pararam alguns digimons e lhes perguntaram o que Beelzemon estava fazendo ali. As respostas eram sempre as mesmas, que ele estava ali para protegê-los e que havia os salvado do Imperador Digimon. Isso era estranho, considerando que ele deveria ser um digimal e deveria estar atacando esses digimons ou no mínimo fazendo algumas coisas ruins, como roubar ou destruir cidades.
Então, eles o acharam. Beelzemon estava na cidade, brincando com os bebês digimons e não parecia querer destruir ninguém… Yuri e as crianças se aproximaram dele.
“Oi, você deve ser… Beelzemon…certo?”
Beelzemon assentiu, observando as crianças com atenção.
“Ah, sim, sou eu. Vocês devem ser os visitantes que acabaram de chegar.”
Yuri concordou.
“Isso, nós ouvimos falar da cidade fortaleza e viemos até aqui… nós só queríamos ver a cidade e passar aqui rapidinho…”
Beelzemon olhou pra eles desconfiado. Com certeza, deveriam estar ali apenas pelos boatos de ele estar ajudando os digimons mais fracos apesar de ser um digimau.
“Entendo, vocês são os digiescolhidos, estou certo?”
As crianças assentiram, concordando. Dessa vez, Davis quem falou.
“Ah, nós somos digiescolhidos sim… Porquê?”
Beelzemon respondeu.
“Ah, é um pouco difícil de explicar… mas eu tenho uma parceira. Estive esperando por ela durante muito tempo… mas eu decidi digivolver enquanto esperava por ela. Eu queria me tornar mais forte para protegê-la… Tem alguma criança sem parceiro?”
Davis ligou os pontos de forma rápida e disse:
“Ah, sim. A Rei ainda não encontrou o parceiro dela. Tenho certeza… deve ser isso mesmo… deve ser você! Você deve ser o parceiro dela.”
Nesse momento, Rei olhou para Beelzemon com expectativa. Ele… era realmente o parceiro dela?
Ela sorriu. Ela pegou o digivice que estava no bolso de seu short azul escuro e estendeu a Beelzemon. O digivice brilhou e apitou, indicando que ele era realmente o parceiro dela.
Rei sorriu.
“Que bom! Finalmente! Eu tô tão feliz de poder encontrar meu parceiro!”
Beelzemon também sorriu. Depois de todo esse tempo, finalmente havia encontrado sua parceira.
No entanto, os outros pareciam… preocupados. O fato de ele ser um digimal os incomodava, fazia as crianças se perguntarem se ele era realmente o parceiro de Rei, e os fazia se questionarem se deveriam mesmo confiar nele. Cody foi o primeiro a falar sobre esse pequeno incômodo em voz alta.
“Isso… isso realmente esta certo? Ele é um digimau. Ele deveria… ser ruim e destruir o digimundo e trazer caos e destruição.”
Beelzemon encarou o garoto e suspirou.
“Bom, eu não espalho o caos e a destruição. Não gosto nem um pouco que todos achem que eu deveria fazer isso ou aquilo sem nenhum motivo além do preconceito. Eu tenho uma parceira. Tenho que proteger o Digimundo, e não destruí-lo.”
Eu não espalho o caos e a destruição, pelo menos não mais…
Ele pensou, mas não teve coragem de falar aquilo, pelo menos não naquele momento.
As crianças ainda pareciam relutantes. Cody em especial. Rei suspirou.
“Olha, deem uma chance a ele. Se ele tentar… destruir o Digimundo ou algo assim, aí então vocês podem odiá-lo. Mas deem uma chance a ele primeiro.”
Leon concordou com a irmã.
“Eu concordo. Ele está até mesmo ajudando os digimons, acho que ele merece uma chance.”
Yuri falou, de forma bastante calma:
“Concordo. E ele poderia já ter acabado com nossos digimons se ele fosse realmente ruim.”
Willis sabia que deviam dar uma chance a ele, então disse:
“Acho que qualquer um merece uma chance.”
Cody estava incomodado com aquilo, ele sentia que não poderiam confiar em Beelzemon.
“Mas… ele é um digimal.”
Davis era uma espécie de líder do grupo, então apenas tentou manter a situação sobre controle.
“Cody, a maioria de nós concordamos em dar uma chance a Beelzemon. Ele ainda vai ter bastante tempo para conquistar nossa confiança, e acho que ele parece ser bom… ele está ajudando os digimons mais fracos… então, tente dar uma chance a ele, ok?”
Cody finalmente cedeu e concordou com um aceno de cabeça.
E assim, Rei e Beelzemon ficaram duas horas inteiras conversando, enquanto as outras crianças deram a eles espaço para que os dois pudessem se conhecer um pouco.
Após isso, as crianças foram convidadas a tomar chá, e elas aceitaram.
Por fim, as crianças foram embora. Leon e  Rei voltariam ao Digimundo no dia seguinte, já que Rei queria passar mais tempo com seu parceiro.

Continua…

Digimon Adventure 02Where stories live. Discover now