Capítulo IV
"Momentos bobos,
Risadas boas.
Não me lembro quanto tempo faz que isso não me motiva mais.Lembranças guardadas no fundo da caixa.
Foi o pouco que consegui salvar em meio a uma catástrofe.Você não é um amigo,
Um lugar em que eu possa 'retornar',
Um confidente,
Ou, apenas uma companhia pro jantar.
Você não é nada do que eu precise ou acredite.E ainda sim é tão surpreendente quanto.
Não sei o te aflige,
Mas estarei aqui esperando."- M.
Miguel Valentini
Uma das coisas que minha mãe mais brigava comigo era o quanto eu me desligava do mundo. Era engraçado porque tudo parecia está desmoronando da minha frente e ainda sim eu permanecia ali, olhando o nada. Talvez, porque eu tinha acabado de acordar, ou porque eu estava entediado.
Por um tempo isso sempre me pareceu ser um problema. Não era como se eu quisesse ignorar as pessoas ao meu redor, ou ser ignorante. Mas, depois disso entendi que era bom está dentro de uma bolha. Uma bolha silenciosa e as vezes sufocante...
Só que era melhor está dentro dela do que na realidade e notar que o mundo era muito mais feio e detestável do que eu poderia imaginar quando tinha 10 anos.
- Reunião encerrada!
Tomei um susto, mas passo bem.
Os olhos apáticos me encararam pela a última vez. Alguns saíram aos suspiros de mais um dia cheio de problemas para resolver. Outros, ainda resmungavam baixo sem ter escolha a não ser seguir as novas ordens.
Os dias eram sempre assim por aqui. Cheio de novas regras para dá, ou de novas reclamações para ouvir. Quase sempre eram as duas coisas e, de fato, não estavam errados em contestar. Todos tinham suas próprias ideias, intenções e pontos de vista. Ninguém em sã consciência pediria para trabalhar como um escravo para resolver problemas de imagem de um babaca milionário que não sabia colocar o pau dentro da calça.
E eu estava ao lado deles.
Porém, no outro lado desse caminho estava eu: a pessoa que tinha que resolver isso. Não tinha o que fazer, não era somente eles que teriam que ficar acordados. Eu mesmo já estava completando 1 mês sem poder voltar direito para casa, ou comer uma refeição digna.
Já nem sabia o que era aquilo. Meus empregados eram dignos de voltar para casa e de está com suas famílias, mas está era uma escolha que não poderia ser feita por mim. Havia uma vida em jogo e por mais que pedisse a Deus que fosse a minha, nada poderia mudar.
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Em Busca da Minha Justiça - 1° Livro | Série Em Busca |
RomanceMiguel Valetine é a prova de que a ganância pode cegar o homem a ponto de enxergar a sua vida como um grande jogo. Filho de um dos homens mais importantes dos negócios envoltos a tecnologia avançada, ele simplesmente vive uma mentira para conseguir...