-Tem certeza que tem o suficiente para fazer as compras, querida? Não quero te mandar atoa para a cidade.
-Tenho certeza, papai não se preocupe. -falo com um sorriso de canto, pegando a pequena mochila de saco nas costas.
-Está levando alguma coisa para comer? O caminho é longo até a cidade.
-Papai, você já me perguntou isso duas vezes. -falo rindo. -Eu estou levando comida, não se preocupe.
-Eu sei, você é inteligente e consegue se cuidar. Até mais inteligente que seu velho aqui. -Ele ri.
-Claro que não! Sabe que eu aprendi tudo o que eu sei com você. Nos viramos bem sem a mamãe, você fez um bom trabalho, papai.
Percebo papai esfriando mais a face. Tento evitar o máximo mencionar mamãe para o papai porque sei que ele fica muito chateado. As vezes eu penso que ele nunca vai superar à morte dela, afinal ela morreu logo após o meu nascimento. Nem fotos havia dela pela casa, o que sempre me perguntei o por que, mas se papai não gosta que falo sobre ela então eu não falarei, mas queria ao menos poder ver como ela era. Uma vez perguntei qual era a cor dos olhos de mamãe e papai me respondeu que eram azuis claros como ô céu, mas isso me pareceu estranho. Papai tinha olhas castanhos claros e cabelos grisalhos, mas então por que eu nasci com a cor de cabelo castanhos de mamãe, mas os olhos violetas? Isso é a coisa que mais me deixa curiosa, é possível? Mamãe era um mistério e papai mais ainda.
-Me desculpa-
-Não, não. Eu estou bem, não se preocupe, querida. Agora vá, se não ficara tarde demais para voltar.- ela fala devolvendo o sorriso no rosto, como se nada tivesse acontecido.
-Tudo bem, mas tem certeza que vai ficar bem sozinho?
-Seu pai pode estar velho e doente, mas sabe se cuidar.
-Eu sei.
-Agora vai e se cuide.
Nos abraçamos e ficamos por um tempo, solto os braços, mas papai continua o abraço. Eu não iria demorar, mas ele sempre fazia isso de tentar me segurar para não ir, e eu amava isso nele. Logo sigo meu caminho.
Entro em direção a floresta e sigo a pequena trilha em direção as casas de campo e fazendas, até a cidade. Ás folhas das arvores balançando com o vento e os barulhos de pássaros ao alto demonstra uma tranquilidade muito boa, mas no meio do caminho sinto uma presença entranha como se algo estivesse ali me observando, mas olho por todos os lados e não vejo nada, e o cheiro estava meio esquisito, mas deveria ser algum animal morto então apenas continuo meu caminho.
Se passa um tempinho caminhando e chego na estrada de terra onde haviam as plantações e casas. Lá na frente consigo ver a Sra. Mayumi, que estava coletando seus morangos, que ao me ver e abre um sorriso enorme. Ela estava junto aos seus quatro netos que brincavam logo atrás com lama e água.
-Senhorita Sumi! Como está, querida! -Ela fala se levantando alegre com tudo do chão, com o vestido manchado de vermelho do morango.
-Olá Sra. May! -A comprimento me curvando para ela. -Estou bem sim, e a senhora como está?
-Estou bem, querida! E seu pai, como está? Está melhor?
-Ele está melhorando aos poucos.
-Que bom, querida! Quando você voltar terá uma cesta cheia de Guioza para você e seu pai, ok?
-Não precisa Sra. May!
-Imagina, querida! Meu filho trouxe meus netos e deixou muitos Guiozas, pegue um pouco quando você voltar!
-Tudo bem então. Agora eu preciso ir.
-Vai com cuidado, tá bom?
-Ok, muito obrigada Sra. May!
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Demon slayer: O anoitecer do lobo roxo.
ActionSuzumi era uma simples garota comum que vivia afastada da cidade com seu pai, Sr. Shin. Mas em um terrível dia, Suzumi, ou melhor, Suzui. Foi a cidade comprar comida para ela e seu pai, quando no meio da floresta de volta ela acaba se trombando em...