9 - NIALL - ZAYN - LIAM

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Liam desceu as escadas pnto da vida. Que poha aquele irlandês gostoso dos infernos achava que estava fazendo? Inferno! Já não bastava os 352 foras que lhe dera nesse último ano? E que ficaram ainda mais frequentes depois que o idiota do Harry terminara com o Louis? Aliás, até a semana anterior ele sequer lhe dirigia a palavra. Só parara com a frescura anal depois da conversa com o baixinho no apartamento dele durante o feriado. E mesmo assim ficava negando e negando e negando. Ia morrer de bolas azuis por causa daquele loiro de farmácia!

Conhecera Niall antes de Harry colocar seus olhos verdes em Louis. Via o boy pelos corredores de engenharia – Liam cursava elétrica – todos os dias, acompanhado de um baixinho fofo que o moreno não havia dispensado dois olhares. Nessa época, sua fama de pega/larga já corria solta por todo o campus. Era chegar em alguém – homem ou mulher – e Liam sabia em primeira mão que já tinham ouvido falar dele, bem ou mal. Se os interesses coincidiam – uma ficada, duas no máximo e tchau-nem-me-liga – a coisa rolava. E rolava bem, rolava gostoso e rolava várias vezes enquanto estava rolando. Se o interesse era outro, ele nem insistia porque a tendência da outra parte era tentar reverter o resultado do jogo, o que implicava em longas conversas, corações partidos e "seu-fdp-quebrador-de-corações-maldito" no final das coisas e isso, depois de 6 semestres, estava cansativo.

Mas foi colocar os olhos no irlandês que as coisas ficaram diferentes. Queria uma foda com ele? Queria, muito. E a resposta foi um sonoro e risonho não. Nem um beijinho, nem uma pegadinha, nada. A cada encontro, em cada emboscada, o 'não' ficava cada vez mais sonoro.

Logicamente que ele não fazia isso na frente de Zayn ou Harry. Seria o suicídio de sua reputação de macho pegador se soubessem que ele estava rastejando tão baixo assim para ganhar aquele duende. E aí Harry encontrou Louis, como a explosão de uma supernova. O urso cabeludo e a fadinha, o belo e a fera, o dragão e a princesa ou qualquer outro clichê que demonstrasse a incongruência daqueles dois. Mas funcionava. Começaram a namorar, eram tão nojentamente românticos e melosos que eventualmente os 3 abandonavam o casal magia em qualquer lugar onde estivessem se pegando e iam beber juntos em outro canto. Zayn se distraía com seus ficantes e Liam batia firme na tecla irlandesa resistente.

E a resistência irlandesa resistia bravamente. Até que houve o rompimento. Harry sendo o idiota que era, chutou a fadinha mais linda e simpática que eles jamais conheceram, rachou o grupo e Liam sequer conseguia mais ver seu loirinho. Foram semanas em que só tinha vislumbres de Niall pelos corredores da uni. Ele havia bloqueado seu número e o de Zayn, desviava deles nos corredores, não frequentava as mesmas festas e saía do ambiente assim que percebia os dois por perto.

Culminou na festa de fraternidade em que Louis apareceu matador e triturou o coração de Harry, beijando um cara na frente dele. Niall enfim jogara na cara deles o motivo de seu afastamento e, apesar de dar total razão a ele quanto ao fato de Harry ser um imbecil peludo e demente, ele, Liam, não podia ser culpado por aquilo. Uma coisa não tinha nada a ver com outra.

Entre deixar Harry pnto ao falar que pegaria o Louis e convencer Zayn a ir com ele procurar o irlandês para acabar com o estranhamento, Liam teve que recorrer a todo o jogo de cintura que possuía sem deixar transparecer sua real intenção: ele precisava daquela boca rancorosa, de preferência mordendo a sua. Queria Niall como nunca quisera nenhuma outra pessoa. Não era santo, nunca fora, mas jamais enganara ninguém prometendo algo mais do que uma ficada casual.

Mas Niall não cedia e sua vontade não passava, bolas azuis por um ano até se dar conta que não era só tesão ou uma atração rasa que passaria depois de uma foda bem dada. Era querer ficar junto, ouvir a voz pelo telefone, trocar mensagens safadas à noite, beijos de bom dia, igual Louis e Harry tinham antes. Era aquilo que queria com o loiro, aquele pertencimento, a sensação gostosa de saber que a pessoa ao seu lado era completamente sua – não no sentido físico, mas no sentido romântico – vibrava na mesma frequência, curtia a coisa do 'juntos e misturados'.

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