I ARMAS PARA A CONFIANÇA

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FERNANDA DILUA

ARGOS II

  Até conhecer a estátua explosiva, Annabeth achava que tinha se preparado para qualquer coisa que acontecesse, eu por outro lado, nao havia me preparado para nada. Há muito já havia aprendido que meus planos eram uma merda e uma piada e que tentar seguir meus planos só servia para me fazer de palhaça de inúmeras formas.

  Saímos do acampamento assim que o sol começou a nascer, e mesmo que agora já fosse um horário avançado da manhã, Annabeth ainda estava tão ansiosa quanto quando deixamos o acampamento. Ela andara de um lado para o outro no convés do Argo II. Quando seu olhar se diria a mim, tentava me manter o mais tranquila possível, não sabia se isso ajudava ou a deixava com vontade de me atirar para fora do navio por estar tão calma enquanto ela estava uma pilha de nervos.

  Annabeth começou a falar como uma general, era algo comum para mim que já a havia visto durante a temporada de capíture a bandeira, mas entendi a reação dos outros que arrumaram a postura ou se encolheram um pouco sob a visão exigente e assombrosa da mandona Annabeth. Ela repassou o plano, e o plano B, e claro o plano C. Com a minha experiência, duvidava que as coisas ocorreriam como o planejado, por mais que Annabeth parecesse ter planos para qualquer contra tempo que pudesse da forma mais remota ocorrer.

Annabeth e Jason saíram por um segundo do convés acompanhado o sátiro-supervisor fanático por guerras, o treinador Gleeson Hedge. Estava longe para ouvir, mais sabia que eles estava dando um jeitinho de fazer o sátiro tirar a manhã de folga. Não os culpava por não querer um comedor de capim de meia-idade com roupas de ginástica brandindo um bastão e gritando: "Morram!" durante um voo em uma trirreme grega mágica indo para um campo romano potencialmente hostil.

  Tudo ia bem até aquele momento, todo o projeto Argos II havia se tornando algo melhor que o planejado. Análise o trabalho enquanto andava pelo navio de guerra voador, conferindo e reconferindo as balistas, para ter certeza de que estavam travadas. Certificando de que a bandeira branca de "Viemos em paz" tremulava no mastro. Tudo parecia em ordem.

  Mas algo ainda estava errado, partir do momento em que o Argos foi lançado ao ar, meu corpo inteiro entrou em alerta, um formigamento estranho me atravessava assim como calafrios, era uma sensação angustiante, incomoda, mas distante de certa forma, imaginei que fosse apenas a preocupação, que fosse a sensação de alerta a problemas. Mesmo que no fundo soubesse que não era, preferi ignorar.

  A embarcação de guerra desceu em meio às nuvens, e derrepente meu estômago se embrulhou, não só pelo fato indo de que estávamos no dominio completo do deus do céus, mas também com um único questionamento "E se os romanos entrassem em pânico e os atacassem de imediato? "

O Argo II definitivamente não parecia amigável. Sessenta metros de comprimento, casco revestido de bronze, bestas de repetição montadas na proa e na popa, um dragão de metal cuspidor de fogo como figura de proa e duas balistas giratórias capazes de lançar parafusos explosivos potentes o suficiente para atravessar concreto, fios de cobre revestindo os mastros para que o nosso amigo-lançador de raios tivesse um bom consultor para eletrizar qualquer oponente... bem, esse não era o transporte mais apropriado para um encontro amigável com os vizinhos. Além de todos esses apetrechos principais, o navio inteiro era cheio de "brinquedos" e experimentos, o chalé 9, fez como "uma oferenda" para o navio, levando invenções, as mais perigosas que cada um havia criado, era uma lembrancinha de cada um dos filhos do deus dos ferreiros. E influenciado o chalé de Hermes e ares entulharam armas em um arsenal nada organizado dentro do navio. Por mais que tudo isso estivesse "escondido" a primeira vista, o Argos continuava sendo uma puta ameaça a olho nu.

Estrelas em chamas II - Leo ValdezOnde histórias criam vida. Descubra agora