Quando ingressou na faculdade de jornalismo, Taehyung preferiu manter ambições comuns e algo em seu coração dizia que aquele seria o melhor ano acadêmico de sua vida, mas não pôde prever que no meio de sua graduação perfeita teria de entrevistar seu...
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Taehyung girou o anel dourado em seu polegar quando a última gota de soju desapareceu na ponta de sua língua. A bebida barata foi uma aquisição do mercadinho 24 horas que ficava a quatro quadras de seu apartamento. Era um gosto artificial de morango meio azedo, que ficava um pouco gorduroso em seus dentes, mas servia para o propósito de diminuir a frequência de seus pensamentos derrotistas.
Ratinhos que vivem dentro de flores e morrem depois de seis meses.
A fotografia de Jeongguk.
O fora de Min Sunwoo.
ㅡ Meu deus ㅡ sussurrou. As palavras em seu notebook desapareceram ao fechar os olhos e esconder o rosto corado entre as mãos.
Sabia que chafurdar em autopiedade em um banco público não era a melhor atitude para se tomar num domingo de manhã, mas estava cansado. E precisava de mais soju. Agora a garrafa de álcool estava vazia sobre a mesa de mármore atrás do mercado.
Taehyung colocou seu notebook embaixo do braço e se levantou para pegar mais soju. Deixou sobre a mesa sua bolsa marrom, o Manual do Jornalista, um bloco de notas e canetinhas coloridas. Os objetos estavam propositalmente espalhados para que qualquer pessoa entendesse o recado e não ficasse ali. Taehyung chegou primeiro e queria ficar sozinho, mas sentiu um embrulho no estômago ao retornar do mercadinho e encontrar um garoto loiro sentado naquele banco miserável.
Ok, eu tô sendo dramático.
A mesa era grande o suficiente para abrigar meia dúzia de estudantes cansados de serem adultos, embora Taehyung se sentisse no direito de ser um pouco dramático. Seu coração estava partido e precisava terminar uma nota sobre adoráveis ratinhos das flores que morriam depois de seis meses.
Sentiu um pouco de nostalgia ao se recordar do momento em que deixou Jeongguk na faculdade, após sua estranha reunião no quebra-mar de Jumunjin. Taehyung podia ter voltado para o apartamento, mas decidiu chamar Min Sunwoo para um jantar nem um pouco despretensioso, porque estava se sentindo solitário demais.
Sunwoo era um veterano do quarto ano de educação física, um garoto bonito, forte, engraçado e gay. Taehyung tinha uma queda por homens fortes e engraçados que podiam esmagar sua cintura e, ao mesmo tempo, fazê-lo rir até o estômago doer.
Sunwoo parecia o cara perfeito. Um estudante de cabelo vermelho que começou a conversar com Taehyung nas férias de inverno, em uma palestra sobre o cinema oitentista. Eles trocaram sussurros gentis durante o diálogo do professor de audiovisual e depois saíram para tomar café. Com a chegada do novo semestre, começaram a conversar pelos corredores e curtir os stories um do outro no Instagram.
Sunwoo enviava vídeos de cappuccinos saborizados para Taehyung, que testava as receitas apenas para levá-las ao garoto em seus treinos de boxe. O veterano praticava boxe com Jeongguk e outros caras da universidade.
