3: Corações que se partem

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Sejam bem-vindes às camadas de Kim Taehyung! ♡

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Aviso de conteúdo: descrição de crise de ansiedade

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Dezembro

Ensino Médio

Taehyung uma vez havia perguntado a sua mãe qual era a sensação de partir o coração de alguém. Alguém suficientemente importante, como um pedaço do seu céu.

Sua mãe, que sempre teve olhos gentis, não soube respondê-lo. Naquela noite, seus pesadelos dormiram dentro de seu corpo inconvenientemente desperto. Taehyung não conseguia pregar os olhos. Estava imaginando qual expressão Jeongguk faria quando o visse subir no palco onde devia brilhar.

Pensar em Jeongguk fez seu peito doer como a picada de algo suficientemente inofensivo para fazê-lo sobreviver, porém igualmente venenoso para obrigá-lo a carregar uma cicatriz pelo resto da vida. Pensar em Jimin, pelo contrário, fez seus olhos arderem. Ele os esfregou com raiva. Seu soluço despertou o desejo de arrancar os próprios olhos.

Suas lágrimas eram intermináveis. Não parecia haver um fim para elas.

Se questionou se a eternidade era apenas uma fantasia. Seu choro vergonhoso parecia eterno e cada vez mais forte. Cada vez mais inclinado a extrair toda a água de seu corpo e fazê-lo morrer miserável e solitário.

Escolher entre a primeira paixão e o melhor amigo devia ser considerada uma escolha fácil. Ninguém hesitaria em escolher o melhor amigo. Amigos antes dos amores.

Mesmo assim, Taehyung ainda sentia dor.

Jeongguk era sua primeira paixão. Jimin era sua alma gêmea, que cresceu na barriga da melhor amiga de sua mãe e veio ao mundo um dia antes dele, esperando-o nascer para entrelaçar os pequenos dedos aos seus e firmar outro tipo de eternidade que Taehyung acreditava ser um presente do céu. Tinha certeza que foi algum tipo de anjo na vida passada para merecer um amigo como Jimin.

Taehyung sabia que Jimin não julgaria suas práticas controversas, mas esperava que, no fundo, Jeongguk não julgasse também.

No último mês de ensaio, Taehyung não apareceu na sala de espelhos da mãe de Jeongguk, onde o garoto costumava praticar todas as manhãs. Não tinha coragem de olhar para aqueles olhos de corça e dizer que também participaria do concurso de dança. Tinha medo do que veria neles.

Tinha medo da própria crucificação. O corpo de Jeongguk, ainda no início da puberdade, podia borbulhar com facilidade e fazê-lo perder a paciência.

Jeongguk era impulsivo demais. Impulsivo na intensidade de seus amores, e impulsivo na intensidade com que repelia pessoas que tendiam a feri-lo. Jeongguk sempre odiou a violência, mas seu juízo de valor não impedia que sua língua ferisse mais do que um soco. Era dessa forma que ele afastava os antagonistas de sua vida e amansava seu próprio coração. Foi dessa forma que cuspiu o coração de Taehyung.

Se nós pudéssemos contar os girassóis | TaekookOnde histórias criam vida. Descubra agora