Maratona de Filmes

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Castiel ainda permanecia sentado à mesa, imerso em seus próprios pensamentos. Antes, seus dias consistiam em observar os humanos e seguir as ordens do céu. Depois que se tornou um aliado dos Winchester, lutar contra demônios, criaturas e até mesmo contra seus próprios irmãos para ajudá-los fora sua missão de vida. No entanto, tudo mudou com a chegada de Jack. O menino havia se tornado o centro de sua existência e preocupações.

Não sabia o que poderia fazer nesse tempo livre que tinha ganhado (a contragosto) pela primeira vez. Levantou-se incerto, mas decidido a seguir as instruções de Dean, imaginando que ao menos poderia tentar algo diferente e tomar um banho. Castiel estava até mesmo cogitando tentar assistir algo na TV mais tarde, já que o caçador parecia realmente se divertir quando passava horas de frente para a tela ou, como preferia, poderia ler um dos livros da biblioteca como Sam geralmente fazia.

O anjo caminhou pelo corredor em direção ao quarto que ganhara no bunker há alguns anos. Após passar pela porta, fechou a mesma atrás de si, tirando as próprias roupas com calma enquanto se aproximava da suíte, depositando os tecidos no cesto de roupas sujas, antes de entrar embaixo do chuveiro. Ele suspirou, ajustando a temperatura, sentindo as gotas de água morna começarem a cair por sua pele e agirem em seus músculos, relaxando-lhe por completo em instantes. Até aquele momento não havia notado o quanto suas asas estavam tensas e seu corpo cansado depois de tantos meses de negligência de sua parte.

Agora entendia os motivos dos humanos dizerem que um banho era algo revigorante. Havia demorado mais tempo do que esperava em meio ao vapor d'água e realmente fora um desafio enrolar-se em uma toalha e sair do local quente e aconchegante.

Enquanto refletia sobre si mesmo, percebeu o quanto sentia falta e gostaria de sair para viajar pelo mundo como costumava fazer, somente para admirar as criações divinas. Voar... Há tanto tempo que suas asas não sentiam o ar batendo entre as penas escuras e isso lhe deixava triste sempre que lembrava das sensações que não se permitia mais ter. Mas não possuía coragem de ficar tão longe de Jack, ainda não, mesmo sabendo que estava em boas mãos com o loiro, preferia estar ali para caso fosse necessário.

Somente no quarto, e depois de revirar seu guarda-roupa vazio, Castiel notou que tinha se esquecido do mais importante: ele não tinha roupas limpas para vestir. Seu terno, gravata e fiel sobretudo era tudo o que possuía, já que nunca havia se preocupado com este fato.

Claro que ele poderia somente estralar seus dedos e teria uma roupa nova em segundos. No entanto, sua mente estava tão exausta e não usava sua graça há tanto tempo, que sair enrolado na toalha para procurar o Winchester e pedir ajuda parecia ser a melhor opção naquele momento.

Não precisou caminhar muito, já que o quarto do loiro ficava ao lado do seu. Porém, não havia encontrado ninguém no cômodo, imaginando que o mesmo estivesse mais adiante, com o bebê, seguiu o corredor, enquanto seus ouvidos capturavam o som baixo das cordas do violão e a voz de Dean cantando. Não existia mais choro. Quando chegou à porta entreaberta, pode observar o pequeno nefilim quase dormindo no berço, mas com um sorriso banguela no rosto de quem estava lutando contra o sono para continuar encarando o loiro tocar. O maior estava sentado na cadeira de frente para o berço, com o violão em seu colo, enquanto cantava a música que o anjo ouvira tantas vezes e decorado em sua mente, já que Jack parecia amar a música, sempre se acalmava ouvindo.

Ele até mesmo havia tentado cantar "Winter Bear" para o mesmo uma vez. Contudo, percebeu que não levava jeito para ser cantor. Já Dean parecia agradar bastante ao bebê quando o ninava desta forma. Não podia julgar Jack, o Winchester realmente cantava bem e ele também gostava de ouvi-lo.

Little Jack - DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora