I won't ask you to wait if you don't ask me to stay

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Quem é vivo sempre aparece, né?
Olha eu aqui de novo. Aconteceu MUITA coisa na minha vida nessas últimas semanas e por isso o sumiço. Peço desculpas. Mas já que aqui estamos, bora terminar essa história.

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A luz do sol da manhã atravessava janelas desconhecidas e Natasha levou um momento para compreender onde estava. Ela se sentou na cama e examinou o quarto em que se encontrava. Era simples e discreto, apenas a cama, uma poltrona no canto, uma estante grande e abarrotada com livros e um guarda roupas, alguns quadros espalhados pela parede e as mesas de cabeceira com um abajur de cada lado. A porta se abriu revelando Steve, usando apenas uma calça de moleton, segurando duas canecas.

- Bom dia, dorminhoca. - disse com uma risada enquanto cuidadosamente deslizava de volta para a cama ao lado dela.

Steve a entregou uma das canecas e uma camiseta grande dele. Ela puxou a camisa pela cabeça e depois tomou um gole de café exatamente como gostava.

Ele se lembrava até disso.

Romanoff olhou para ele surpresa ao encontrá-lo observando-a ansiosamente e o viu sorrir desfazendo facilmente as linhas de preocupação acima de sua testa enquanto soltava o que parecia ser uma risada aliviada.

- Não vou mentir, pensei que suas preferências em relação ao gosto do café poderiam ter variado, mas acho que algumas coisas nunca mudam.

Assim como na noite do jantar e na tarde que passaram com Elizabeth no parque, a conversa fluía com facilidade, as risadas eram constantemente trocadas, parecia que nunca haviam deixado de ser quem eram no passado. Se sentiam mais leves do que nunca.

- Betty não acordou? - Natasha perguntou curiosa.

- Minha mãe veio buscá-la bem cedo, combinaram de passar o dia juntas. Eu até tentei argumentar e pedir pra mudar a programação dizendo que tinha planos com você, mas conhece dona Sarah...

- Rogers, contou pra sua mãe que passei a noite aqui? Ficou maluco? - questionou preocupada.

- Qual o problema? Não é como se não estivesse estampado na nossa cara que a gente se gosta desde adolescentes.

- Sim, mas... Isso não é um compromisso, não pode sair contando essas coisas assim.

- É um compromisso até o último minuto que você estiver aqui, e não se fala mais nisso. - argumentou a puxando para si.

- Você é impossível. - devolveu já amolecida, fazendo o máximo esforço para fugir de seus braços.

- Não... Aonde vai? - Steve resmungou e ela puxou a camisa dele pela cabeça com um sorriso indecente.

- Tive uma noite absolutamente suja, sinto que preciso me limpar. - Natasha jogou a camisa em sua direção, deixando a pele nua exposta - Você vem?

- Sim, senhora.

🍂

Durante as três semanas, Steve e Natasha dirigiram para cima e para baixo em todas os lugares que costumavam ir antigamente, ocupando seu tempo como faziam quando eram mais jovens, mas dessa vez com a pequena Betty como companhia. Bebiam chocolate quente, sentavam-se perto da lareira e assistiam filmes, beijavam-se sempre que podiam e quase nunca deixavam de se tocar de alguma forma. Steve sempre a segurava como se soubesse que teria que soltá-la muito mais cedo do que gostaria. Natasha não conseguia parar de olhar para ele, tentando memorizar essa versão dele. A versão deles juntos. Eram uma versão mais velha e madura de si mesmos, livres de mágoas e rancores juvenis, mas nunca escapando de uma névoa silenciosa de tristeza que às vezes tinha gosto de arrependimento, se ela fechasse os olhos e se concentrasse demais nisso.

'Tis The Damn Season - ROMANOGERS #CONCLUíDAOnde histórias criam vida. Descubra agora