• CAPÍTULO 3 •

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• DIAS ATUAIS

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• DIAS ATUAIS... •

Continua...

• 07:00 •

Existia uma sensação atormentava minha mente mais do que qualquer uma outra, a sensação de estar sendo observada.

Os pés doloridos são em decorrência à noitada do meu aniversário. A sala de aula parecia estar mais distante do que o normal hoje.

Deslizei as mãos pelo rosto, persistindo em me manter atenta, batalhando contra a exaustão que tomara minhas juntas e cada parte da minha cabeça latejante, como se um coração pulsasse dentro dela. 

Os corredores estavam vagamente vazios quando cheguei. O alívio de não estar esbarrando em porções de pessoas me dominava o peito. Talvez fosse pelo atraso que cheguei, ou somente por estar em um dia de sorte.

— Elisa.

A voz profunda veio de trás, atraindo a minha atenção quase que imediatamente. As roupas eram sempre tão parecidas; peças pretas e que cobriam o seu corpo quase por inteiro.

Aidan.

— Ah, bom dia, Aidan! — Esforcei-me para atropelar a apatia pelo dia de hoje com um sorriso simples.

— Não te vi por aqui ontem. Está tudo bem? — parou à minha frente.

Elevei meu olhar até o seu, Aidan me olhava de cima tão fixamente, mas soava tão leve. Ele ergueu as sobrancelhas em busca da sua resposta, mas eu estava aérea.

— Os meus amigos decidiram passar um tempo comigo. Agradeço a preocupação — poupei os muitos detalhes.

— Bem, feliz aniversário, de qualquer forma! — sorriu abertamente, exibindo as presas pontiagudas.

 Sua boca atraiu o meu olhar. Droga, ele estava mexendo comigo muito mais do que eu gostaria.

— Obrigada, mas como você sabe que é meu aniversário? — eu não havia dito a data exata do meu aniversário à ele.

A curiosidade estampada em meu rosto pareceu agrada-lo.

As coisas correm por aí, Lisa — as palavras saíram enquanto ele deixava distância entre nós. — Eu preciso fazer algumas coisas agora. Até depois, querida!

Querida? Lisa? 

Oh, meu Deus, meu coração estava em completo apuros, mas eu não conseguia achar positividade nesse sentimento. Eu possuía um medo execrável de me apaixonar mais uma vez.

As unhas subiram em súbito para os meus lábios. Uma confirmação de cabeça fora a minha resposta para o seu charme.

 Aidan emanava diferença. Havia algo em seu olhar que eu não tinha o mínimo de acesso. É difícil dizer algo sobre ele, principalmente por ele não me permitir raciocinar quando me olhava daquela forma. Aquele olhar âmbar. Os lábios avermelhados guardando presas brancas e ,muito provavelmente, afiadas.

Um suspiro pesado escapou pelas narinas quando sua imagem grande e definida sumiu completamente do meu campo de visão.

Seguir para a sala de aula fora a opção que me restara. Pessoas desatentas e desinteressantes.

"— Onde estão Nickoly e Dylan? — Pensei."

(...)

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