The After World - Daryl Dixon

The means to an end

Assim que amanheceu, fui uma das primeiras acordar. Olhei para o meu lado e Glenn continuava dormindo, ri da cara engraçada que o mesmo fazia. Hoje vai ser um dia difícil, com a situação de Daryl, mas meu pai vai dar conta. Após fazer minhas higienes pessoais, me dirigi a pequena fogueira e comecei a preparar um café que Glenn trouxe em uma de suas idas a cidade. Observei que Dale saiu do trailer logo em seguida, e mais pessoas foram se juntando e fazendo suas devidas tarefas.

Vi minha mãe e Carl saírem da barraca, ela me pediu para deixar uma muda de roupas limpas para o xerife, após isso fui ajudar as mulheres a lavarem a roupa.

Quando estávamos estendendo meu pai acordou, já vestido foi andando pelo acampamento. Eu ainda não consigo acreditar no milagre que é vê-lo aqui com a gente.

Glenn observava Jim e Morales retirar umas peças do carro roubado para serem reutilizadas, resolvi me aproximar da cena engraçada. Meu pai chegou logo em seguida, dei um abraço como se não houvesse amanhã no mesmo e ele me encarou risonho.

- Olha só pra eles, um bando de abutres. - Glenn disse bem indignado por não ter seu carro dos sonhos. - Isso aí vão tirando tudo mesmo.

- Os geradores vão precisar de toda energia que conseguir Glenn, sinto muito. - Dale disse dando um tapinha no ombro do mesmo.

- Pois é garotão, o projeto Toretto não vai conseguir ser posto em prática por esses dias. - Dei um beijo na bochecha e na do meu pai, deixando os dois, resolvi que ia falar com T-Dog quando escutei um grito na floresta. Era Carl, gritando, por nossa mãe.

Imediatamente peguei minha faca que estava no pé da barraca e fui em direção aos gritos, meus pais, Shane, Glenn e Jim vinham logo atrás.

Encontramos com Carl, Jacqui e Sophia graças a Deus em segurança. Olhei para o meu pai e o mesmo acentiu com a cabeça, entramos mais na mata e vimos um deles. O morto estava se alimentando de um veado no chão, com três flechas cravadas nele. Uma cena extremamente grotesca.

O morto se levantou e queria vir em nossa direção, até que começamos a atacar ele. Dale então cortou sua cabeça com um machado.

- É o primeiro que chegou aqui em cima, eles nunca vieram tão longe na montanha - Dale disse preocupado. E com razão, com esse número de pessoas, é só questão de tempo para mais virem.

- Tão ficando sem comida na cidade, é por isso. - Jim disse, todos concordaram em silêncio.

Até que escutamos outro barulho na floresta, ficamos todos em alerta, enquanto me coloquei na frente de Amy e Andrea para proteger as mesmas. Daryl então aparece aliviando a todos. Reparei no mesmo, fazia quase 2 dias já que não o via, nossos olhos se encontraram por um breve segundo, e eu percebi que ele estava bem e não havia se machucado.

- Porra, que desgraçado esse veado era meu, foi todo comido por essa coisa imunda, doente - falando enquanto chutava o morto no chão - desgraçada, filha da puta.

- Calma filho, isso não vai ajudar. - Dale disse tentando tranquilizar o mesmo, mas com o gênio de Daryl é uma tarefa impossível. Ri internamente.

- E o que que você sabe disso em coroa, porque não pega esse chapéu de pescador seu e vai pescar. - Dava pra ver a insatisfação na voz do mesmo.

- Andei kilômetros atrás desse cervo, ia levar ele pro acampamento e fazer uma carne pra nós... - Mesmo com seu temperamento ele ainda pensava no grupo, sabia que temos crianças para alimentar. - E se a gente cortar essa parte que não foi mordida? - Meu pai analisava todos os seus movimentos, tentando ver uma abertura.

- Eu não arriscaria - Shane e eu falamos ao mesmo tempo.

- Foda, uma pena mesmo. Mas eu consegui uns esquilos, uma dúzia vai ter que dar já que saí pra caçar sozinho. - Nisso ele me encarou e entendi a indireta. Não saía para caçar a uns dias, é fato, mas mulher no apocalípse e com cólica é pedir para o mundo acabar mesmo, e ele daria conta sem mim.