Chuva

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Aviso:
A história que Alastor contar não é canônica, criei para a fanfic

Muito obrigada por acompanharem, boa leitura!!

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Paimon, Rei dos Ars Goetia. A dinastia de demônios aristocratas que são responsáveis por certos assuntos terrenos e determinados condados de hellborns. Paimon, o pai dos setenta e dois príncipes Goetia e monarca dessas criaturas incestuosas e segregacionistas.

Lúcifer o conhece bem. O Goetia é um ser estupidamente soberbo, arrogante e tem uma aversão descomunal por pobres. As festas da aristocracia sempre foi rodeada de bebidas elegantes e palácios ostentosos, fazendo questão de demonstrar os rios de dinheiro que gastava com bailes. Ele não os odeia, mas nunca tentou ser realmente próximo dos Ars Goetia. Apenas acha de uma cafonice sem igual a forma que eles esbanjam riquezas e humilham os súditos.

Independente de tudo que ele sabe sobre Paimon, não imagina uma situação que permita o encontro do demônio do rádio com ele.

Alastor e Morningstar continuam bebendo seus cafés. Lúcifer não consegue engolir mais nada. A notícia foi chocante para ele.

"Por que. Como. Onde. Quando...?" O loiro questiona, incrédulo.

Os dedos de Alastor deslizam pela xícara. Ele possui uma neutralidade atípica.

"Logo quando eu surgi no inferno, tornei-me poderoso. Obtive inúmeros contratos demoníacos que permitiram meu poder ressurgir após os portões de fogo." Há nostalgia em seu tom."Aquela época foi chamada de era de ouro dos pecadores, muitos overlords ascendiram às camadas nobres do anel do orgulho, adquirindo contratos valiosos e influência inimaginável. Imagino que deva ter recebido inúmeras reclamações de aristocratas incomodados com a infiltração de almas humanas nos palácios de demônios nascidos no inferno."

Morningstar não entende onde ele quer chegar, mas confirma a suposição. Ele de fato recebeu diversas contestações que reinvidicavam uma segregação entre a nobreza e humanos. Porém, ele resolvia coisas mais significativas. Um bando de esnobes não era prioridade.

O vermelho continua.

"Pois bem, retornando à minha chegada." Seu café acabou. Ele coloca mais na xícara. "Fui ignorado por todos, afinal, o que um recém chegado teria a oferecer? Precisei provar meu valor matando os overlords fracos que dominavam pontos específicos e esquecidos no círculo do orgulho. Roubei seus contratos e gradativamente me ergui. Passei a frequentar locais da alta sociedade e criei meu programa de rádio, muitíssimo conhecido até hoje pelas transmissões que eu fazia com os gritos agonizantes dos mortos."

Um sorriso sombrio cobre a faceta do cervo. Lúcifer cruza as pernas, apreensivo.

"Chamei atenção. Fiz meu nome. Ainda assim, não era o suficiente. De que adiantava sumir com soberanos inúteis, se eu permanecia pequeno comparado aos overlords verdadeiramente fortes?" Sua boca se contorce. A voz traz certa angústia. "Em uma das festas de Rosie, uma presença ilustre deu suas caras. Ninguém pensou que um rei apareceria na cidade dos pecadores. Paimon surgiu ali, atraindo os olhares de todas aquelas almas sedentas por prestígio e cegas pela ganância. Oh, meu caro, um contrato com Paimon traria a glória eterna para qualquer um."

Os orbes do anjo estão vidrados na história. Ele não se importa de seu café esfriar.

"Mantive-me sereno. Eu queria aquele acordo mais que nunca. O rei dos Goetia não apareceria na escória se não fosse para um tratado. E ele claramente odiava estar ali. Importuná-lo era uma escolha falha, e vários falharam naquela noite." Alastor ri. "De todos daquele salão, ele me escolheu. Ele já sabia quem escolher. Ouviu os rumores do demônio do rádio, o humano que desbancou antigos soberanos e não se cansa de ascender. Aquele que faria qualquer coisa por poder."

Killing me | RadioappleOnde histórias criam vida. Descubra agora