12-Pressão

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Este capítulo contém cenas de t*rtura que podem ser gatilho para pessoas sensíveis

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"Sinto falta do sabor de uma vida doce

Sinto falta das conversas

Estou procurando uma canção esta noite

Estou mudando todas as estações de rádio

Gosto de pensar que tínhamos tudo

Ouço sua voz enquanto durmo"

-Maps, Maroon5


Ness! — ele gritou e paralisei em nossa sala de jantar, certa de que se o olhasse não suportaria deixá-lo com dor.

Outro grito de agonia.

—Sabemos que você não é Jacob— Leah jogou, por fim.

—Que idiotice! — respondeu ofegante, a voz instável.

Avancei, com um misto de medo e curiosidade.

O homem, o corpo de Jacob, tinha o torso enxágue em sangue (seu cheiro desatinando todos os alarmes em mim: meu parceiro, meu amor, sangrando, ferido e vulnerável, perigo). As marcas, que lembravam mordidas de tubarão tamanho o estrago, eram obviamente dentes de lobo gravados em sua carne. Um braço parecia seriamente ferido e ele segurava junto ao peito, sangue correndo por seu abdômen. Um pé estava claramente fraturado.

Ele estava sentado no chão, sangue respingado na grama, parecendo pálido mesmo à luz baça da varanda.

Não é Jacob, repeti para mim mesma quando ele me encarou, a expressão suavizando como se sentisse alívio físico. Talvez achasse que intercederia por ele.

Desviei meus olhos para Leah, flanqueada por Embry e Quil, (os 3 humanos). Ela o encarava.

George e Carl estavam na forma de lobo atrás de Jacob, de maneira que mesmo se pudesse correr, ele não iria longe.

—Por que não se transforma e me conta que merda está acontecendo?

—Por que não vai para o inferno? — Jacob tremeu; não, não Jacob.

—Sabe que se transformando isso cura mais rápido, não é? — Leah deu dois passos na direção dele. —Isto é, se você fosse Jacob Black — ela lhe deu um sorriso aberto que seria bonito, não estivesse tão cheio de zombaria. —Mas você não é nada. Não passa de um velho solitário e abusador que ninguém quer por perto.

Ele rosnou e havia tanto ódio no som, na voz que eu amava... Levou muita energia para ficar imóvel.

—Não foi um bom amigo nem um bom marido, muito menos foi um bom pai... achou mesmo que seria bom se passando por alguém como Jacob?

Eu teria afundado mentalmente na culpa trazida pelas palavras da loba (como não me dei conta?), mas o corpo de Jacob vibrou até ser impossível se manter inteiro, lançando-se em espasmos violentos. O som entre seus dentes era dolorido e angustiado e me encolhi. Antes que desviasse o olhar o homem se tornou lobo e se tornou homem. Então um lobo colérico por 3 segundos e depois um homem urrando de dor e ódio de novo, a calça de moletom jazendo em mil pedaços em torno da figura de Jacob.

No entanto, não foi a súbita mudança de forma que deixou a todos mudos. Foi o lobo escuro e quase negro, um tom menos escuro que a forma lupina de Sam, que surgira e desaparecera, ao invés do castanho-ferrugem de Jacob. Do meu Jacob.

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