Eli: Guardião Celestial

Capítulo 20: Reflexões à Sombra

Conforme Eli e Pari se aproximavam da densa floresta, seus estômagos começaram a roncar de fome, lembrando-os de que não haviam comido nada durante o dia todo. Decidiram então encontrar uma árvore grande e se abrigarem sob sua sombra para descansarem e fazerem um lanche com o que tinham em suas mochilas.

Sentados à sombra da árvore, Eli e Pari compartilharam as provisões que haviam trazido consigo. Enquanto comiam, Pari decidiu que era hora de perguntar a Eli sobre sua jornada até a Aldeia Mirrum.

"Por que você quer ir para a Aldeia Mirrum?" perguntou ela, sua curiosidade evidente em sua voz.

Eli engoliu o pedaço de pão que mastigava antes de responder. "Tem alguém lá que eu quero conhecer. O pai da minha mãe", explicou ele, seu tom carregado de emoção. "A Lina me disse que ele pode me ajudar de alguma forma, mas eu não sei como."

Pari franziu o cenho levemente, surpresa com a revelação de Eli. "Você poderia ter me dito que queria ir para a Aldeia Mirrum. Eu sei onde fica", comentou ela.

Eli abaixou o olhar, explicando sua hesitação. "Eu queria encontrar o ladrão primeiro. Por isso não disse nada", justificou ele.

Compreendendo o dilema de Eli, Pari assentiu em silêncio. "Eu entendo", murmurou ela, reconhecendo a determinação de Eli em buscar justiça para Lina antes de seguir em frente com seus próprios objetivos.

Eli agradeceu a Pari pela ajuda e por acompanhá-lo em sua jornada para encontrar o homem que tirara a vida de Lina. Pari, por sua vez, revelou sua própria motivação em buscar o ladrão, expressando seu desejo de recuperar o que fora roubado e se vingar do que ele fizera à sua família.

Curioso sobre a história de Pari, Eli perguntou sobre sua família, mas ela desviou o olhar e não respondeu. Subitamente, ela agarrou suas coisas e se levantou, começando a andar em direção à floresta.

Eli olhou para Pari, perplexo com sua súbita mudança de comportamento. Ele se levantou também e seguiu Pari em silêncio, respeitando sua privacidade enquanto continuavam sua jornada em direção ao desconhecido da floresta.

E assim, com pensamentos e emoções agitados, Eli e Pari avançaram em direção à floresta, cada um carregando seus próprios fardos e motivos, mas unidos pelo objetivo comum de buscar justiça.