Terceiro livro da saga A Ordem da Rosa, nessa parte iremos acompanhar Lia em mais uma parte de sua jornada. Tendo que agora lidar com intrigas antigas do passado e uma guerra se deflagrando em várias partes do mundo.
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Me despeço dos três, Kuana segue para a biblioteca e minha tia segue Raoni para algum lugar para discutirem as estratégias seguintes a serem tomadas. Em frente a porta da sala onde estávamos tinha um pequeno jardim, com um banco embaixo de uma árvore florida, resolvo sentar ali.
- Muito bem orelhudo sei que está aqui então porque não vem me encontrar, está na hora deu te dar as respostas que tanto quer. – Falo quase num sussurro, mas sei que ele conseguiu escutar.
Não demora muito para Zamir aparecer entre as pilastras que emolduram os corredores do castelo e que envolvem esse pequeno jardim. Ele anda de formar prepotente, sabendo que irá receber o que está esperando desde que nos conhecemos.
- Bom dia Lia – Ele chega perto de mim – Mas que manhã interessante que você teve. – O vejo me observar de cima a baixo, apesar do jeito arrogante, percebo que ele me analisa, notando se meu estado físico está bem, se eu realmente estou enxergando, uma vez que ele estende a mão e espera que eu a pegue para me levantar.
- Mais uma manhã comum na minha vida – Olho diretamente para a mão estendida dele e depois para seu rosto – Não preciso de apoio para me levantar orelhudo, e já respondendo sua primeira questão, sim, minha visão está perfeita.
Zamir ri, e recolhe sua sua mão.
- Não esperava menos de você, mas antes de discutirmos o que interessa, acredito que queira ir para algum outro lugar, mais confortável talvez, uma vez que aqui vários trabalhadores do palácio passam a qualquer minuto.
- Esse jardim é bem confortável, estava gostando de ficar aqui – Encaro o elfo a minha frente – Mas você tem razão, vamos para o meu quarto, lá teremos privacidade o suficiente para eu responder suas perguntas.
- Seu quarto? Mais isso é um convite muito ilustre – Ele ri ao meu lado.
- Não se anime elfo, ficar trancado comigo em um cômodo é bem mais perigoso do que aqui fora.
- Acho que posso lidar com esse perigo ninfinha. – Reviro meus olhos com sua resposta.
Saímos do pequeno jardim que estávamos e fomos caminhando em direção ao meu quarto. Durante o caminho não pude deixar de reparar em Zamir, é diferente vê-lo com meus próprios olhos, reparo nas orelhas pontudas, no cabelo preto curto que está bagunçado, no físico esguio, no andar suave mas que se torna mortal num piscar de olhos se ele quiser, em seu rosto anguloso e fino...
- Não seja prepotente, sua beleza é ok, mas é diferente vê-lo com meus próprios olhos, fiquei curiosa.
- Aí, ok? – Ele coloca a mão no coração e faz uma cara de ofendido - Já olhou para esses nanicos de orelhas achatadas ao seu arredor? Sou mais do que ok, sou um deus perto desses humanos.
- Menos orelhudo, bem menos.
Rio da reação do elfo, enquanto ele faz cara de ofendido e fica resmungando o resto do caminho até o meu quarto, o que me arranca alguns sorrisos.
