CAPÍTULO 47

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Melissa Santos

-O QUE? VOCÊS TRANSARAM? —Marília praticamente berrou do outro lado da linha.

-Sim e me arrependo até o último por isso.— Falei.

-Ah,lissa. Foi bom, assim você esquecia um pouco aquele trouxão do Gabriel.

-E se eu te disser que na hora da transa eu via Gabriel em Daniel, o que você me diria?

-Que você precisa de um médico urgente.

-Pois é, Marília, mas é sério, foi muito estranho e embaraçoso.

-Caralho, você ama mesmo essa praga, né?! —Ela disse.

-Vou desligar e tentar dormir um pouco, já está tarde. — Falei com um tom de voz triste. — Tchau.

-Tchau, amiga. Qualquer coisa, liga. —Ela disse. - Beijos.

(...)

-Posso saber por que está me evitando? — Daniel perguntou ao me prensar contra os armários na hora do intervalo.

-Eu não estou te evitando. — Menti.

-Ah, não? Então por que quando eu te cumprimentei aquela hora você não respondeu?

-Daniel... - Respirei fundo. -Aconteceu tudo muito rápido. — Falei.

Então você se arrepende é isso?
-
-Muito. — Fui totalmente verdadeira, ele deu um suspiro triste.

-É dele que você gosta, não é?

-Dele quem?

-Ontem... Ontem você me chamou de Gabriel. - Engoli em seco.

-Eu...

- Está tudo bem. — Seu tom de voz era descontente e logo ele virou as costas e saiu, deixando-me sozinha naquele enorme corredor, por que eu fui inventar de ir em sua casa? Porra.

Eu fiquei ali por um tempo pensando na idiota que eu havia sido.

"Droga, se Gabriel não tivesse soqueado Daniel nada disso teria acontecido". - Pensei. Respirei fundo e fui para o pátio da escola atrás de Marília e Ben, logo avistei eles sentados em um canto rindo e conversando.

-Voltei. — Falei tentando dar meu melhor sorriso.

-Ah, que ótimo, eu e Ben estávamos falando do quanto Jennifer é vadia. —Marília disse e eu ri.

— Eu odeio essa garota, principalmente por causa de tudo que ela fez pra você. — Ben disse e eu dei um sorriso tímido.

-Você não precisa odiar ninguém por causa de mim, Ben. — Falei e dei um breve sorriso. — E como vai você e Everton? - Perguntei à Marília.

-Nas nuvens. — Ela respondeu.

-Você sabe onde eu quero chegar, Marília. — Falei e Ben arregalou os olhos, enquanto Tainá dava uma gargalhada.

-Sim, Mel, nós... — Ela nem terminou de falar e eu comecei à gritar.

-Ai meu Deus, quando? Que droga, eu só te ligava pra falar dos meus problemas e nem deixei você me contar isso, estou me sentindo uma péssima amiga, ai caralho. — Falei me repreendendo.

-Calma,lissa. — Ela riu. — Foi ontem, ele foi lá em casa e você sabe... aconteceu.

-Então você tinha me ligado para falar isso? Merda, eu acabei falando do acontecimento com Daniel. — Falei baixo.

-Mas agora, você já sabe, sua amiga linda, não é mais virgem. — Ela riu e quando olhamos Ben estava com os fones no ouvido, ele odiava esse tipo de assunto, rimos.

POSSESSIVE / Gabriel Barbosa Onde histórias criam vida. Descubra agora