CAPÍTULO 1

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Melissa santos

-EU VOU EMBORA DESSA PORCARIA DE CASA, NÃO AGUENTO MAIS ESSA DORGA DE VIDA .- Gritei , indo em direção ao meu quarto e logo pegando uma mochila velha, onde procurei colocar o máximo de roupas que conseguia.

- MELISSA SANTOS ,VOLTE AQUI , VOCÊ NÃO VAI A LUGAR NENHUM - meu pai gritou de volta,vindo atrás de mim.

-Ah, não vou papai? -
Falei com ar de deboche. - E quem vai me obrigar a ficar?! Exclamei colocando a mochila nas costas, com toda a coragem do mundo junto à mim, pois meu pai era praticamente meu dobro, poderia me impedir numa facilidade só.

Mas ele apenas ficou me encarando não acreditando que sua "menininha" havia se tornado tão inconsequente.

- A questão é... -Continuei a falar.- eu não fico nem mais um segundo de baixo do mesmo teto dessa vadia, que você trouxe para casa e ainda chama de mulher.

- lissa, querida... - Meu pai tentou se acalmar. — Você está sendo injusta com Amanda, ela é como uma mãe para você. — Senti vontade de vomitar, e meu sangue esquentar como se eu fosse explodir a qualquer momento, mais do que eu já havia.

- NUNCA MAIS. Gritei. Mas logo respirei fundo tentando voltar à um tom aceitável de voz. - Nunca mais mesmo, compare essa dai com a minha mãe, aliás, que Deus à tenha. - Falei, pois minha mãe havia morrido quando eu tinha apenas dez anos, e quando eu completei quatorze meu pai conheceu Amanda, fazendo minha vida virar um inferno. - Minha mãe era uma mulher digna, não precisava se aproveitar de ninguém para se dar bem na vida,eu cansei pai, de ver você sendo feito de idiota. E também cansei dessa vadi...
-Me segurei. Mulherzinha, tentando tomar o lugar da minha mãe, e me tratando como um nada. Ela realmente conseguiu o que queria, eu vou embora.

Amanda observava tudo, as vezes dava até para ver um sorriso vitorioso saindo de seus lábios, mas rapidamente ela voltava a se fazer de vítima.

Eu odiava ver meu pai sendo feito de idiota, ela só queria seu dinheiro. Ali eu não ficava mais, estava cansada de tudo isso.

[00h30]

Eu realmente não sabia para onde iria a essa hora, mas resolvi arriscar, meu pai tentou me impedir. Porém, ao mesmo tempo que ele era mais forte do que eu, eu era mais rápida.

Na minha mochila (que agora pesava em minhas costas, enquanto eu andava pelas ruas um pouco mal iluminadas do meu bairro) havia algumas peças de roupas, coisas para a higiene e um pouco de dinheiro da minha mesada.

Eu estava quase me arrependendo, com medo e com frio, apenas eu e minha insegurança.

Para onde eu iria? Droga.

Até que me veio a cabeça um apartamento que meu pai possuía, porém ficava um pouco longe, eu planejava pegar um táxi e pagar com o dinheiro que havia em minha mochila.

Enquanto pensava comigo, passei por um grupo de garotos. Se eles não tivessem feito gracinhas, eu nem perceberia.

-Ei, garota. Isso é hora da princesinha estar na rua? - Continuei andando o mais rápido possível, mas podia ver que eles estavam me seguindo.

- Qual é gatinha?! Vai mais devagar, rápido assim, só na cama.- Os garotos riram e até onde deu para ver, havia quatro, não pude ver muito, o medo me impedia de olhar para atrás, em minha cabeça eu só conseguia pensar:

POSSESSIVE / Gabriel Barbosa Onde histórias criam vida. Descubra agora