ᴜᴍ ᴇɴᴄᴏɴᴛʀᴏ ɪɴᴇꜱᴘᴇʀᴀᴅᴏ

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Nós três decidimos ir até a cidade procurar por um taxi ou algo do tipo, mas Grover e Annabeth pareciam um tanto quanto inquietos, algo estava os incomodando. Continuamos andando com um silêncio constrangedor, queria contar para eles sobre os sonhos que tive, e foi bem isso oque fiz.

— "Percy, você vem sonhando com uma garota?" Annabeth foi a primeira a quebrar o silêncio que estava.

— "Qual era a aparência dela?" Grover me questionou também.

— "É... Ela tinha pele morena, cabelos longos e castanhos, provavelmente era indígena." Eu respondi, um pouco confuso do porquê de ele querer saber a aparência dela. Os dois se entre olharam, isso estava começando a me irritar.

— "Percy, antes de mandarem a gente para ir procurar esse tal meio-sangue, mandaram um sátiro, como normalmente fazem, mas ele voltou sozinho e, quando o perguntaram o porquê, ele disse que não era seguro apenas ele trazer ela." Grover me informou.

— "Acreditam que ela é–"

— "Uma filha dos três grandes." Annabeth completou para mim. "Mas não queriam que você soubesse disso, pensando que talvez negaria a missão."

Alguns minutos depois da nossa ótima conversa, a gente já estava quase chegando na cidade, pegariamos um taxi até sei lá onde a menina mora, e pronto.

— "Gente, como vamos para lá? É um pouco longe para ir de carro..." Grover perguntou, eu o olhei, esperando uma explicação.

— "Ah, desculpa.. Ela mora em uma tribo no Alasca." O sátiro logo adicionou. Eu o olhei incrédulo.

— "Oi?"

— "É..." O menino bode me respondeu. "A gente até podia até pegar um avião, mas você sabe."

— "Então como vamos para o Alasca?" Eu disse, me virando para olhar para os meus dois amigos. Annabeth revirou os olhos.

— "A resposta é simples–'

— "Não vamos." Eu completei, mas devia estar errado, porque logo em seguida ela me olhou com cara feia.

— "Não, cabeça de alga!" Ela exclamou. "Por que você não chama seus amigos pégasos que volta e meia você chama?" A espertona parecia indignada com oque eu disse, mas, para falar a verdade, oque eu disse foi bem burro mesmo.

— "Ah, tinha me esquecido disso." Grover se intrometeu.

— "Tá, entendi." Falei, estava um pouco irritado? Sim, mas temia mais Annabeth doque Zeus, então fiz oque ela disse, assobiei 5 vezes e BlackJack apareceu com mais dois pégasos. "E aí, chefe?"  Ele disse em minha mente. "Qual é o destino de hoje?"

— "E aí, bem, nosso destino é o Alasca." Eu o respondi. "Entendido, chefe!"

Momentos depois eu, Annabeth e Grover estávamos em cima deles voando até o Alasca. Aí você pensa, tá tudo indo tão bem, nada de ruim vai acontecer, como você (e eu) está errado.

—————

A gente já estava bem longe de Nova York, voando tranquilamente até que um vento forte vindo da nossa esquerda nos derrubou no meio da floresta que sobrevoavamos, foi tão repentino que mal consegui pegar Contracorrente, mas, quando peguei, logo olhei para o local de onde esse vento veio, e oque estava em minha frente era nada mais, nada menos doque um dragão, sim, você leu certo, um dragão. Era preto e tinha chifres brancos.

Eu me preparei para atacar, mas antes que eu pudesse fazer algo, uma flecha foi a atirada na direção do monstro, acertando-o na asa direita, ele rugiu de dor e cuspiu fogo, mas era um fogo diferente, era azul. Estranhei que ele não atacou de volta, até perceber o quão ferido o monstro estava.

— "Oque vocês estão fazendo aqui?" Uma voz que reconhecia falou, me virei para olhar na direção de sua origem, quem estava lá era Thalia, filha de Zeus que se tornou uma caçadora de Artemis.

— "É bom ver você denovo também." Respondi. "A gente estava indo para uma missão quando essa coisa nos vez cair aqui."

— "Ei, não fale assim dela." Thalia retrucou. "Ela não está em sã consciência ainda." Isso fez Annabeth se virar para ela.

— "Ela?" A mesma perguntou e Thalia assentiu como resposta.

— "Fui enviada para encontrá-la, mas atirar essa flecha nela não era parte dos meus planos."

Eu as entre olhei confuso, elas falavam isso como se fosse a coisa mais normal desse mundo?

— "Ela quem?" Eu perguntei, já um pouco estressado. Thalia questionou Annabeth com o olhar, a espertinha só assentiu em resposta.

— "Sabe aquela 'lenda' da semi-deusa proibida? A que foi transformada em dragão?" Eu assenti, uns segundos depois dela dizer aquilo, fui entender oque ela realmente quis dizer.

— "É ela?" Perguntei enquanto apontava para o tal dragão.

— "Sim, jovem herói." Outra voz feminina disse, ela vinha da mesma direção que Thalia viera, Artemis.

— "Depois de tantos anos, ela merece um pouco de paz."

A deusa fez um gesto com as mãos em direção ao dragão, e, em meio de toda a fumaça, ela desapareceu. Uns 2 minutos depois a fumaça se dispersou, pude perceber que, no lugar onde estava o dragão, agora havia uma garota, ela tinha parecia ter entre 14 e 15 anos de idade, cabelos curtos e castanhos, estava gravemente ferida e não se mexia. Estava inconsciente. Thalia caminhou até a garota e se agachou ao lado dela, logo depois todos fizeram o mesmo.

— "Ela está bem?" Grover quebrou o silêncio constrangedor que estava.

— "Sim, apenas bem ferida." Thalia respondeu.

— "Você vai recruta-lá?" Foi a vez de Annabeth perguntar.

— "Não sei se ela vai aceitar, mas é mais doque bem vinda." A deusa da caça a informou. "Por enquanto vamos levá-la ao acampamento, onde temos certeza de que estará segura e terá os tratamentos necessários. Continuem sua missão, jovens heróis. Ela estará em boas mãos."

Nos três hesitamos, a gente não conhecia a garota, mas o estado que se encontrava era preocupante. A única coisa que fez a gente concordar, foi o olhar tranquilizante mas sábio da deusa. Com isso, subimos em cima de nossos pégasos, não antes de conferir se estavam bem, e levantamos voo.

ᴏɴᴅᴀꜱ ᴅᴇ ꜱᴀɴɢᴜᴇOnde histórias criam vida. Descubra agora