Capítulo 4

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Dentro do carro, na volta pra casa, Luhan não disse uma palavra e muito menos ainda quando chegou em casa.

Sehun estava tirando a blusa que havia usado para ir jantar na casa do amigo, enquanto observa o marido também tirar a roupa e isso estava lhe deixando com tesão. Ele parecia fazer na maldade em cada ação.

Nem percebeu que já havia tirado a blusa e que estava segurando a peça escura nas mãos e mal piscava olhando para Luhan ao passo em que ele subia uma perna para tirar um lado da calça jeans.

Acabou acordando do transe quando o ouviu pigarrear, lhe encarando com a testa franzida como se perguntasse o que ele queria.

— Você não, err, você não comeu nada lá...

Sehun tentou puxar assunto, contudo também estava preocupado com o marido. Ele realmente não comeu nada e nem bebeu água e ficou de braços cruzados até irem embora.

— Não quer comer algo? Ainda dá tempo de pedir um delivery.

Viu o loiro bufar e revirar os olhos. Luhan lhe deu as costas, lhe dando o privilégio de mostrar a bunda rebolando indo até o banheiro. Sehun ainda estava parado no meio do quarto, com a blusa na mão e ficou assim até ver o chinês retornar do banho com um roupão. Luhan vestiu o seu melhor, ou o pior para Sehun naquela ocasião, pijama e deitou na cama no lado da parede.

— Você não vai falar comigo?

Sehun jogou a blusa no chão e meteu o foda-se para o banho antes de dormir costumeiro e pulou na cama, entrando para debaixo da coberta e indo com toda expectativa de abraçar o marido por trás e fazerem sexo de reconciliação.

Mas até a alegria dos ricos duram pouco.

— Não. Encosta. Em. Mim.

Ralhou o mais velho, tirando os braços do Oh que estava prestes a grudar em si.

— O que? Amor... eu tô morrendo de tesão de você! Eu-

— Então vai até o Park e aproveita e mostra o quão grande é o seu pau.

— Não acredito que levou a sério o que eu disse. — disse desacreditado. Sehun suspirou fundo. — Amor, me escuta, nunca teve nada entre ele e eu. Só amor fraternal. Naquele dia quando nos beijamos, sabe o que aconteceu depois? — esperou algo vindo do baixinho, mas não veio. — A gente fez cara de nojo e emitimos sons de vômito.

Esperou alguns minutos para ver se o marido se pronunciasse, entretanto o mesmo continuou em silêncio e quieto no seu canto.

— Tá bom, tô vendo que nada do que eu falar irá adiantar. Então... boa noite, Lu.

Luhan sentiu um aperto no coração, quis chorar baixinho por ser sensível demais e se odiou por ter tido ciúmes de uma brincadeira saudável entre amigos.

{•••}

Era por volta das três da manhã quando Luhan acordou com uma baita dor na barriga. Mas não era dor de barriga da qual tem que se aliviar no banheiro, era dor de fome. A última vez que havia comida foi às cinco da tarde do dia anterior e foi dormir sem jantar por pura birra.

Foi fácil sair da cama sem acordar Sehun, ele tinha um sono pesado e chegou na cozinha rapidamente, pois a fome que estava sentindo poderia lhe matar a qualquer segundo.

Abriu o armário, pegou o saco de pão de forma e pegou seis pães. Depois foi até a geladeira e pegou um pote de geleia de morango, um litro de vidro que tinha suco de laranja e também pegou uma barra de chocolate amargo.

Começou a comer pelos pães com a geleia e bebericava o suco para não entrar a seco. Enquanto comia, passou a pensar no modo que agiu no jantar e deixou o marido ir dormir lhe desejando. Pensou em estar sendo um péssimo companheiro e começou a chorar.

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