Capítulo 12

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Na segunda-feira, após ter deixado seu filho na escola e ter começado a trabalhar, Baekhyun decidiu que reclamaria para a gerente se uma das funcionárias chegassem a atrapalhar seu trabalho. Daquele dia não passaria, e não esperaria passar da primeira delas.

Já estava um pouco por dentro sobre algumas pedras e as demais jóias, saberia explicar um detalhe ou outro de uma peça caso um cliente ousasse perguntar. Esteve estudando muito nos últimos dias e pra alguma coisa tinha que valer a pena; tipo sua comissão, além do aprendizado que sairia ganhando.

Era por volta dos meio dia quando Baekhyun estava ajeitando por dentro de uma vitrine no interior da loja quando por um instante sem querer ergueu a cabeça e notou um cliente caminhando em sua direção, logo ficou ereto e esperou o mesmo se aproximar de si. O Byun não era como as outras mulheres que trabalhavam ali que já avançavam, e até estranhou aquele homem todo de terno ter passado por metade da loja e não ter sido esbarrado por nenhuma delas. Mas teve sua resposta após tal pensamento quando uma das funcionárias foi ignorada por ele.

O homem parecia ter por volta dos quarenta anos, e que cuidava muito bem da aparência, e ele parou na frente do castanho, onde a vitrine os dividia ficando no meio deles dois.

— Boa tarde. — o homem desejou para o Byun, que sorriu decente, mesmo não recebendo um em troca.

— Boa tarde, senhor. No que posso ajudar?

— Hm, eu estou aqui, mesmo contra minha vontade já que essas mulheres que trabalham aqui dão em cima de mim descaradamente toda vez que eu vinha aqui, porque um conhecido comentou que agora há um funcionário homem e isso seria menos constrangedor de aturar.

Ele olhou para trás e viu que tinha duas funcionárias o olhando e cochichando. Revirou os olhos e voltou a olhar para o castanho.

— Oh, entendo. — Baekhyun assentiu. — Então o senhor já esteve aqui antes?

— Ah, mas é claro. Eu sou obcecado por jóias e parei de vir aqui depois da ultima vez. — fechou os olhos e negou com a cabeça. — Gosto nem de lembrar disso.

— Eu sinto muito, senhor. — o castanho ficou sem saber o que falar.

— Só voltei porque aqui é a melhor loja que posso encontrar as pratas que eu gosto em Seul e que dessa vez serei atendido por um homem. — seu tom não era malicioso, era de alívio.

— Compreendo. Bom, me chamo Byun Baekhyun e estou a sua disposição. — sorriu educado e fez uma reverência.

— Sou Lee Joongi, prazer. — também fez uma reverência, mas nem tão inclinado como o do outro.

— Já veio com algo em mente ou ainda está à procura de algo que possa lhe impressionar? — o Byun viu o moreno olhar para seu pescoço, orelhas e depois para suas mãos. Baekhyun se sentiu um tanto sem jeito.

— Você não usa jóias? — perguntou olhando nos olhos do funcionário, com a testa franzida.

— A-ah, eu não uso no trabalho. — escondeu o fato de que não tinha nenhuma, além da corrente de prata mesmo. — Contraditório, né? Eu sei.

— Entendo. — olhou ao redor. — Respondendo a sua pergunta, sim eu já tenho algo em mente. E se não tiver eu vou ter que encomendar.

— Ótimo! — se animou, talvez sua primeira venda seria naquele dia. — Então me diga o veio em busca, senhor.

— Vim na intenção de comprar dois pares de brincos, dois colares, um com algo que tenha safira envolvido e outro de prata sem detalhes, três anéis e uma pulseira prata. — certo... o Byun não esperava por tudo isso. Chega o senhor Lee estranhou sua feição um tanto hesitante. — Falei algo de errado, Byun?

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