Capítulo 13

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No dia seguinte, Baekhyun esperou que a qualquer momento seria chamado pela sua gerente dizendo que seu chefe queria lhe ver e que levaria uma bronca por ter desligado na cara dele. Mas isso não aconteceu. Não até então.

Antes do meio dia, ele finalmente conseguiu duas novas vendas, e vale ressaltar que foram grandes novamente, e ele estava se sentindo no paraíso com tal mero sucesso. Aos poucos as coisas estavam se encaixando em seus devidos lugares, as outras atendentes não estavam marcando seus territórios contudo também não paravam de fuzilar ele com olhares nada agradáveis. Baekhyun conversou com Irene em um momento daquela manhã e ela lhe disse que ela ouviu umas das mulheres dizendo que não deixaria ele "se achar muito só porque foi defendido pelo CEO.". Byun estava tentando manter a calma e tudo ficaria nos eixos se dependesse de si.

— Baek, meu querido, você já pode ir para o seu almoço.

Hwasa chegou por trás dizendo ao Byun que havia chegado seu horário de almoço, como todos os dias fazia. Quando o castanho virou-se para ela, a mais velha pôde notar uma nuance de alegria em seu olhar. Fora o sorriso satisfeito.

— Oh, mas já? — Hwasa assentiu, rindo contagiosa. — Eu nem vi a hora passar tão... rápido?

— Vejo que suas vendas estão lhe deixando meio aéreo então? — ela provocou, pois a última coisa que aquele seu funcionário era, era ser aéreo em horário de expediente.

— N-não! Não, não, Sa! — Baekhyun se afobou, negando com as mãos. — É que eu realmente nem percebi que a hora passou mesmo rápido e-

— Calma lá, meu jovem. — Hwasa achou hilário o outro tentando se explicar todo desesperado.

— Desculpa... — Baekhyun olhou para baixo e encolheu os ombros. — Mas eu não fiquei aéreo, me desculpe.

— Eu sei que não, bobinho. Eu estava só brincando. — a mulher pousou uma mão no ombro do outro a sua frente.

— Ah... — suspirou aliviado. — Tudo bem então, Sa.

— Adoro quando me chama de Sa. Ninguém nunca me deu um apelido. — ela fez uma voz fofa no final e se segurou para não apertar as bochechas do funcionário. Baekhyun olhou para ela novamente e foi sua vez de se segurar para não revirar os olhos. Mas riu. — Agora vá! Vá almoçar, porque não quero que você fique com fome até o resto da tarde.

Baekhyun assentiu sorridente, se despedindo por um tempo e logo foi até sua bolsa e pegou sua bolsa térmica, indo para o andar da cozinha. Estaria mentindo que assim que o elevador se abriu, ele não sentiu uma sensação na boca do estômago. Poderia ser fome, mas ele sabia diferenciar isso. O que não foi surpresa ver que ele teria novamente uma companhia na cozinha naquele dia.

Três dias seguidos? Isso era coincidência ou era Park Chanyeol que fazia disso uma coincidência proposital?

Baekhyun não ousou mais dar uma olhada sequer para o moreno, este que estava na mesma mesa do dia anterior mas dessa vez estava sentado do lado onde ele via todo o ambiente, de frente pra qualquer um ver sua pessoa e não apenas suas costas.

E foi só com um bufar estridente do Byun para o CEO notar sua presença, já que ele estava mexendo no celular enquanto comia uma pêra.

Chanyeol parou de olhar para o celular e ergueu somente os olhos para ficar observando cada ação de seu funcionário. Viu Baekhyun parar ao lado da mesa como das últimas vezes, abrir a bolsa térmica, pegar sua marmita e levar até o microondas para esquentar. Como o eletrodoméstico era no armário embutido ao lado da mesa que ele estava sentado, notou que o castanho estava claramente lhe ignorando. Park soltou uma risada soprada pelo nariz, inacreditável. E Baekhyun revirou os olhos, batucando os dedos na madeira do armário esperando o time acabar.

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