Capítulo 11

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Baekhyun ainda ficou alguns minutos na cama depois que acordou naquele domingo, olhando para o teto e pensando em várias coisas ao mesmo tempo. Tentava pensar em se sentir menos culpado por ter deixado Luhan do modo que ficou no dia anterior, mesmo sabendo que o que estava tentando fazer com o amigo era o certo para ele. Ficou pensando na conversa que teve com o sócio que apareceu na loja, com aquele assunto que ainda martelava na sua cabeça como martelo em um prego para aprofundar um prego. Pensou nas outras colegas de trabalho que não davam brechas para ele se impor em exercer suas vendas. Pensou no quanto ainda tinha que estudar sobre as demais pedras sofisticadas que existiam nas jóias.

E, por fim, sempre acabava por pensar em seu chefe. Mesmo que sequer o viu nos outros dias a não ser no seu primeiro dia.

Queria compreender melhor quais foram as intenções alheia ao comprar seu almoço, e até mesmo lhe fazer companhia enquanto comia. Não conseguia desvendar nada vindo dele, as vezes ele agia de uma forma e outras vezes bem diferente da última vez. Uma grande incógnita. Não sentia mais aquela apatia pelo CEO, não depois da boa ação que lhe fez na cozinha.

Antes que sua cabeça começasse a sair fumaça de tanto pensar, se levantou e viu no celular que era nove horas. Seu filho estava ainda dormindo de bruços com a coberta quase toda no chão. Acabou rindo, pois o garotinho se mexia muito quando dormia só.

— Filho, acorda. — sentou na beirada da cama e passou a fazer carinho no cabelo dele. O menino demorou a despertar, logo balbuciando algo desconexo. — Vamos levar, uh?

— Tô com soninho, papai. — virou o rosto para o lado da parede.

— Isso se chama preguiça. — riu. — Vamos levantar, temos coisas a fazer hoje.

— Ah, não, papai. Não quero sair da caminha. — se encolheu. — Vou ficar aqui o dia todo.

— Não me diga? — usou um tom de surpresa. — Então eu acho que devo cancelar nossa ida até uma inauguração de uma sorvete que-

— Já levantei, papai! — ficou de joelhos no colchão e olhou para o pai rapidamente. Seus olhinhos ainda com um pouco de remela nos cantos e os cílio grandes mexiam exagerados conforme o menor piscava os olhos. — A gente vai agora?

— Que interesseiro, você Byun Seojun! — bateu na bunda do garoto, que ficou com as maçãs do rosto vermelhas. — Não, querido, vamos só durante a tarde mesmo.

— Vai só nós dois?

— Sim, amor.

— Mas e a vovó? — franziu a testa e sentou nos calcanhares.

— Ela vai visitar sua tia avó. A irmã dela está doentinha e a vovó vai ajudar ela lá hoje.

— Ah, tá. — o menor assentiu. — O senhor poderia chamar o tio Lu, né, papai?

Baekhyun não conseguiu de deixar escapar um suspiro chateado, mas o bom foi que o filho não notou já que na hora ele se inclinou para pegar seu ursinho.

— Ele vai estar ocupado com o tio Sehun hoje também, querido. — pensou em algo rápido.  — Ele me disse ontem, e aí por isso ele não vai poder ir com a gente hoje.

— Tudo bem, papai. Vai ser divertido de qualquer jeito. — abraçou o ursinho. — É só que eu estou com saudade do tio mesmo.

— É, até eu estou. — Baekhyun murmurou, mas o pequeno o ouviu.

— Mas o senhor viu ele ontem, papai. Não deveria estar com saudades também.

— A-ah, mas estou. — riu sem graça, coçando a nuca. — Coisa de melhor amigo.

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