THE INJUSTICE

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O despertar do sono profundo foi desafiador para Taehyung. O barulho irritante do despertador mesclou com a náusea e a dor de cabeça, consequência dos goles quentes de álcool da noite anterior.

Antes mesmo de abrir os olhos sua mão tateou o móvel ao lado da cama, a procura do relógio despertador, assim que encontrou esmurrou a parte superior do aparelho até pressionar o botão necessário para acabar com o som repetitivo. Em seguida reuniu forças para sentar-se no colchão de solteiro e se espreguiçar, espantando uma pequena parte do sono.

Ainda era cedo. O sol nascente penetrava entre a neblina matinal que cobria parte da rua.

Enquanto suas pernas fracas rastejavam pelo colchão até chegar na beirada Tae se arrependeu amargamente de ter ingerido tanto álcool. As lembranças surgiram de forma abstrata em sua mente, cada copo virado, ou goles discretos na bebida já quente em meio a uma conversa, a sensação sonolenta e as risadas frouxas. Lembranças de algo irresponsável, anteriormente ao seu primeiro dia de aula.

Mesmo tonto, precisava seguir com as suas obrigações. Ele cambaleou até a porta, tropeçando nas peças de roupa sujas ainda impregnadas com o fedor de cigarro e de álcool, ele girou a maçaneta abrindo a porta em seguida, presenteando seu estômago com uma repulsa, ao sentir o cheiro do xarope de mel que o irmão usava em panquecas. O enjoo empurrou o bolo de comida através da garganta até chegar na boca. Taehyung correu até o banheiro, empurrou com brutalidade a porta do cômodo, caiu de joelhos de frente para o vazo sanitário e abriu a boca, despejando tudo que foi consumido durante sete horas da noite anterior. Fechou os olhos e forçou ainda mais o vômito, tentando se livrar da sensação incômoda da náusea constante, enfiou os dois dedos no fundo da garganta forçando o resto do líquido amarelado para fora de si, ao conseguir, desabou contra a cerâmica úmida do banheiro, gemendo de dor.

Infelizmente, sua situação deplorável não foi o suficiente para convencer o irmão a sentir nenhuma pitada de pena. Escorado na batente da porta, ele observava Taehyung.

— Onde esteve ontem a noite? — a voz rouca pelo sono matou o silêncio.

O acastanhado ficou em silêncio por um tempo, tentando recuperar o equilíbrio. Mesmo com o estômago vazio, a náusea ainda o deixava tonto, com aquele incômodo pertinente no garganta, evidenciando que mais um pouco daquele resto de suco gástrico iria sair. 

Por outro lado, Namjoon permanecia indiferente, mantendo a postura ereta, portando apenas de um copo grande que continha um líquido verde nada agradável. 

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