Entre canções e corações

Capítulo 1: Encontrando a paz-Brianna

—Meu Deus. Eu preciso urgentemente de um cuidador hoje—Isaac ri alto se recostando na cadeira e batendo o copo na mesa—E de preferência um bem bonito. Quero que ele me coloque pra dormir de conchinha.

—Com certeza você vai achar um que aceite.

—Obviamente, querida. Eu sou o cara mais bonito do mundo, da galáxia, do...do...daquele negócio. Imagina ser pago pra dormir comigo? Ah, que sonho.

—Aham, com certeza.

Dentre todo mundo aqui, unicamente eu e só eu não bebo (talvez é porque não tenho idade suficiente pra isso). Isaac quase sempre fala de como ele é bonito ou de pessoas que ele quer pegar, mas Jenny e Feivel conseguem ser muito piores do que só isso, eles ficam fazendo coisas...carentes. É terrível.

Mas no final das contas, quem vai ter que dirigir o carro do Feivel sou eu. Pelo menos não vi a cara do Valentino e da Delia depois da cerimônia (também espero não ver). Aquele cara é tão...eca, tão insuportável e tão mentiroso.

Preciso pegar mais doces.

—Ah, Brianna.—A mesma voz funda e gentil, o mesmo cheiro suave, sem vestígio de álcool—Os doces estão bons?

—Muito, eu estou obcecada pelo morango.—Respondo enquanto enfio a fruta coberta com chocolate na boca. Delícia.

—Então pode ficar com eles, não vou te roubar.

Sua mão alcança meu queixo e seu dedão contorna meu lábio inferior. Meu Deus, esse sorriso...eu só o conheço há cinco horas e já é o suficiente para contorcer meu estômago e enfiar borboletas em minha barriga.

—Pronto.

—...obrigada.

Mas sua mão não sai de meu rosto, muito pelo contrário, ela continua aqui e seus olhos vidrados nos meus.

As borboletas começam a se revirar quase rasgando meu corpo pra sair, meu coração pulsa tão forte que uma parada cardíaca é provável de acontecer agora.

Twain começa a se aproximar lentamente, ele vai me beijar? Ele realmente vai fazer isso? Por que ele faria? Não faz nem um dia que nos conhecemos. Mas mesmo assim, nesse pouco tempo, ele se tornou uma pessoa tão...incrível.

Pensa, Brianna. Você está tendo um azar do caralho e essa é a sua chance.

Quente. Macio. É tudo que sinto depois de fechar os olhos. A música de fundo abafa e meu coração acelera de uma forma extremamente exagerada (talvez não seja tanto escândalo assim). Twain está aqui, segurando meu rosto e me beijando como eu fosse uma das maravilhas do universo.

O meu mundo para por um segundo, minha mente se desliga e tudo que eu quero é o seu toque. É algo paciente e delicado, mesmo ele me puxando cada vez pra mais perto e brincando com meus próprios movimentos.

Um olhar queima em minhas costas, mas não me importa, isso é tipo que comparável ao beijo do Valentino, e se depender até melhor. Quer dizer, são duas coisas muito diferentes. O Valentino sempre foi um cara faminto e voraz, já o Twain é tão suave e devagar que é como uma pluma atingindo o chão.

A sua outra mão contorna minha cintura se segurando em minhas costas, ele levanta cada vez mais o meu queixo para que possamos ter mais contato, e eu sou completamente a favor disso. As minhas pairam em seu terno, brincando com os padrões do tecido.

O cheiro sutil enche minhas narinas, seus lábios cobrem os meus cada vez mais. Twain me puxa para cada vez mais perto de seu corpo até não ter mais espaço entre nós dois, até que estejamos completamente grudados um no outro.