Han Jisung percorreu os caminhos sombrios da floresta, sua alma pesada com o peso da rejeição do rei. Cada folha que caía parecia sussurrar seu nome, lembrando-o de sua dor. Seus passos eram lentos e desajeitados, como se ele estivesse carregando o peso do mundo em seus ombros.
Memórias de seu encontro com o rei assombravam sua mente, cada palavra pronunciada ecoando como um eco doloroso. Ele se culpava por sua própria imprudência, por ter se permitido sonhar além de sua posição. A esperança que havia florescido em seu peito agora estava murchando, deixando para trás apenas um vazio doloroso.
Enquanto caminhava mais fundo na floresta, as sombras se fechavam ao seu redor, como se o mundo estivesse se fechando sobre ele. Ele se sentia perdido, sem rumo, sem esperança. Mas em meio à escuridão, uma luz fraca brilhava à distância.
Curioso, Jisung se aproximou, deixando que a luz o guiasse através das árvores. E ali, no coração da floresta, encontrou um pequeno riacho, suas águas cintilando sob a luz da lua. Era como se o mundo estivesse tentando lhe oferecer um vislumbre de esperança em meio à escuridão.
Ajoelhando-se à beira do riacho, Jisung mergulhou as mãos na água fria, deixando-a lavar sua alma machucada. Por um momento, ele fechou os olhos, deixando-se envolver pela calma do lugar. E então, em meio ao silêncio da noite, uma voz suave sussurrou em sua mente.
— Não tema o passado, pois ele já se foi. — disse a voz. — Olhe para o futuro com coragem, pois ele ainda está por vir.
As palavras trouxeram um conforto inesperado ao coração de Jisung. Ele sabia que não poderia mudar o que havia acontecido, mas podia escolher como seguir em frente. Com um suspiro resignado, ele se levantou, determinado a deixar para trás o peso de suas próprias falhas.
Cansado ele acabou adormecendo ali na floresta, sonhando com coisas indesejadas e ligadas ao rei. O coração de Jisung batia descompassado enquanto ele enfrentava o olhar frio do rei. Cada palavra que ele queria dizer morria em sua garganta, sufocada pelo peso da verdade que agora pairava entre eles.
— Jisung. — começou o rei, sua voz carregada de decepção e raiva. — como pudeste... como pudeste me esconder a verdade sobre quem és verdadeiramente?
Jisung abaixou os olhos, incapaz de suportar o peso do olhar acusador do rei. Ele sabia que não havia desculpa para o que havia feito, para a mentira que havia perpetuado por tanto tempo. Mas mesmo assim, ele desejava desesperadamente poder voltar no tempo e mudar as coisas.
— Eu... eu não queria que soubesses. — murmurou Jisung, sua voz mal audível. — Eu temia que... que me rejeitasses se soubesses a verdade.
O rei permaneceu em silêncio por um longo momento, sua expressão indecifrável. Então, finalmente, ele falou, sua voz carregada de tristeza.
— Jisung, tu és o assassino de meu pai. — disse ele, suas palavras pesando como chumbo no ar entre eles. — Como posso eu continuar a amar alguém que trouxe tanto sofrimento à minha família?
O coração de Jisung se partiu em mil pedaços ao ouvir as palavras do rei. Ele sabia que não havia desculpa para seus atos passados, para a dor que havia causado. Mas ele nunca poderia ter imaginado que sua própria verdade pudesse destruir o amor que tanto valorizava.
Enquanto o rei se afastava, deixando Jisung sozinho na sala vazia, uma sombra de desespero se abateu sobre ele. Ele se sentia perdido, sem rumo, consumido pela culpa e pelo arrependimento.
Mas mesmo em meio à escuridão, uma pequena centelha de esperança brilhava em seu coração. Pois, apesar de tudo, ele sabia que o amor que sentia pelo rei nunca desapareceria completamente. E agora, mais do que nunca, ele estava determinado a provar que era digno desse amor, mesmo que isso significasse enfrentar os fantasmas de seu passado para fazê-lo.
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Moonlight Magic
FanficCoroação, estava nervoso e mais do que nunca desejava que fosse apenas mais um de seus sonhos ruins. Eu sei que isso parece ser meio idiota até porque se tornaria rei enfim, mas isso significava sacrificar tudo aquilo que amava e abandonar aquele cu...