1

660 56 27
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Dan silenciosamente encostava-se na parede, conseguindo tempo para olhar o celular, sem nenhuma mensagem nova

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Dan silenciosamente encostava-se na parede, conseguindo tempo para olhar o celular, sem nenhuma mensagem nova. Os lábios pressionaram enquanto o universitário deslizava a tela, as íris castanhas ansiosas por alguma resposta, mesmo que mínima. Uma que não viria, e deveria esperar por isso. Já faziam três meses. Passou os dedos aos cabelos castanhos, as mensagens nem mesmo eram visualizadas. Sentou-se no chão, os dedos apertando o celular ao vislumbrar o antigo histórico de mensagens. Sorriu, novamente se sentindo um tolo por isso.

A realidade era que sempre via como tola a simples ideia de alguém como ele lhe dar atenção. Não costumavam ser próximos mesmo que fossem vizinhos, a janela de Dan dando de frente para a dele. Por vezes, via Jaekyung lendo algum livro, se espreguiçando ou em uma discussão com o pai. Era muito fácil o admirar de longe, Dan não era o único. Muitos colegas de classe faziam o mesmo, como se aquele olhar intenso e o raro sorriso fossem como uma maldição que mantinha a todos encantados com a sua presença e a mínima chance de capturarem sua atenção.

Quando estudavam juntos e Dan era do grêmio estudantil, se pegava o olhando discretamente, as bochechas corando quando tinha de entregar matéria que ele havia perdido. Os treinos em nome dos campeonatos esportivos tomando mais tempo, levando ao inevitável cenário do astro do colégio acabar lesionado. Dan ia até sua casa, tendo em mãos as pastas com as matérias e alguns resumos que nem era seu dever fazer, foi quando esteve pela primeira vez no quarto do atleta. Mesmo que Jaekyung sempre estivesse de péssimo humor, pegando grosseiramente a cópia das matérias e percebendo a letra caprichosa de Dan, as anotações sobre as partes importantes. Por um tempo, o Kim sentiu-se um grande idiota por isso. Afinal, o que estava fazendo? Não fazia sentido.

Era só um aluno exemplar, que mal havia feito muitas amizades e que achava não ter nada a oferecer. Então, foi comum que voltasse a manter a atenção nos livros, comendo sozinho e passando as manhãs sorrindo para todos com a mesma gentileza habitual. Querendo preservar alguma dignidade, parou de olhar tanto para o atleta em uma tentativa de parar de se iludir.

Então, foi uma surpresa quando Jaekyung o esperou no portão do colégio, e sem meias palavras olhou profundamente os olhos castanhos, toda a imagem impecável e adorável que o Kim transmitia. O moreno não hesitou em chamá-lo para ir até a casa dele, um convite mal interpretado. A mente de Dan se confundia entre o que pensar, nunca tivera atenção. O que teria mudado? Jaekyung talvez ainda risse do mau entendido, do quão doce Dan tinha sido quando foi até a casa vizinha, cheio de resumos e livros acreditando que era a única coisa que alguém poderia querer de si. Foi uma história que eles contaram por tantos anos. Riam toda vez em que lembravam da sala de estar cheia de livros e resumos, com Jaekyung usando os óculos que o deixavam ainda mais bonito. A camisa de mangas compridas e o olhar intenso sobre Dan, que mal conseguia esconder o rubor das bochechas com aquela simples frase.

NightfallOnde histórias criam vida. Descubra agora