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A vida tinha várias surpresas, foi o que Dan pensou quando se viu inquieto com a ideia de que não estavam sozinhos naquele mundo

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A vida tinha várias surpresas, foi o que Dan pensou quando se viu inquieto com a ideia de que não estavam sozinhos naquele mundo. Encontrar uma sobrevivente foi um golpe de sorte, a caminhada longa pelas florestas foi um tanto silenciosa. O que soava irônico já que Haeri impediu que o pior acontecesse. Jaekyung e Changmin não pareciam que saberiam conviver juntos quando tudo foi revelado sobre o que realmente aconteceu em Seoul, Dan abaixou o olhar, carregando a caixa de primeiros socorros. A verdade era que sabia que desde que aquele caos se iniciou, tudo mudou. Queixava-se sobre tudo aquilo, a cada passo entre as árvores, ficava mais curioso se existia uma maneira de fazer com que os dois lutadores não se odiassem.

Precisou de esforço para sobreviver antes de ser encontrado, e era grato. O coração ainda acelerava quando pensava que as coisas com Jaekyung poderiam se tornar boas novamente, mesmo que por vezes ainda se lembrava de como no passado as opiniões de outras pessoas pareciam ter mais peso. As piores brigas que tiveram era por Jaekyung escutar com mais atenção outras pessoas. Dan olhou, timidamente, os dois.

Changmin no calor do momento acabou afirmando que sim, tentou o matar, mesmo sabendo o quanto que Jaekyung ficaria furioso. A verdade sempre seria dura de ser digerida. Ambos tinham argumentos, ao menos era o que Dan pensava. Jaekyung estava certo em o proteger, mas Changmin tinha razão, de alguma maneira distorcida.

"Ele tem razão. E se eu acabasse morrendo ou me transformando?" Dan pensava, seguindo o caminho ditado pela mulher. Haeri era uma mulher mais velha, carregando o filho nos braços, e a caminhada era longa o bastante para entender que eles estavam se escondendo bem melhor. Dan se queixava se era assim que deveria ser, escondidos longe das cidades já que várias sofreriam com a "verificação" que ocorreu em Seoul. Os alarmes atraindo as criaturas, as explosões. Não era tão efetivo, mas talvez achassem que diminuindo a quantidade das criaturas, poderiam deixar a situação mais controlada.

Descendo mais uma colina, os olhos castanhos enfim tiveram o vislumbre das luzes um pouco ao longe. Foi impossível não sentir uma fagulha de esperança quando viu os trailers, um acampamento improvisado ao que o pequeno menino ao ser colocado no chão, correu até lá, como se não existisse nenhum perigo. A criança se abaixou, passando por baixo do arame farpado em torno das árvores.

— Antes de irmos, eu gostaria de saber de algumas coisas. Estou me arriscando levando vocês. Então, acho que podem entender o meu lado. — A mulher se virou, olhando seriamente o trio, mas se voltando mais para Dan. Ela pressionou os lábios, o olhar dizia palavras que não eram para ser ditas ali. Afinal, os dois lutadores não estavam naquela biblioteca, na tensão que foi Dan e Haeri apontarem armas e colocarem a própria vida em risco, e tudo por terem alguém que dependiam deles. Embora os lutadores tivessem portes mais imponentes e vozes firmes, naquela biblioteca, Dan se arriscou demais. Ele poderia ser delicado, e ainda ter certa inocência nas íris castanhas, mas só alguém forte o bastante se arriscaria por uma caixa de primeiros socorros. — Quantos você matou?

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