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Isabella


Me sentei novamente na cama, sentindo a tontura dominar meu corpo.

Ethan saiu do quarto sem se importar com o que eu disse, deixando-me trancada aqui dentro.

As lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, e eu respirei fundo, tentando não fazer barulho.

Puxei o ar para meus pulmões, mas o aperto no peito só aumentava.

Respira, Isabella, respira.

Deitei para trás, tentando aliviar a pressão do vestido que parecia sufocar-me. Fechei os olhos, querendo esquecer tudo, mas o sono veio antes que pudesse lutar contra ele.

(...)

— Ei, acorde - Senti meu corpo ser balançado, mas meus olhos se recusavam a abrir.

— Por favor, moça, acorde - insistiu uma voz suave. Meu corpo foi ligeiramente levantado antes de ser colocado de volta.

— Hm... - resmunguei, finalmente conseguindo abrir os olhos.

— Ah, que bom que acordou - Uma mulher apareceu no meu campo de visão, inclinando-se sobre mim.

— Onde eu tô? - perguntei, colocando a mão na cabeça para aliviar a confusão.

— Na ala sul. - A resposta dela fez meus olhos se arregalarem enquanto as lembranças voltavam como um soco.

— Ethan... - tentei me levantar, mas ela me impediu, pressionando-me de volta à cama.

— Você não pode sair daqui agora - disse com um tom firme, embora houvesse gentileza em sua expressão.

— Eu só vim para ver se você precisava de algo. Pelo visto, precisa. - Seu olhar desceu, e eu o segui, percebendo pela primeira vez o estado deplorável do meu vestido rasgado.

— Eu... tenho claustrofobia - confessei, envergonhada.

Ela assentiu em compreensão.

— Vamos resolver isso. Primeiro, abriremos estas janelas.

Ela tirou algo do bolso  um pequeno aparelho e, em poucos segundos, as janelas estavam abertas, permitindo que o ar fresco invadisse o quarto.

— Melhor? - perguntou, com um sorriso simpático.

— Um pouco, obrigada - respondi.

— Agora vamos encontrar algo para você vestir. - Ela começou a andar pelo quarto, olhando ao redor com determinação.

— Sabemos do plano idiota do Ethan há algum tempo, então eu me certifiquei de que comprassem roupas para você. - Sua declaração foi direta, mas sua postura tinha algo tranquilizador.

Ela me conduziu ao closet e começou a examinar os cabides.

— O que acha deste? - perguntou, mostrando um vestido leve de alças claras.

— Pode ser - murmurei, com indiferença.

Ela sorriu e me entregou o vestido.

— A propósito, sou Victoria Dallas. - Estendeu a mão em um gesto amigável.

— Sou cunhada do Ethan.

A careta que fez ao mencionar o nome dele quase me arrancou uma risada.

Não é hora para rir, Isabella, controle-se.

— Isabella. Isabella Castellani. - Apertei sua mão, devolvendo um sorriso tímido.

Victoria parecia ser gentil.

Proteção FatalOnde histórias criam vida. Descubra agora