O caminho da espada

Capítulo 10 - O motivo do atraso | parte 3

Ponto de vista do Narrador:

O chão se desmontou como um quebra cabeça sendo esparramado ao chão, os demônios pularam para longe do local em desmoronamento, essa grande coleção de túneis eram frágeis, pois muitos eram ilegais e então não tinham infraestrutura, Elisa e Jimmy caíram vários túneis abaixo, Elisa e Jimmy se apoiaram um ao outro enquanto caiam, após terminar de cair uns destroços iriam cair em cima de Elisa porém Jimmy defendeu segurando a pedra até Elisa sair de baixo, Jimmy após desmaiou após esse acontecimento, Elisa o arrastou até um lugar estável e começou a pensar:

O que eu posso fazer? Estamos sei lá quantos andares abaixo do local de saída, esse túnel que nós paramos não está tão escuro isso quer dizer que ele não era tão insignificante, eu acho que vou curar esse garoto, ele pode me ajudar ele é altruísta demais se eu falar as palavras certas com o tom certo ele pode virar um bom guarda costas. Eu vou utilizar a técnica da cura passiva.

Elisa começou a curar o Jimmy, de alguma forma mesmo utilizando seu feitiço de cura sua mana não diminuía, pelo menos não de forma minimamente significativa, após um tempo ela para de curar e faz um curativo em seu braço com menos ferimentos.

-Ei, garota - Jimmy falava de forma meio angustiada. - O que eu sou?

-Como assim? - Elisa respondeu.

-Você sabe o que eu sou, ou pelo menos o que nós somos porque pelo visto nós viemos do mesmo lugar.

-Você realmente quer saber? - Elisa perguntou

-Todos nós deveríamos saber de onde nós viemos não é?

-Existe uma organização de cientistas, eles procuram atingir o ápice de cada espécie procurando o ser perfeito de cada raça, não apenas isso, eles procuram realizar experimentos misturando raças, seja forçando eles a se reproduzir ou alterando bebês dentro do útero da própria mãe e fazem diversos experimentos com uma tal de radiação, nós somos resultado disso, eu e você, mais especificamente do laboratório do sudoeste, eles possuem oito no total porém da última vez que eu ouvi falar apenas seis estavam em funcionamento, eles nos marcam com essa cicatriz, em casos mais sortudos, uma tatuagem, você foi uma tentativa de criar um ser humano sem mana, eu de criar um demônio, no fim eu fui uma falha total, diferente de meio humano-demônios que nascem com poucos genes demoníacos eu nasci com todos eles porém não teve praticamente nenhum que despertou, todos estão sei lá, dormindo, eu sinceramente não entendo, porém você, eu tenho uma noção de como são feitos os experimentos sem mana.

-Me diga logo - Jimmy parecia com um olhar vazio, finalmente entendendo todas as peças se encaixarem.

-Experimentos sem mana, desde cedo sem contato com ela, começando pelo nascimento, eles matam a mãe para que na hora do parto o bebê já nasça sem contato com nenhuma mãe, eles utilizam roupas que retém a própria mana para não "infectar" eles, deixam o bebê passar fome para que ele não regenere mana, e conforme ele vai crescendo eles de pouco em pouco retiram seu sangue e órgãos e trocam por órgãos e sangue de outros seres, muitas vezes órgãos mortos que de alguma forma ainda funcionam mas que não tem mais mana, porém ainda sempre houve um grande obstáculo, a sua mente, seu cérebro, até onde eu saiba não existe um meio de retirar a mana de sua cabeça.

Os olhos de Jimmy estavam vazios, quase como se estivesse morto, ele levantou um pouco sua camisa que ainda tapava uma parte de sua barriga tonificada, então assim Elisa teve a visão de diversas cicatrizes costuradas, ao observar certos pontos de seu braço dava para se ver cicatrizes pontinhos, como se uma agulha tivesse perfurado diversas vezes aqueles locais.

-ha,haha - Jimmy começou a rir como uma risada forçada - Só a minha existência então, é uma falha ? - ele falava enquanto ria - eu sou filho de um corpo morto e feito a partir de carne morta - sua risada começava a ficar cada vez mais alto - quando eu consegui um objetivo na vida eu demonstrei que eu não passo de uma mera falha, AHAHAHAHAHAH, qual o motivo da minha existência, AHAHAHAHAHAH - Sua risada ecoava pelos túneis.