double mission; {jay - enhypen}

Capítulo 36

11:20 p.m.

A festa estava a todo o vapor com os convidados rindo e se divertindo. Até Zuri e Jay haviam comido um pouco à altura do campeonato. Zuri havia falado que era com o intuito de se misturarem na festa mas seu estômago a entregou logo depois, fazendo Jay rir e a seguir até a mesa de aperitivos. Agora eles estavam em suas posições iniciais, de tocaia. Esperando um movimento de Rekorius.

– Acho que ele desconfia de algo. – Zuri comenta baixinho, o suficiente para chegar ao dispositivo de escuta de Jay.

– Não brinca, gênia. – ele ri e ouve Zuri bufar do outro lado.

– Ele está demorando mais do que eu esperava para agir. 

Assim que a mulher termina de falar, Jay vê Rekorius passar do lado de fora do salão acompanhado de seis homens. Ele fala alguma coisa e dois dos homens se separam dão meia volta. Jay fica confuso e volta a falar:

– Parece que nossa Torre está se movimentando. Apenas dois de seis capangas o seguiram. Os outros foram na direção contrária. – anuncia descendo as escadas.

– Vamos seguir os dois capangas. A Torre não colocaria a mão na massa diretamente, então provável que os capangas vão fazer algo estranho. 

O casal se encontra na porta do salão e seguem os capangas a uma distância segura. Os homens seguem pelos fundos do Palácio e saem por uma das saídas. Eles entram no estacionamento do subsolo e vão em direção à um canto vazio com poucos carros. O que encontram ali é mais incomum do que esperavam.

– Eles estão... – Zuri começa.

– Jogando cartas? – Jay termina – Por que diabos estão jogando cartas? – ambos estavam muito confusos vendo os dois homens se juntarem a outros dois em uma mesa.

– Não faço a mínima ideia. Queria estar com meus equipamentos de escuta. – ela se inclina um pouco mais para frente a fim de escutar o que falavam, mas sem sucesso – O que faremos agora? À esta altura não vamos conseguir alcançar Rekorius.

– Podemos ficar aqui e esperar um movimento deles. 

– E a festa?

– Eles já estão bêbados o suficiente para se esquecerem de nós. – Jay garante, com atenção nos capangas que discutiam – Isso parece que não vai acabar tão cedo.

– Não vai mesmo. Esse jogo demora séculos para acabar. – Zuri comenta – Vamos tentar chegar mais perto. 

– Enlouqueceu? E se nos pegarem? – ele segura o braço de Zuri antes que ela pudesse se movimentar.

– Relaxa, Park. Tem carros suficientes para nos cobrir aqui. Venha.

Jay ignora o fato de ela ter lhe chamado pelo sobrenome e a segue quase de joelhos. Com sua altura, era difícil andar abaixado. Ele ajoelha junto de Zuri atrás de uma van, a cerca de 20m de distância de onde estão os capangas. Jay faz uma careta para Zuri quando ela pede para ele ficar em silêncio. "Eu nem falei nada", reclama em sua mente.

– Acham que dará tudo certo? – um dos capangas pergunta tomando um gole de sua bebida.

– Claro. Já fizemos coisas parecidas. O chefe é muito esperto. – outro reponde – Ah cara, não é possível! Você está roubando. – ele aponta para um terceiro.

– Não estou não. Você que é ruim nisso. – o citado gargalha, virando o seu copo.

– O que estão falando? – Jay sussurra no ouvido de Zuri, curioso, visto que os homens conversando em finlandês.