|Livro 4.5 da série "SkyTown" | Conto | Para ler esse conto, terá que ler os livros anteriores da série |
Fundador do Treasure MC, conhecido também por ser louco, Mexicano com certeza era o cara mais enigmático da cidade de Sky Town. Seu passado er...
ADENDO: Antes de iniciar o capítulo, eu quero dizer que, pelo bem da minha sanidade kkk eu vou maneirar um pouco no espanhol de Mexicano. Como esse conto é dele, será como se entendêssemos a segunda língua fluente dele, já que agora vamos acompanhá-lo melhor. Nos outros livros fazia sentido esse exagero, pois na visão dos outros do elenco, ninguém entendia espanhol, mas como estamos ofcialmente na jornada do Mexicano, não acho mais necessário. Ele VAI FALAR EM ESPANHOL, mas em pontos específicos. Okay?
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Capítulo 1
Visita do passado
∞
Três dias depois.
— Não estou gostando nem um pouco desses merdas vendendo no nosso território! — bateu com força na madeira da mesa.
Graças ao rapaz que pegaram três dias atrás, Mexicano finalmente soube quem era o filho da puta que estava querendo foder com os seus negócios: os desgraçados da gangue chamada Serpentes. Não era a primeira vez que Mexicano ouvia esse nome. Ele já conhecia os miseráveis, mas nunca chegaram a uma aliança, especialmente porque o líder dos Serpentes tinha uma visão muito diferente de Mexicano.
— Por que não tentamos chegar a um acordo com eles? — sugeriu Chade. Diferente dos dias anteriores, ele estava sem os óculos.
Tanto Mexicano quanto Hush encararam o filho da puta com uma careta.
— Olha pra minha cara, porra! Eu tenho cara de idiota?! — Rosnou Mexicano, fuzilando o mais novo com o olhar. — Por Dios!
Envergonhado, Chade abaixou o olhar.
— Eu sei que não gosta da ideia, mas-
— Você é melhor que isso, Chade. — Falou por cima dele. — Me traga outra ideia. Eu não vou me curvar para o filho da puta do Lancer! E outra, eles não têm nada a nos oferecer! Até a droga deles é inferior à nossa!
Depois de mais broncas e ideias que não iam para frente, Chade saiu da sala frustrado. Se fosse outra pessoa, Mexicano poderia considerar as sugestões do seu Capitão, mas após aquela ousadia de Lancer no seu território, acordo era a última coisa que o Alpha queria com aquele imbecil.
— O que você acha? — Indagou para seu Beta, que até então não tinha dito uma palavra.
Agora que estavam sozinhos, Hush parou de mover os dados entre os dedos e os guardou no bolso, soltando um longo suspiro. Por fim, na maior calma, encarou seu Alpha. Não era feitio do Beta ser falador. Na realidade, ele mal falava, e talvez Mexicano fosse a única pessoa naquele lugar que já o ouvira falar.
Hush não era surdo, como todos achavam. Ele sabia falar. Mas, após um episódio traumático em sua infância, onde teve suas mãos queimadas e um olho cegado, Hush fez um voto de silêncio, abrindo exceções apenas algumas vezes. Nem o próprio Alpha sabia o que tinha acontecido com esse homem no passado e, sinceramente, não estava interessado.
