Capítulo 8

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   — Como conseguiu comprar tanta bebida sendo menor de 21? — Quill pergunta guardando as cervejas no freezer.

  — Costumo comprar bebida pro meu pai lá sempre. 

  — E se eles descobrirem que não foi pro seu pai? — Quill pergunta parecendo preocupado.

  — Relaxa, mesmo que meu pai descubra que comprei bebida sem ser pra ele, invento uma desculpa. — Tiro o casaco e pego duas cervejas da mão do Quill. — Já bebeu antes?

  — Não. — Ele diz pegando a cerveja da minha mão. — Mas, pra tudo tem uma primeira vez.

  — Então tá. — Abro minha própria cerveja dando um gole. — Que ver oque?

  — Que tal uma música? — Confirmo com a cabeça e mostro a ele onde fica o rádio. — Seu pai não vai brigar da gente tá ouvindo música e bebendo na casa dele não? Afinal, ele é o xerife.

  — Acho que é melhor beber aqui do que em um lugar que ele não possa estar de olho em mim. — Pego meu celular pra mandar uma mensagem pra Charlie avisando que estou aqui em casa com um amigo lá da reserva. — Pronto, mandei uma mensagem pra ele, assim se ele chegar não ver ser tão surpreendido. 

  — Ótimo. — Quill coloca uma música.

  Bebo umas três cerveja e já me sinto mais leve, Quill está mais animado do que normalmente, já trocou de músicas tantas vezes que nem consigo acompanhar.

  — E essa vai pra Embry e Jacob por me abandonar nosso grupo. — Ele fala bebendo quase metade de uma garrafa de cerveja.

  — E essa vai pra Edward e Jacob, aqueles dois imbecis que me abandonarem como se eu não significasse nada. — Bebo meu gole de cerveja e rio junto a Quill.

 — Bebo meu gole de cerveja e rio junto a Quill

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  — Bella, Bella. — Sinto alguém me chacoalhando e resmungo abrindo os olhos. — Já é de manhã, esse seu amigo não vai pra casa?

  — O que? — Me levanto de uma vez e sinto minha cabeça dá algumas pontadas, provavelmente faz parte de ressaca. 

  Olho ao redor e vejo várias garrafas de cerveja sobre a mesinha do centro e Quill dormindo no outro sofá.

  — Que horas são? — Pergunto passando a mão nos olhos tentando afastar a dor de cabeça.

  — São 9 horas, daqui a pouco tenho que ir pra delegacia. 

  — Caramba. — Exclamo sem pensar e Charlie parece surpreso com meu jeito de falar. — O pai do Quill vai matar ele, não era pra ele dormir aqui.

  — Tudo bem, quando cheguei com Harry da pescaria ontem de tarde vocês estavam desmaiados no sofá. — Ele me olha com desaprovação. — Então achamos melhor deixar o garoto descansar. Harry disse que ia avisar o responsável do Quill que ele ia passar a noite aqui.

  — O pai dele vai matar ele quando ele chegar, ele não deveria tá bebendo. — Me sinto culpada pelo problema que meti Quill.

  — Tá tudo bem, Harry falou que não ia dizer que ele bebeu, disse que ia inventar uma desculpa de que ele veio passar a tarde com você por que você não estava se sentindo bem e acabou dormindo.

  — Obrigada, pai. — Suspiro aliviada.

  — Não vou ficar encobrindo isso, Bella. Não deixe menores de idade ficarem bêbados aqui dentro de casa de novo, tudo bem? 

  — Tudo bem, desculpa. A gente só queria se distrair um pouco, não pretendíamos beber tanto.

  — Eu sei, só não dê bebidas para menores de idade de novo, não vai ser muito bom se as pessoas descobrirem que a filha do xerife está trazendo menores de idade para beber aqui. — Meu pai fala com um pouco de humor. — E não beba com frequência, mocinha. 

  — Sim, senhor xerife. — Brinco com ele e rimos.

  — Acorda ele, vou levar ele em casa. — Levanto pra acordar Quill e bebo um remédio que meu pai deixou perto das garrafas de cerveja.

  Já faz mais ou menos meia hora que meu pai levou Quill pra casa. Ele quase entra em pânico quando acordou e percebeu que acabou dormindo aqui, mas expliquei que estava tudo bem, que meu pai e Harry deram um jeito.

  Decidi fazer uma trilha pra poder passar o tempo, já que agora nem o Jacob quer saber de mim. Acabei mandando mensagem pra Alice. Disse que mesmo eu querendo que ele sumisse da minha mente, toda vez que eu esquecia de algum detalhe dos nossos momentos eu tinha vontade de chorar, por que no fundo eu tinha medo de pensar que aquilo nunca foi real, que a gente nunca existiu.

  Acabo indo parar inconscientemente no campo onde eu e Edward tínhamos nossos melhores tempo junto. Sinto minha garganta fechar com as memórias que vem á tona, mas me recuso a chorar de novo. Olho ao redor e quando vou seguir em frente, ao longe eu o vejo.

  — Bella. 

  — Laurent? — Minha respiração vacila pelo susto.


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