Capitulo 7

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Evie olha aflita para aqueles olhos castanhos. A adrenalina se movimentava em suas veias fazendo o coração da moça acelerar rapidamente levando a mesma correr para o braços daquela pessoa que estava ao seu alcance, no caso Regina.

— Filha? — Regina sorrir porém sua expressão muda ao ver o olhar aflito e angustiado da jovem. — O que aconteceu princesa. — A fala da prefeita invade os ouvidos da jovem que respira fundo sentindo sua garganta arder por conta da corrida.

— E-eu..— Evie olha para trás vendo que o homem de capuz já não estava mais por perto. Ainda com a cabeça a mil por hora e em estado de alerta, a jovem fecha os olhos tentando regular a sua respiração.

— Evie? — A voz da prefeita novamente ecoa na mente da garota.

— Eu vim saber do meu cachorro, Cerberus. — Evie encara novamente a prefeita assumindo uma postura séria. — Ele estava comigo no..ocorrido. — A jovem ver a prefeita franzir o cenho. — Quero saber onde ele estar e como a senhora prefeita tem o contanto da xerife, peço sua gentileza em me proporcionar esse pequeno favor.

Evie ver o desânimo e a tristeza voltar no olhar da prefeita e engole em seco sentido seu coração doer. O que ela mais queria era a mãe perto de si, sentir seu abraço cheio de amor e proteção porém alguém já havia ocupado esse lugar, Henry. O pequeno príncipe que salvou a sua mãe da escuridão das trevas e por mais que a dor e o ressentimento cravassem em seu coração como uma adaga afiada, ela não poderia fazer nada.

Regina mudou por ele, enfrentou vilãos e maldições por ele. Ele era o verdadeiro filho, não ela.
É para o bem dela. Repetia a frase toda vez que pensava na prefeita.

— Bem, era só isso. — Evie recua limpando as mãos na calça jeans que vestia. — Adeus e obrigada senhora prefeita.

— Evie. — Regina murmura vendo a filha caminhar para longe dela.

Queria muito correr até a filha e dizer que a amava profundamente mas não podia pressionar a menina, a situação já estava inflamada demais, teria que ter paciência, muita paciência. Porém ela não era mulher de desistir, Branca de Neve que o diga, enquanto sua filha não estivesse protegida em seus braços, não sossegaria.

— Eu prometo não desistir de você minha bebê. — Regina fala observando a menina caminhar e dobrar a esquina. — Eu prometo.

Evie olha para o lado ainda sentindo a sensação da adrenalina se esvair de seu corpo pouco a pouco. Andava com passos apressados pois não era tão boba e ingênua, o homem de capuz ainda poderia estar à espreita e naquela hora não haveria ninguém para a socorrer.

— Acho que não deveria andar sozinha a essa hora da noite, princesa. — Evie pula se virando rapidamente para trás ao ouvir o som da voz da xerife que rir risonha.

— Não teve graça Emma. — Evie fala zangada olhando apreensiva para os lados o que não passa despercebido pela loira.

— Aconteceu alguma coisa? — A mulher diz se aproximando da jovem que nega rapidamente.

— Não, só com medo de andar por essas ruas desertas, só isso. — Evie diz mordendo o lábio nervosa, mania essa que Emma percebeu ser um hábito e claramente, a jovem havia herdado a mania de sua mãe.

— Bem, eu te levo para casa. — Emma fala docemente ao ver os olhos castanhos da moça brilharem.

— Não precisa senhorita Swan. — Emma revira os olhos ao ouvir o seu sobrenome sendo citado. — Você está em horário de trabalho.

— Primeiro, não me chame de senhorita Swan. — Emma estremecer fazendo uma cara de nojo arrancando uma risada da menina. — Segundo, meu horário de trabalho terminou e não vou deixar você andar por essas ruas sozinha Evie, então vamos.

A HerdeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora