Capítulo 4 - Morrer de tédio ou matar por ele ?

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Capítulo 4

Kim Nan-do

Qualquer um saberia o nome de Clarissa Park, Não preciso ser a porra de nenhum genio. Estava estampado em letras gigantes na porra dos milhares de chaveiros inuteis da bolsa dela. Foi engraçado ver a cara de espanto quando depois de horas de voo ela se deu conta disso. Alguém precisa ensinar a ela a se proteger ou facilmente cairá em algum golpe.

Assim que aterrissamos saio do avião primeiro que os passageiros civis, sou rodeado por soldados à minha disposição.

– Providencie dois comprimidos de calmante. A faça tomar um na decolagem e um ao aterrissar sem que ela perceba.

Um dos meus mais fiéis soldados Yoongi sai sem me questionar, Meu irmão e braço direito se posiciona ao meu lado.

– Por que diabos você não segue a porra do plano?
– Eles não tentariam me matar ali, Ji.
– Eles querem te matar em qualquer lugar Nan-do, iria se proteger sem armas? Como?

– Tinha uma faca e duas balas com silenciador.

– As que você usou para matar o cara no banheiro masculino por tédio?

– Eu não estava entediado.

– Então porque o matou?
– Você não entenderia.
– Eu sou a porra do seu irmão Nan-do, sou a pessoa que mais o entenderia.

Ignorei seu falatório por alguns momentos até que os soldados terminaram a varredura da nova aeronave. A tripulação ainda não havia chegado, como um acordo com a companhia aérea era feito isso todas as vezes que eu precisava disfarçar viagens com passageiros para a polícia coreana.

- Irei voltar para o plano original Ji, preciso trabalhar. Faça com que a estrangeira chegue em tranquilidade no seu destino.

- Tente não matar mais ninguém por tédio.

Não matei por tédio eu apenas adiantei o que já seria feito, o homem pelo qual eu dei fim a vida dentro banheiro masculino era um viciado. Ele estava sentado no final do corredor contrário ao meu cheirava descaramento uma carreira de pó minutos antes de vê-lo entrar no banheiro. Quando Clarisse caiu no meu colo tentando ir ao banheiro, eu a segui com os olhos até que chegasse ao seu destino ela não percebeu mas eles se esbarraram no corredor. Ele a seguiu, mas o impedi de continuar puxando a blusa e o jogando na porta a frente do banheiro feminino, questionando o que ele pretendia fazer, com a voz arrastada e embolada falou que colocaria um gostosa para chupa-lo.

Uma hora ele morreria se não fosse pelo pó, seria por ter tocado em mulheres inocentes. Só adiantei a ida desse doente para o inferno, travei o banheiro encaixando a porta de madeira do armário usado como despensa dentro do pequeno ambiente entre o vaso e a porta . Eles irão demorar para descobrir o corpo, como os voo utilizado pela máfia não são filmados e nunca saberão quem o matou.


🌎 📷

Assim que aterrissei em Seul, entrei no carro e arranquei o chip do celular, jogando-o fora. A cada três dias, o protocolo deveria ser feito; os telefones da empresa eram apenas para ligações banais, enquanto o aparelho azul, que só desbloqueava com a minha digital, era o que tinha informações vitais para a máfia.

Sou o filho mais velho dos herdeiros do Capo da Máfia sul-coreana, King. Fui criado sabendo que herdaria o cargo mais alto dos negócios. Minha lealdade deveria ser apenas para a Máfia.

Meu irmão como segundo herdeiro não possui privilégios, é apenas mais um soldado em nosso exército. Por minha escolha, fiz questão de que ele tivesse o mesmo treinamento que eu, pois não poderia confiar em ninguém além dele para cuidar da minha vida. Fomos testados de todas as formas.

Ji se tornou um ótimo consigliere. Nosso pai ainda não saiu da cadeira, embora ele apenas faça figuração nela. Ainda fingimos obedecê-lo. Boa parte das ordens sou eu quem dá, pois sei das minhas obrigações. Na máfia, existem algumas regras principais para alguém ser líder.

Regras:

Máfia e seus negócios em primeiro lugar.

Nascer na Coreia do Sul.

Casar com uma legítima coreana.

Seus herdeiros nos pertencem.

Descrição

Cargos são dados por Competência, Respeito e Lealdade absoluta.


Para assumir o lugar de meu pai como Capo, é necessário estar noivo, e o casamento ocorre no dia da minha posse. Essa regra do casamento se aplica apenas ao Capo; os outros membros, após suas posse, têm prazos para se casar livremente ou podem ser obrigados pelo líder antes desse prazo. No entanto, não tenho interesse em me casar; a ideia de casamento me causa desconforto. Homens como eu não casam por obrigação; valorizamos a confiança e a intimidade em nossos relacionamentos. Na Máfia, existe uma regra estabelecida: "Homens que não são capazes de serem fiéis às suas mulheres não são fiéis a ninguém." Por isso, aqueles que são pegos traindo suas esposas em nossas casas noturnas são punidos com rigor, muitas vezes com a morte.

Após depositar o novo chip, liguei para Ji, que atendeu no segundo toque e permaneceu em silêncio por dez segundos, nosso código para confirmar que era realmente eu.

– Eu deveria cobrar o dobro por ser segurança particular de uma desconhecida.

– Tenho planos para ela, Ji.

– Claro que tem, assim como teve com todas as outras que passaram pela sua cama, Nan-do.

– Como estão as coisas?

– Acho melhor resgatar sua garota em breve porque essa área não é nossa e sabemos que podem arruinar seus planos.

– Você é o sortudo da vez, Ji. Cuide muito bem dela. Prazer, essa é a sua candidata a noiva.

– Que se dane, Nan-do, quem tem que casar é você!

– Cuide bem da sua noivinha, hein.

Clarisse

Demorei para localizar a residência das meninas, Lara é um poço de confusão, não conseguia lembrar a cor da casa. Gabi nunca atende o telefone. A dona da loja de conveniência ao lado foi um amor, mantendo-se conversativa e simpática o tempo todo comigo, talvez porque eu tenha dado todos os meus wons para ela. Eu não tenho linha ativa por aqui, então meu telefone não funciona.

– Droga!

Coloco a mão na cintura e reclamo assim que vejo a roda da mala rolar rua abaixo. A rua em que minhas amigas moram é inclinada. Estou cansada demais para correr atrás da rodinha, então desisto e apenas a sigo com o olhar. Quando vejo a luminosidade de um aparelho telefônico através da escuridão, percebo que as ruas aqui não são muito movimentadas e em qualquer lugar do mundo, independentemente do país, nós mulheres somos vulneráveis.

Trato logo de abrir o portão com o código que Lara me passou, entrando na casa.

E agora Clarisse ?Onde histórias criam vida. Descubra agora