𝐕𝐈𝐈𝐈.

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depois de MIL ANOS finalmente eu consegui trazer atualizações!!! peço desculpas se alguém acompanha e ficou esperando, eu tive um bloqueio criativo e acabei não conseguindo terminar o capítulo logo :( mas agora deu certo, então espero que aproveitem bastante a leitura <3

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ㅤㅤAndar sozinho em Seul definitivamente não era uma coisa que Beomgyu imaginava precisar fazer tão logo. Oras, é claro que estava acostumado com cidades grandes, depois de anos vivendo em Nova York e cursando a faculdade dos seus sonhos. A capital coreana, porém, era um lugar onde podia contar nos dedos quantas vezes durante a vida havia colocado os pés lá. E uma das vezes era essa.

ㅤㅤDe certo, é sempre impressionante ir a qualquer lugar que não se está acostumado a ir sem companhia alguma. Caminhando pela calçada movimentada da cidade e carregando, nas costas, a bolsa apropriada para o armazenamento do violão, diversas vezes o garoto se deixava levar pela distração em olhar para o ambiente urbano, e acabava esbarrando em pessoas que provavelmente estavam mais apressadas do que ele.

ㅤㅤ— Me desculpe — Disse a um senhor que tropeçou em seus pés, o qual saiu resmungando algo que Beomgyu não ouvia.

ㅤㅤAlguns xingavam, outros pediam desculpas como ele. Não tinha como adivinhar a índole de quem viria a seguir.

ㅤㅤA certeza que tinha era que precisava chegar ao ponto de encontro com a pessoa que havia comprado seu violão pela internet, na noite anterior. Não fora nem um pouco difícil vendê-lo, considerando a onda de animação e consumo dos novos e antigos fãs de Vernon, que vinha atingindo o mercado desde antes da turnê começar. Todos queriam ter alguma coisa dele, independente de ir ao show ou não.

ㅤㅤEntão, imagine ter um violão idêntico à guitarra exclusiva do seu ídolo, bem preservado e de sonoridade impecável. Até quem não sabe tocar iria querer um desses.

ㅤㅤDevido a isso, Beomgyu havia conseguido vender em menos de uma hora e pelo dobro do preço estipulado inicialmente. Parecia uma boa proposta, e era o que o levava a estar ali no meio da tarde, seguindo até um endereço específico através do Google Maps no celular. O alfinete na tela indicava o que parecia ser uma rua estreita, que ficava entre uma loja da Saint Laurent e outra da Zara. Ambas de frente para uma avenida movimentada que, aparentemente, era repleta de outras lojas de marcas renomadas. Com mais alguns minutos de caminhada, o garoto chegou ao destino.

ㅤㅤErguendo o olhar do celular para o local, Beomgyu percebeu que, pessoalmente, ali era mais esquisito do que tinha imaginado. A rua fina mais parecia um beco, onde entrava pouca luz do sol, e não havia nada nem ninguém além de latas de lixo e entulho encostados nas paredes. Era engraçado e ao mesmo tempo esquisito pensar que estava em uma parte da cidade que deveria ser considerada chique, com tantos pontos de referência melhores para se fazer uma entrega, e o comprador escolheu justo aquele.

ㅤㅤE Beomgyu aceitou.

ㅤㅤHesitava entre perguntar se tinha alguém ali — não parecia ter — ou apenas esperar, e acabou indo pela segunda opção, com uma sensação estranha percorrendo seu corpo. Olhava desconfiado para os dois lados, à espera de quem quer que estivesse ali, torcendo para que fosse apenas uma má impressão, quando sentiu a mochila com o violão ser tirada de si à força e levada embora. Por alguém que não viu.

ㅤㅤ— Ei! — Gritou.

ㅤㅤEm choque, Beomgyu olhou na direção para onde a pessoa fugia com o instrumento nas mãos, e seu instinto imediato foi correr atrás, utilizando toda a energia que tinha. À medida com que corria, a rua ia ficando cada vez mais escura, e a avenida barulhenta de lojas caras ficava para trás. Arfando, viu a silhueta se distanciar ao longe, com mais agilidade que ele, e sumir com seu violão em mãos, e, cada vez mais, parecia em vão continuar tentando alcançar alguém que certamente corria bem mais que ele.

ROCKSTAR; soogyuOnde histórias criam vida. Descubra agora