Mel

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Sarah e Mary caminhavam por uma estrada banhada pela luz da lua, quando sentiram um olhar sobre elas que se tornava cada vez mais intenso. Elas se entreolharam, trocando um sinal de alerta com os olhos.

De repente, elas escutaram ruídos vindos da floresta e um zumbido incessante. Elas ficaram atentas, Sarah tentava enxergar melhor o que as cercava. Mary se preparava para enfrentar os homens que as perseguiam.

Mas, para sua surpresa, o que saiu das árvores e das sombras da floresta foi um exército de abelhas. Sarah e Mary se assustaram, mas não baixaram a guarda.

Sarah: Mary! Cuidado! Atrás de você! — Gritou Sarah, avisando Mary.

Mary virou-se rapidamente e viu uma monstruosidade, uma abelha negra com seis olhos vermelhos, que zumbia tão alto que doía os ouvidos. Suas asas eram tão rápidas que eram quase invisíveis. Mary e Sarah reconheceram na hora quem era o verdadeiro inimigo ali.

Antes que pudessem reagir, o enxame de abelhas atacou, e centenas de abelhas minúsculas começaram a picar as jovens sem dó, em questão de segundos, Sarah e Mary estavam cobertas de ferroadas, e só podiam proteger o rosto.

Sarah: Mary! Temos que correr! — Disse Sarah.

Mary: Sim! Se corrermos, eles não vão nos machucar tanto.

Elas começaram a correr, e Sarah tirou da cintura uma arma de fogo, que Mary notou.

Mary: Sarah! Aquela abelha rainha está cheia de magia! Arma de fogo não vai adiantar!

Sarah: Continua correndo. — Falou Sarah, ofegante.

O enxame de abelhas não parava de persegui-las, e as jovens não usavam roupas que cobrissem os braços e as pernas, elas estavam quase completamente vermelhas. Sarah, que tomou a iniciativa, tentava mirar na abelha rainha enquanto corria, mas a grande abelha estava atrás do enxame, e Sarah não conseguia ver direito, pois as abelhas pequenas turvavam sua visão.

Mary: Sarah! Eu já falei! É inútil!

Sarah: Elas não vão desistir de nos seguir, temos que acabar com a rainha!

Mary: Não dá! Se pararmos para lutar, vamos morrer, e essas abelhas não são normais! Elas são mágicas, com certeza suas picadas têm um efeito ruim!

Sarah: Vai esperar o efeito aparecer? Temos que lutar!

Mary: Droga! Minhas costas, não dá para carregar tudo isso e correr ao mesmo tempo!

Sarah: Mary!

Mary: Droga! Tá! — Reclamou Mary, jogando suas coisas no chão e se virando para enfrentar o enxame de abelhas.

Mary, que estava com medo, mudou sua expressão, e seu rosto cheio de picadas mostrou determinação.

Sarah: Eu não tenho coragem de atirar, eu só vou desperdiçar minhas balas sem acertar aquela coisa!

Mary: Eu vou te ajudar, vou tentar distrair as pequenas, a grandona, você tenta pelo menos cortar as asas!

Sarah: Hein?

Mary, que estava abrindo suas malas de viagem, tirou de uma delas uma espada nem tão longa, nem tão curta. A espada parecia simples, com o cabo azul escuro e uma fita amarrada nele, e a lâmina tão afiada e fina quanto uma folha de papel. Apesar da espada ser simples, Sarah olhou para os olhos de Mary, e percebeu que ela não era comum.

Mary: Vai! — Gritou Mary, avançando contra as abelhas.

Sarah correu para a esquerda da floresta, enquanto Mary correu para a direita em direção ao enxame. A grande abelha percebeu que as jovens estavam resistindo ao seu ataque, e ficou mais agressiva.

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