Capitulo Seis

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Crowley não sabe o que está acontecendo consigo mesmo, está ficando louco. Tinha mesmo mandado uma indireta descarada de que estava interessado em Aziraphele? Estava ficando mesmo louco, sabe que ele namora!

Espera que Aziraphele não tenha entendido essa indireta, apesar de que no fundo ele deseja que sim.

Estava tão decepcionado que acabou fazendo a besteira de aceitar ir ao encontro as cegas que seu pai tanto quis que fosse. Acontece, que nem mesmo a mulher com quem foi se encontrar queria isso, o que foi bom para os dois.

Era uma questão de tempo até que seu pai ligasse novamente, estava pensando se iria atender ou não quando isso acontecer.

De qualquer forma, hoje era seu dia de descanso, e iria aproveitar pra sair ao invés de ficar pensando muito sobre as coisas que lhe atormenta.

Pensou em chamar um de seus amigos para beber em um bar ou ir em uma festa, foi quando recebeu uma mensagem de sua amiga, Anathema, o chamando para sair.

°°°°°

- Finalmente você tem tempo livre pra mim. - Crowley disse ao encontrar sua amiga sentada em uma das mesas da lanchonete.

- Crowley, quanto tempo. - Ela se levanta para o abraçar.

- Como tem passado? - Ele se senta em frente a Anathema.

Ambos pediram algo para comer e beber enquanto continuam a conversar.

- Bem, tenho viajado muito a trabalho, tem sido divertido. - Responde. - E como você está?

- Ah, muito bem. Só ando meio entediado nesses tempos.

- É mesmo? E aquele seu namorado, como ele está?

- Terminamos na verdade. Ele era meio controlador demais, sabe que eu odeio isso.

- Putz, que dureza. Você está bem?

- Sim, eu não estava mais feliz com ele. O pior mesmo é que agora meu pai está mais insistente em me fazer sair com alguém que ele escolheu.

- Não acredito! - A mulher começa a rir. - Crowley, ele continua a te ligar por causa disso? - Pergunta se divertindo.

- Sim, eu estou até cogitando bloquear ele.

- Não faz isso. - Ri mais ainda. Ela conhece o rapaz há muito tempo, inclusive seu pai, e sabe os parafusos a menos que o homem possui.

- Eu sei, não vou fazer isso. Talvez... - Disse a última frase como um sussurro, mas a garota ouviu muito bem e sorriu. - Mas acredita que eu finalmente fui em um desses encontros?

- O que? - Pareceu surpresa. - Que tipo de apocalipse aconteceu para você finalmente aceitar isso? - Era a vez de Crowley rir.

- Eu não sei, sinceramente.

- Você gostou pelo menos?

- Não rolou nada, ela também não estava afim de um relacionamento, só foi por obrigação de sua família, igual eu. - Responde dando atenção ao seu copo, que acabou de chegar junto com o resto do pedido de ambos, pensando se vai ou não contar sobre o homem que havia conhecido.

- E? - Anathema parece analisar a expressão que Crowley fez durante essas questões mentais.

- O que? - Parece ter voltado de seus devaneios.

- Tem algo que não está contando, eu percebo tudo em você. - Ela bebe o refrigerante que havia pedido.

- Sim, é verdade. - Ele sorriu. - Eu conheci um cara... - Antes mesmo de completar a frase, Crowley viu o sorriso malicioso no rosto da amiga. - Não inventa, ele tem namorado. - Disse antes dela começar a fazer seus comentários.

- Então é por isso que você está tão distraído? Está apaixonado por alguém comprometido, hein? - Pergunta em um tom de brincadeira.

- Não, eu não... Não é isso. - Se embola nas palavras. Anathema olhou para ele como se soubesse todos os seus segredos ocultos, e ela realmente sabe.

- Sou sua melhor amiga, pode mentir a si mesmo, mas não para mim. - Ela falou sorrindo. - Eu também já me apaixonei por alguém comprometido, é compreensivo.

- Acontece que isso é diferente. - Crowley disse meio ríspido. - Eu na verdade nem conheço ele direito, não chegamos nem ao ponto de sermos amigos. Mas quando eu o vi pela primeira vez, senti um interesse instantâneo.

Ficou em silêncio por um tempo antes de continuar.

- Acabamos nos encontrando por acaso várias vezes, eu pensei em não perder a oportunidade, mas aí eu descobri que ele não estava solteiro. - Bufou frustrado. - Pra ser sincero, acho que foi uns dos motivos que me levaram a aceitar aquele encontro idiota.

- Eu entendo. - A mulher disse calmamente. - Se apaixonar por quem não devia é frustrante, mas não é o fim do mundo.

Crowley se lembra dos encontros casuais, das conversas animadas, da sensação de que ele e o homem misterioso compartilhavam um universo próprio.

- O problema é que eu sempre vou atrás do que eu quero, mas dessa vez eu não posso.

- Você é o Crowley, é um homem incrível e maravilhoso, vai achar alguém que te ame, acredite em mim. - Ela tenta o apoiar. - Estou aqui pra você mesmo que eu esteja a milhão de distância, e eu sei que você vai superar esse conflito. Você se lembra de como me ajudou com a Agnes, não é?

- Claro que eu lembro. Você estava acabada. - Zombou sorrindo.

- Cala a boca. - Jogou um papel em cima dele que só ri. - Mas é verdade. Mesmo assim, você estava lá, e eu também vou estar aqui.

- Obrigado por isso, Anathema. - Ele agradece sorrindo.

- O que seria de você sem mim? - Se exibe, fazendo Crowley sorrir mais.

- Talvez eu e ele nem nos veja mais, todas aquelas vezes foi por acaso. - Crowley finalmente tocou nos alimentos que pediu.

- Alguns dizem que é o acaso, outros dizem que é o destino~ - Brincou.

- Para de rir dá minha desgraça. - Mesmo assim, ri junto pela brincadeira.

- Eu posso estar certa. Mas talvez vocês possam ser amigos apesar de tudo. - Ela dá de ombros.

- Bem, pode ser... Vai depender se vamos poder nos ver de novo algum dia.

- Depois de tanto encontros por a caso, por que de repente isso pararia? - Ela ergue uma sombrancelha sorrindo.

Crowley sorri, pensando no que Anathema lhe disse, e realmente torcendo para que veja Aziraphele mais uma vez.

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⏰ Última atualização: Aug 26 ⏰

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