𝑵𝑬𝑴 𝑻𝑼𝑫𝑶 𝑺𝑨𝑶 𝑭𝑳𝑶𝑹𝑬𝑺

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Tenham uma ótima leitura! 

Pov Daryl:

17:00 da tarde.

Nunca fui de despejar meus sentimentos por aí ou de fazer rodeios com palavras carinhosas, não que eu tenha aprendido a fazer isso. Ninguém nunca fez isso comigo também. Nunca senti a necessidade, saca? 

Minha infância, bom, foi uma porcaria. Viver no meio do nada, rodeado por um bando de idiotas violentos, não é exatamente a melhor escolha que alguém pode fazer, mas foi o que me coube. Essas paradas todas acabaram influenciando como eu me relaciono com as pessoas. Fiquei mais na minha, fechado pra sentimentos.

Essa era minha vida, aí apareceu esse tal de Jake, todo metido a besta. Ele falava coisas estranhas sobre mudar e ser mais aberto. Pensei que o cara tava brincando ou coisa assim. Mas, sabe como é, ele insistia nessa ideia idiota.

Jake queria que eu visse as coisas de outra maneira, abrisse minha cabeça. Achei que ele era louco, maluco de pedra. Mas, sei lá, fui caindo nessa conversa estranha aos poucos. E o Jake, putz, o Jake passou a ser aquele cara que precisava de um socorro, e eu acabei ajudando. Não vou negar, o maluco cresceu no meu conceito.

Depois que eu tirei o Jake de um possível suicídeo, parece que alguma coisa mudou em mim. Agora, de repente, sinto que tenho que ficar de olho nesse sujeito, como se fosse minha obrigação cuidar dele. Às vezes, a vida é mais esquisita do que vaca no brejo. E quem diria que salvar um cara como o Jake faria eu repensar minha vida, hein? Ridículo, mas o maluco ganhou um espaço aqui. E, sei lá, isso não é tão ruim assim. O cara tem algo que mexe comigo, de um jeito que eu não tava acostumado.

A gente ficou grudado por um tempão, trocando nossos pensamentos tortos, olhando um pelo outro, com um monte de porcaria acontecendo pra todo lado. Essa relação é estranha pra caramba, mas não consigo negar que tem algo ali que me atrai, mesmo que eu não saiba direito o que é.

O lance mais recente desses perrengues foi o sumiço da Sophia, e, puta merda, aquilo bagunçou a cabeça do general. A gente andou por horas, se espalhou em grupos, e do nada, o Carl levou um tiro. Que porra?!

- Lori? Lori Grimes? - A mulher perguntou.

- Eu sou Lori. - disse Lori.

- O  Rick me mandou. Você tem que vir comigo. - ela declarou

- O'Que? Aconteceu alguma coisa? -  Jake perguntou ansioso.

- Houve um acidente. Carl foi baleado. - continuou.

Encaro o Jake de frente, e o cara tá ali, parado feito uma estaca, com uma expressão que não dá pra definir. Isso não cheira nada bem.

- Ele ainda está vivo, mas você tem que vir agora. Rick precisa de você. Vamos!

E assim ela foi.

- Ei! Não conhecemos essa garota. Você não pode ir com ela. - grito para Lori.

- Rick disse  que há outros na estrada…  naquele grande engarrafamento. Podem voltar até  Fairburn Road. Fica perto da nossa fazenda. Verão a caixa de correio. O nome é  Greene.

Com isso ela partiu.

- Que bosta! - grito e atiro na cabeça no zumbi. Ando até o ruivo e falo. - Jake?

Ele não responde.

- Jake?!

Nada. Sinto ele mole.

- Agora não é hora de desmaiar. Jake olha para mim! - O chacoalho um pouco.

- O que está acontecendo com ele? - perguntou Carol preocupada.

- Talvez ele esteja em choque - comentou Glenn - É melhor você carregá-lo Daryl.

- Drama do caralho - comentou Andrea.

- Dá para calar a boca um minuto?! Isso não é brincadeira, ele está mal de verdade, vamos Daryl carregue ele. - disse Glenn

Agarrei o Jake pelo braço no estilo "noiva" e seguimos em frente, mantendo o passo firme. Ele ainda parece um pouco consciente, mas duvido que chegue lá acordado.

Caminhamos por mais algumas horas até alcançarmos a rodovia. No entanto, o resto da galera explicou o que tinha rolado. Deitei o Jay na cama do trailer, e o cara tava lá, dormindo que nem um anjinho, parecia até fofo. Não queria que ele acordasse agora, especialmente depois de tudo. Tenho certeza de que ele ia abrir os olhos,, se culpar, chorar, se sentir mal pra caramba.

Saio do veículo e discutimos sobre a situação.

- Não vou fazer isso. Não podemos ir embora assim.  - diz Carol.

- Carol, o grupo se dividiu. Estamos espalhados e fracos. - tenta explicar Dale.

- E se ela voltar, e não estivermos aqui? - insistiu Carol.  - Isso pode acontecer.

- Se Sophia achar o caminho de volta e estivermos longe… isso seria horrível. - declarou Andrea

- Tá bom. Mas temos que planejar isso. Ficamos até amanhã de manhã e depois vamos embora. Vai dar tempo para nós fazermos um grande cartaz… deixar alguns suprimentos. Vou ficar aqui essa noite. Eu fico no trailer. - dito o plano. Estou preocupado com a menina, isso eu não posso negar.

- Se o trailer ficar, eu fico também. - disse Dale

- Obrigado. Obrigado aos dois. - disse Carol agradecida.

- Eu fico. - disse Andrea.

- Bom , se todo mundo vai ficar, então eu… - tentou Glenn.

- Você não  Glenn. Você vai. Leve  a caminhonete da Carol.

- Eu? Mas porque sempre eu?

- Você tem que  achar essa fazenda, achar nosso pessoal e ver o que está acontecendo. Mas o importante é você tem que levar T-dog e Jay para lá. Não vamos discutir. Aquele corte no braço dele está piorando.

- Jake não vai. - declaro.

- Mas ele está mal Daryl, ele precisa de cuidados. - insistiu Carol.

- Se ele estiver lá, vai se sentir tão mal que vai entrar em choque de novo. - vou até a moto de Merle. - Se quiser remédios, tenho remédios do meu irmão. Metanfetamina. Ecstasy. Não precisa disso. Tem alguns analgésicos muito bons. - jogo para Glenn - Doxiciclina e nem é genérico.  - jogo da Dale - É de primeira. O Merle pegou gonorréia uma vez 

E aí começamos a nos preparar para a vigília noturna. Glenn pegou a caminhonete e partiu, enquanto o resto da galera se enfiava no trailer pra dar uma ajeitada nas coisas.

 Glenn pegou a caminhonete e partiu, enquanto o resto da galera se enfiava no trailer pra dar uma ajeitada nas coisas

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My constellation - The Walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora