"Eu fui salvo por um ONI?!" - Toshiel (PAUSADA)

II

Toshiruz Pov ❤️🖤 :

— Tá bom. Me dá seu braço. — Pedi, e a resposta foi — Qual lado? — só peguei o braço machucado com cuidado, e limpei com o pano. — Oque você é? De criatura. — Raviel perguntou. — Eu sou um meio-demônio. Que caça demônios. —  Respondi enquanto passava um spray que ajudava a não infeccionar a ferida, logo comecei a enfaixar. — Muitos dizem que demônios podem disfarça sua personalidade pra matar suas vítimas, você não vai fazer isso comigo não, né? — Perguntou. E eu fiquei quieto. — Não sou eu que vou colocar uma parede entre você e confiar em mim. — Falei fechando meus olhos, e uns segundos depois abrindo.

Eu já terminado de cuidar do braço dele, agora é o rosto, peguei um pano úmido limpo e passei no machucado, cobri o olho dele pelo canto quando passei o spray, e depois coloquei um curativo em cima, depois me sentei do lado dele. — Você não vai me matar, né? — Não pude evitar uma risada com isso. Vi ele franzir o cenho, as pupilas dele afinaram um pouco. — ..Né? —  Ele perguntou denovo, fiquei quieto, percebi ele ficar nervoso, então só avisei que eu poderia ter matado ele várias vezes antes. — Eu não acho iss-- — Ele ia falar, mas percebeu que eu soltei um sorrisinho. — BAH-- EU ESQUECI DE COLOCAR A RAÇÃO DO TOM CALMA AÍ! — Me lembrei disso do nada, peguei a sacola com a ração e fui até o canto de Tom, colocando a comida dele e acariciando o pelo dele, depois o deixando comer.

Voltei correndo para meu quarto, onde se localizava Raviel, o mesmo estava conversando com o nada, em uma lingua estrangeira. — Ah tá, pronto. Outro doido pra lista de amigos. — Comentei, encostando na porta que eu já tinha fechado, vi ele pular em susto e parar de falar.

Ele parece suspeito

Raviel Karim POV🧡💜 :

Que droga, ele me pegou-- ME ACHOU conversando com o chacal, eu acho que ele não desconfiou. Ah, ele ligou o ar condicionado? Eu tava com calor agora pouco, vi ele se aproximar, sentar ao meu lado e virar para mim, virei para ele, quieto. — Você tem alguma coisa especial ou descendência? Não é normal um humano ter essa quantidade de coisas de ouro. Principalmente continuar vivo e conseguir falar depois de ser a vítima de um demônio. — As falas do albino se prosseguiram, inclinei para trás quando ele apontou para os meus colares e para várias outras coisas. — E a sua maquiagem brilha no escuro. — Ele comentou de novo, se aproximando um pouco, eu sei disso tudo, mas ele começou a desconfiar do nada.. será que ele já tava, mas quando me viu falando, ele suspeitou mais ainda? Ô Chacal, podia ter me avisado, né?

Eu pude ver os olhos carmesim dele se encontrando com os meus enquanto ele inclinava para frente. — Você não é só um humano normal, né? — Ouvi ele perguntar, mantendo um contado visual forte, senti minhas bochechas esquentarem. PERA EU TÔ CORANDO? — Não, na verdade eu era pra tar morto, mas-- —  Eu ia falar, mas fui atrapalhado. — OQUE?! — ele pausou, respirando fundo. — Calma, explica direito esse bagulho aí.  — Vi ele se afastar enquanto falava, suspirei e pensei como explicar, melhor contar a história do zero mesmo. — Olha, antes, eu era um andarilho no Egito, daí, eu donada achei uma pirâmide, entrei e peguei ouro e etc.. só que depois que eu fiz isso.. caiu uma.. UM TETO! em cima de mim e eu fui... morri, só que aí, quando eu tinha roubado aqueles bagulho de ouro, eu tinha pego um negócio místico, e aquilo me fez reviver, e agora eu tô com meu mano chacal, acho que você pode esconder isso dos outros, né? — Tentei explicar, ele demorou pra entender, mas acho que ele entendeu. — Trágico. —  Ouvi ele comentar, e ouvi um som de mensagem, notei ele pegar o celular. — Dante? Ah, ir numa pizzaria? Com a Eeiris? Tá bom, pode ser. Tchau, te vejo depois! — Ouvi ele dizer com o celular, pera.. EU OUVI PIZZARIA?! — Pera, PIZZA? POSSO IR JUNTO?! — Perguntei animado, sorrindo enquanto ele já tinha desligado o celular. — Tá bom, vou perguntar pra ele, pera aí. — Ouvi ele avisar e digitar um pouco, vesti minha camisa e meu casaco bem rápido, que saudade de uma pizzazinha, o Chacal come todas que eu compro, e ele no início dizia que não gostava de comida humana! — Ele deixou. — Toshi disse, vi levantar e ir trocar de camiseta, pera.. NA MINHA FRENTE?! ...

Bom, ele viu eu sem camisa, qual o problema de eu ver ele..

Toshiruz POV🖤❤️ :

Terminei de trocar minha camisa, olhei pra ele e.. o doido tá todo vermelho. Ignorei e saí do quarto, indo até Tom e segurando ele para fazer carinho, e vendo Raviel se aproximar como se nada tivesse acontecido, e depois fazer carinho no meu gato junto comigo. Tom deu um tapa no braço do Ravi do nada. Ouvi um resmungo de dor. — Acho que ele não gostou de você. . . — Comentei, continuando a fazer carinho em Tom, logo depois abaixei pra deixar ele sair do  meu braço.

Agora eu imagino.. será que o Ravi ainda tá com dor? Vou cutucar ele, o Dante disse que ia ser mais tarde e dá pra ter um tempinho a mais. Cutuquei ele nos lugares sem machucado enquanto ele conversava em gringo com um guri invisível. Ah é, ele tinha aceitado a massagem, né? Pelo menos ele esqueceu, tô com preguiça de fazer isso. — Ei, onde fica o banheiro? — Ouvi Raviel perguntar, olhei para ele e disse ser a primeira porta da esquerda. — Obrigado, Toshi. — Ele disse de novo, vi ele levantar e sair da sala, logo em seguida vi Tom entrar e pular no sofá, subindo no meu colo como se tivesse pedindo carinho. Fiz carinho nele na cabeça, é o lugar que ele mais gosta. Ele ainda tá meio tristinho depois que a Mestra Gigi viajou pra um outro lugar pra concentrar o poder dela.

Vi o Ravi voltar e sentar ao meu lado, também vi Tom levantar ainda no sofá, subir no Raviel e depois quase arranhar ele, soltei umas risadas antes de notar as unhas do gato preto quase perfurarem o braço ferido do Ravi, sorte que eu peguei o Tom no colo e tentei acalmar ele, recebendo alguns arranhões fracos, mas ele parou com o carinho. — Ele é do mal?! — Ouvi o moreno questionar, se afastando um pouco. — Não, é ciúmes. — Respondi, e ouvi ele exclamar enquanto perguntava se isso tudo era ciúmes. — Antes era pior, ele não gosta muito de criar afeto com os outros, antes ele tinha bem mais afeto, mas ele tá evitando por algum motivo. — Comentei,  deixando Tom sair e ir brincar com o própio brinquedinho, vi uma reação triste vir de Ravi.

Olhei meu relógio digital do celular, vendo a hora, já teria tempo da gente ir. Seria melhor ir andando, já que é perto e não quero gastar gasolina da moto. — Ei,quem são esses na tua foto? Calma, essa aqui parece um dragão.. essa outra parece ser uma raposa? Esse aqui um morcego.. aranha? Um morcego.. ou aranha? Os dois? Ah, esse aqui eu sei que é você-- COMO QUE TU TÁ ASSIM?  — Ouvi ele exclamar, vendo eu mesmo no meu primeiro estágio de demônio, a diferença é que eu estava com a língua para fora e fazendo um coração com todo mundo. — É um negócio sobre eu ser oni, é meio complicado. Mas vamo logo pra pizzaria. — Pedi enquanto levantava um pouco antes dele, logo pego meu casaco e amarro na minha cintura.

Peguei a chave e destranquei a porta, vendo Ravi colocar o capuz e ficar atrás de mim, saí do apartamento e dei espaço pra ele sair, assim que ele saiu eu tranquei a porta. Entramos no elevador, cliquei no botão do primeiro andar e depois fiquei quieto. Odeio esse tipo de silêncio desconfortável, coloquei a mão na cintura.

Senti o calor do corpo do Ravi, e depois a cabeça dele encostou no meu ombro, abaixei o braço e deixei ele aproximar mais. A porta do  elevador abriu, vi dois conhecidos, - Skey e Falon. - os dois eram meio-gatos.

— Então Skey, por que você quer que eu fique fazendo som de pat-- Oi Toshi e.. quem é esse?  — Ouvi o menor questionar, inclinando para frente, senti o Moreno sair do meu ombro e se apresentar. — Ah, e eu sou um hu-- — Raviel tentou falar, mas atrapalhei a tempo dizendo que era um híbrido de lobo. Minha mão se localizava sobre a boca dele, GURI BURRO! — Ah, eu vou na pizzaria daqui a pouco com meu grupo, tchau vocês dois! — Fugi do assunto, puxando Karim pela mão e deixando os dois menores sozinhos.

— Desculpa, eu ainda não me acostumo,  por mais que eu conviva todo dia com gente assim. É desconfortável saber que não tem nada contra o preceito aos humanos que ainda restam.. — Ouvi ele dizer cabisbaixo, fechando um olho e tocando no própio braço. Ah, eu estava apertando demais a mão dele. — Não, tá tudo bem. — Respondi, soltando a mão dele e dando alguns passos para a esquerda, me afastando um pouco e olhando para os becos. Óbvio, tem aquela aura escura, e um grupo de demônios em um deles.

Ah, chegamos.

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1547 Palavras

Eu quero recomendar uma fanfic de um amigo meu que também me recomendou, o Mateuszinkk! Tá muito boa!