GANANDRYA - guapoduo

Capítulo 5

Hej!!! Só para avisar que a obra está em português de Portugal, então, caso não percebam alguma palavra é só perguntar!

Vou tentar "abrasileirar um pouco" 🤓☝🏻

Caso haja algum erro ortográfico, por favor avisem !!!

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O caminho é fácil de seguir

Os trilhos são de passagem comum, tanto por turistas como por pessoas da vila, notando-se a terra calcada pelo verde envolvente. Cada pedaço está indicado por tabuletas, e o mapa que leva está anotado de forma muito claro

Antes de vir para Ganandrya, tinha lido sobre o especial orgulho dos habitantes pela floresta e pelas montanhas. E agora Roier começa a perceber o porquê. Está completamente apaixonado pela paisagem que se abre à sua volta

Ainda vê algumas pessoas a passear pela floresta, mais perto da entrada. Famílias a arrumar merendas, casais a procurar locais escondidos

À medida que vai entrando no seu interior e começa a anoitecer, o som que se ouve deixa de ser conversas, risos ou segredos murmurados

A água do rio galga à sua direita, percorre a montanha até ao enorme lago. Pássaros chilreiam, e pequenos bichos cantantes começam a ficar ativos no lusco-fusco, enchendo a floresta de estranhas melodias. Vê um pequeno furão dourado a fugir entre a folhagem densa

Decide pôr mãos à obra e começar a recolher plantas por onde passa

Após uma hora de trabalho, Roier avista alguém. Está deitado debaixo de uma árvore, com um livro aberto a tapar-lhe a cara. Veste uma camisola escura de algodão com mangas compridas e calças de ganga

Roier aproxima-se devagar e sente-se subitamente invadido pelo sentimento de confrangimento que o tinha atacado nos últimos dias. Mesmo com o livro a fazer sombra, é fácil perceber a quem pertence os cabelos louros. É Cellbit e está a dormir

Roier pondera aproveitar a ocasião para falar com ele e esclarecer a infeliz ocorrência no café

Talvez não seja a melhor altura para pedir desculpa. Por outro lado, a culpa não é de todo dele, afinal, foi vítima de sabotagem. O que é irrelevante, os estragos estavam feitos

Com a sua indecisão, de tanto andar em círculos, acorda o vampiro

- O que foi? — pergunta uma voz arrastada — AH! — faz ao reconhecer Roier, esfregando os olhos

Roier fica uns segundos embasbacado a olhar para Cellbit, que está demasiado ocupado a despertar. Bem, como o mal já está feito e já o tinha acordado, o moreno decide aproveitar para despachar o assunto

- O meu nome é Roier De Luque e o meu amuleto mágico deu cabo de algumas coisas do seu café — diz, num tom formal, enquanto estende a mão — Queria pedir desculpa. Como é óbvio, irei pagar qualquer dano causado pelo incidente. Ainda que não seja possível frequentar o café, é meu dever reparar o mal que foi feito

Cellbit limita-se a olhar com muita atenção para a mão estendida de Roier, o que o deixa desconfortável. Começa a sentir o peso que era ter o braço estendido e fecha os dedos, baixando-o