PRÓLOGO

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Hej!!! para avisar que a obra está em português de Portugal, então, caso não percebam alguma palavra é perguntar!

Vou tentar "abrasileirar um pouco" 🤓☝🏻

Caso haja algum erro ortográfico, por favor avisem !!! <3
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Existe a crença de que a magia não tem cheiro. A magia é vista como um pulso de energia criado por bruxos e fadas, com capacidade para efeitos que podem ser tão extraordinários como corrosivos

Foi a ferramenta que tinha permitido ao país desenvolver-se e florescer, mas foi também um instrumento de dor e perseguição quando foi criado

A magia não era apenas energia que criava efeitos físicos. Tinha sabor, tinha tato, tinha forma, tinha cheiro

Lembrava-se daquele dia, há tantos anos, numa noite sem estrelas, mergulhada numa escuridão que afogava, que se tinha colado ao corpo e que se prolongava até hoje. A magia era o ácido debaixo da pele, que ainda deixava marcas.

Era sentimento de solidão, de perda, a sombra de uma escolha errada de há tanto tempo

Lembrava-se dos gritos, das gargalhadas de quem o tinha atacado. Dos dedos da irmã a agarrarem com urgência a sua mão, procurando em vão protegê-lo dos vultos que os circundavam. Da forma como os pais tentaram alcançá-lo

Não conseguiram

Nunca o conseguiram

Lembrava da rigidez da magia a toldar-lhe o espírito. De os pulmões se encherem de pó, de se queimarem, e, de repente, de deixar de ser corrompido

Lembrava-se de ficar fechado na sua mente, sozinho. De tentar parar o que acontecia à sua frente. De falhar

Lembrava-se do medo, da vergonha, da culpa

Lembrava-se das coisas de que não se queria lembrar

Do sabor a terra, do ar irrespirável

Lembrava-se da magia de sabor a sangue

GANANDRYA - guapoduoOnde histórias criam vida. Descubra agora