GANANDRYA - guapoduo

Capítulo 9

Hej!!! Só para avisar que a obra está em português de Portugal, então, caso não percebam alguma palavra é só perguntar!

Vou tentar "abrasileirar um pouco" 🤓☝🏻

Caso haja algum erro ortográfico, por favor avisem !!!

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Roier sente uma intensa dor no fundo das costas. Esfrega-as enquanto resmunga. Estar manhãs inteiras enterrado em livros na biblioteca da vila começava a mata-lo

Se levanta, espreguiçando-se. É meio-dia, altura perfeita para dar uma volta. E era uma boa oportunidade para aproveitar o dia ensolarado e visitar o centro histórico de Ganandrya

Tira uma sanduíche da mala, comprada nesse manhã no café Sweet Coffe, e almoça enquanto explora o seu redor. É tão diferente da capital. A arquitetura dos edifícios ainda conserva as raízes tradicionais vampíricas, mais geométrica e menos chamativo do que a dos bruxos. Heras e arbustos crescem e trepam pelos edifícios de pedra, com flores roxas a despontar por entre o verde da folhagem

As ruas são estreitas, porém não se sente sufocado. Por todo o lado, há vasos e luz. O som de pássaros é constante, ouvindo-se de vez em quanto algumas conversas de pessoas. Roier não esperava que "a vila mais amaldiçoada" fosse tão agradável. Por vezes, um ou outro vampiro olha para ele, mais com curiosidade do que com desconfiança

Roier sorri enquanto toca num colar em forma de sol. Tem que admitir que a sua roupa não é, de todo, discreto

Segue por um caminho perto da igreja antiga, até dar de caras com um cemitério. Não é visível antes da curva, só se percebe que existe quando se dobra a esquina

Tal como o centro da vila, era antigo e bem cuidado. Está rodeado por um muro de pedra, com musgo a espreitar. O portão é de ferro trabalhado. Se aproxima e repara num papel fixado à entrada com informação e fotografias de duas pessoas. Reconhece um dos nomes lá escrito

- "Vicenze Spina" — lê

É o nome do autor do livro de botânica de Ganandrya. O outro nome é Lidia Spina. Era a mulher dele

Ao observar as datas, nota que diz que se aproxima o aniversário de oito anos de um incidente que tinha levado ambos à morte. Procura a causa no texto, mas não encontra. Apenas refere umas palavras vagas, em que os filhos do casal agradecem o apoio da comunidade

Roier fica pensativo. No ataque do outro dia, o fragmento da bomba no meio do monte era recente. Toca no brinco. Não gosta de coincidências. Até porque Cellbit tinha reagido de forma estranha quando esse assunto tinha surgido. Como se estivesse desconfortável com o tema

- Vais entrar? — ouve uma voz conhecida por trás dele

Roier se vira e vê Cellbit e o seu coração acelera. O vampiro aponta para a entrada, que está bloqueada pelo moreno

- Desculpa — pede, atrapalhado e se afasta — Um dos nomes deste lista chamou-me a atenção, estou a ler um livro dele

- Sim, você me disse à pouco