GANANDRYA - guapoduo

Capítulo 8

Hej!!! Só para avisar que a obra está em português de Portugal, então, caso não percebam alguma palavra é só perguntar!

Vou tentar "abrasileirar um pouco" 🤓☝🏻

Caso haja algum erro ortográfico, por favor avisem !!!

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- Isso é demasiado, Bagi — Cellbit resmunga — o bruxo é rico, ele que pague!

- Ele salvou o Pac

- Não o torna menos rico

Cellbit desiste de tentar convencer a irmã

Passaram 3 dias desde a bomba na montanha. Roier ainda tem a mão esquerda enfaixada, por precaução. Não foi nada que o perturbasse, custou muito mais o tempo que esteve sem magia, até recuperar. Não ajudou que o amuleto estivesse estragado e não possa usar a sua capacidade total até o arranjar

Um bruxo sem magia é uma criatura patética — pensa para si mesmo ao entrar no café Sweet Coffe para resolver o "assunto" pendente.

- Quero pagar os estragos que fiz da última vez que vim aqui — Roier pede chegando-se ao balcão. Alguns clientes olham para ele, mas Roier não se importa

Bagi diz a quantia do arranjo. Para surpresa de Cellbit, o moreno nem sequer pestaneja ao ouvir o valor. Apenas pergunta:

- Posso pagar com moedas de fada? — tira algo que parecia uma moeda normal, tirando o facto de ter o tamanho de um prato de chávena de chá — Não sei se já usam isto, mas se tiverem conta num banco de fadas, o dinheiro vai logo para vocês

- Está falando sério? — Cellbit está surpreendido. Aquele valor é três vezes mais elevado do que o necessário. E Roier age como se não fosse nada

- Sim — O mexicano toca no seu brinco em forma de estrela — Não sei se isto já está difundido aqui. Não costumo andar com dinheiro comigo — se desculpa, atrapalhado — Mas se quiserem posso arranjar e vir cá outr

- Aceitamos qualquer tipo de pagamento — Bagi diz

Roier passa o dedo pela moeda. No lugar onde costuma ter o valor das moedas normais, o relevo agora diz o custo total da transação. Bagi pressiona o dedo no centro da moeda para aceitar

Cellbit prefere não comentar o que a irmã acaba de fazer, e diz a Roier para se sentar, que já vai ter com ele

- Agradeço muito a oportunidade de me deixarem reparar o que fiz — diz, antes de se afastar

Roier se senta perto do piano. A vontade de tocar e as memórias com a sua tia-avó surgem na sua mente. Talvez não fosse má ideia comprar um piano novo para a casa de Ganandrya

- Aqui está — Cellbit aparece à sua esquerda, com uma chávena de chá quente, fazendo o moreno dar um pulo na cadeira fazendo o loiro rir — Não vou expulsar você de novo

- Vocês, vampiros, têm a capacidade de aparecer de repente, sem som — Justifica. Olha para a bandeja, confuso. Ainda não tinha pedido nada

- É por conta da casa, por teres ajudado o Pac — pousa a chávena — e por teres impedido que eu tivesse levado com uma explosão em cima — pousa uma fatia de bolo — Como está a sua mão?

- Só fiz o que deveria ser feito. Mas obrigado

Cellbit sorri, e Roier repara no seu sorriso meio de lado, subindo pela parte direita da face e criando uma pequena cova. Apesar da barba, é visível. Se atrapalha e deixa cair o livro que está a tirar da mala

O brasileiro é mais rápido e o apanha antes de Roier se baixar. Lê o título do livro

- Guia Ilustrado da Flora de Ganandrya, por — Cellbit hesita antes de continuar — Vicenze Spina

- Sim, depois do que aconteceu na floresta, achei que deveria aprender um bocado mais sobre a flora local para evitar ficar com as mãos queimadas. E segui o seu concelho. Escolhi alguém de Ganandrya

Cellbit lhe devolve o livro, sem parar de olhar para a capa

- Acho que é uma boa ideia. Bem, se você precisar de mais alguma coisa, pode me chamar

Roier não percebe o que está a incomodar o vampiro, e há tanta coisa que queria lhe perguntar. Sobre as bombas, a forma como reagiu na montanha, as cicatrizes. E, pensa Roier ao trincar o bolo, como aprender a cozinhar assim

Roier está a fazer de conta que revê os apontamentos à sua frente, enquanto espreita Cellbit pelo canto do olho. O loiro está a trabalhar e tem uma camisa pesada vestida. Apesar do calor de verão, ainda não tinha visto Cellbit de manga curta.

Fala com clientes, sorriso cordial, no entanto, não é o mesmo que mostrou a Roier. As suas cicatrizes cintilam com a luz. São claramente cicatrizes de feitiço. E sãos feitiços de magia de bruxo, o que deixa Roier com um arrepio na espinha

Agora, os olhos castanhos de Cellbit mudam de expressão. Está focado na tarefa, sim, mas também parece perdido em algo dentro da sua mente. mas fora daquele café, daquele sítio

Roier decide se focar no que está a ler

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