destino

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- SOLTE A REFÉM,e TALVEZ A GENTE NÃO FAÇA COM VOCÊ,O QUE FIZEMOS COM SEUS AMIGOS.
Chutou a perna de um dos corpos no chão,essa não seria a melhor abordagem a ser tomada naquela situação,Diane estava paralisada em certos momentos,nem respirava,tinha muito medo do que pudesse acontecer.
- Que isso cara,cala a boca,saia.
Josh tentou aliviar a tensão do policial. E fez questão de se abaixar com calma deixando sua arma no chão,pediu a todos para recuarem um pouco ,Demonstrando ao sequestrador que estava disposto a negociar,isso o fez ficar mais calmo.
- EU QUERO UM CARRO E A IMPRESA SENÃO EU MATO ESSA PUTA
Josh fez sinal em negativo com a cabeça. O homem apertou mais Diane junto a seu corpo.
- O QUE SEU PORRA????
Josh fez sinal com a mão lhe pedindo calma.
- me chamo Josh, só para te atualizar, Joe já está preso,e nesse momento Piscatella, é esse o nome do seu chefe né?
O homem nada respondeu,mas ficou calado,sua mão tremia o fazendo balançar o revólver sobre a cabeça de Diane.
- Está prestes a ser pego, lá na praça perto da ponte do Brooklin. Então não vai mais ter dinheiro e nem fuga para vocês...
Josh nesse momento olhou para os corpos e refes a frase.
-Quer dizer para você.
- VOCÊ ESTÁ BLEFANDO, SÓ QUER QUE SEU SOLTE ESSA PUTA.
Deu um passo para trás, encostando mais na parede.
- Não estou. Você pode sair daqui com uma anotação minha de colaboração,e isso pode ajudar você,claro se você nos ajudar mais,mais chances de redução de pena terá. Mas precisa soltar a refém em segurança. Então coloque a arma no chão com calma.
Deu um passo em direção dos dois.
- A liberte filho,isso agora não vai te levar a nada.
O homem tirou a arma de Diane e a apontou ao polícial.
- PARADO PORRA.
Josh fez novamente sinal de calma.
- acabou filho, acabou.
Nessa hora o homem apertou o gatilho para desferir um tiro em Josh, Diane começou a chorar,mas a arma falhou, não era esse o destino do honrado polícial, ele cruzou os olhos com os azuis de Diane,e ela pode dessa vez ver claramente as palavras em seus lábios.
- ABAIXA...
E assim o fez,e um tiro foi dado,apenas um,e Diane sentiu a força que a segurava falhar,sem pensar correu em direção ao polícial a sua frente se jogando em seus braços,e sendo acolhida sem cerimônia.
- Obrigada, obrigada.
Josh tinha no peito um sentimento de dever cumprido. Levou Diane até o lado de fora, onde uma ambulância já a esperava para ter os primeiros atendimentos. Pegou o telefone e ligou para Figueroa.
- Missão cumprida.
Respirou aliviado, enquanto olhava a bela mulher que era Diane lhe sorrindo em gratidão.
//
Após receber a ligação de Josh, Fig ficou ainda mais confiante de que tudo daria certo,chamou Piper e lhe contou as novidades.
- Fig que ótimo, então fale com Alex tire ela de lá,sua mãe já está segura.
Falou esboçando um enorme sorriso de alívio.
- Piper,mesmo com Diane já segura,ainda precisamos pegar o líder do sequestro, Alex está segura, só precisa deixar a mala e sair de lá, não terá nenhum risco,fique tranquila.
Piper retirou o sorriso de imediato.
- Fig está espondo ela a esse risco por que? Diane já foi resgatada é a vida de Alex que está em perigo agora?
Figueroa,tentou explicar a Piper, lhe fazer entender.
- sim,mas os culpados tem que ser pegos não? Ela só vai por a mala e sair,se a gente avisar ela que Diane está segura,ela pode não reagir como queremos,e se ela resolver bater de frente com o sequestrador? Entende que isso seria mais arriscado? Tem que confiar em mim agora certo.
Fazia sentido, Fig realmente merecia aquele cargo,ela era muito inteligente,pensava em todas as ações e reações antes mesmo de agir.
- Você tem razão.
//
Beethoven,um dos maiores nomes da música clássica,um soneto em especial era o predileto de Alex,um que ela representou na primeira vez que subiu a um palco Moonlitgh, engraçado era o por que ele ecoava em sua cabeça naquele momento,a fazendo ficar fora de plano, viajando,a grande pressão dos últimos dias estavam a levando no limite,e aquela noite em especial era a mais difícil. Uma perna de cada vez,o caminho não tinha estrada de tijolinhos amarelos,nem a levariam a um mágico que lhe forneceria um pedido, nem pássaros cantantes, não era um conto de fadas onde a mocinha teria um final feliz,bem era o que ela pensava,estava escuro,frio e estranhamente silencioso.
- tam,tam,tam
Começou a murmurar baixo,tinha medo de perder sua mãe,se sentia culpada,trabalhava demais para cuidar dela,de sua saúde,mas esse mesmo trabalho havia a posto em perigo,o que seria o certo então a se fazer,estava pondo em questão tudo naquele momento,como um flash antes de algo ruim acontecer.
-tam,tammmmmm.
Puxou o ar devagar,ele entrou gelado pelas narinas,e o soltou agora quente pela boca. Avistou o banco a frente,era só por a mala embaixo,e sair. Seguiu,mexia os dedos sobre o ar em forma de ondas.
-Alex ponha a mala,e saia o k?
Pelo radio Fig dava as orientações.
- Alex,na escuta?
Não teve resposta. Ao chegar em frente ao banco,ela fixou seu olhar pela madeira,com uma mão deslizou seus dedos, sentiu as farpas elevadas,se atentou a uma marcação em coração,parafusos, até sentiu as gotículas de água geladas depositadas ali,a outra apertava com força o couro alça da mala.
- deixar a mala, embaixo do banco e sair.
Falava o que tinha que fazer,mas estava em choque, não se mexia.
//
Figueroa havia preparado todos os arredores da praça de forma a favorecer na ação,tinha colocado polícias em todos os locais possíveis,em bancas de vendas,como casais de civis,até mesmo como trabalhadores da limpeza. Qualquer pessoa suspeita que chegasse seria observada de perto até ser descartada qualquer ligação com o caso. Então assim que Piscatella chegou ao local, começou a ser observado de perto.
- Fig possível suspeito a leste do ponto de troca,sozinho e em movimento suspeito,indo em direção contínua, câmbio.
- o.k já estamos visualizando com ajuda das câmeras e do drone, câmbio.
Agora é só esperar quem quer que pegasse a mala,para prisão em flagrante.
- Alex,a mala. Já a colocou no local da troca? Temos um possível suspeito indo em sua direção você precisa sair dai.
E nada de resposta.
- Equipe qual posição de Alex vause nesse momento?
Todos os responsáveis pelas imagens começaram a procurar,nesse momento Piper percebeu que algo estava errado e sem pensar saiu sem ser vista,fazendo o mesmo caminho que Alex minutos antes, praça a dentro.
- Senhora Fig,ela está em posição,mas não colocou a mala.
Fig balbaciou.
- Merda.
//
Mesmo entendendo a colocação de Fig Piper,estava incomodada de Alex não ter sido informada que sua mãe já estava em segurança, fodasse os sequestradores,quando percebeu que ela não respondia pela comunicação com os policiais,ela sabia que algo não estava certo,em seu peito tinha um aperto,desde a última visão da morena olhando para trás. Com a tensão ninguém percebeu sua saída .
- Estou indo meu amor
Corria pela praça, os olhos agitados a procura de qualquer sinal de Alex. Mas nada, contínuou em disparada, não pararia até acha-la. Por fim estava quase sem fôlego quando a frente viu sua amada,estava parada em frente ao banco,seus olhos perdidos,via as lágrimas escorendo.
- ALEX!!!!
A morena lhe direcionou o olhar,e lhe sorriu com fraquesa. Foi ao seu encontro, Alex deu alguns passos mas outro chamado a fez parar.
- EI PUTA DANÇARINA,ONDE VAI COM A MINHA GRANA.
//
A o destino não dava trégua,cada vez mais ele agia contra,ou seria a favor?
- MERDA, Fig,Piper está no local da troca.
A mulher olhou assustada,procurou ao redor em busca da amiga,mas não a viu,correu aos monitores e viu a cena, Alex estava entre Piper e o homem,ainda segurava a mala,sabia que levar a loira era um erro,mas quis lhe dar um voto de confiança,e esse voto poderia levar o plano todo por água a baixo, agora ela tinha nas mãos a vida de duas civis, não sabia se o homem estava armado.
- MERDA. Todos os policiais para o local da troca AGORAaaaaaa....
//
Um arrepio lhe tomou a espinha,aquela voz,ela conhecia,a mesma lhe atormentava os pensamentos,era o homem,sim o que estava com sua mãe,sabia,aquele tom arrogante e autoritário,devagar olhou para trás sobre os ombros,os olhos verdes viram atrás de si,um homem bem alto,seu rosto estava escondido sobre um capuz,o escuro da noite não lhe permitia ver com clareza de quem se travava.
- Alex, vamos,deixa a mala ai e venha até mim. Por favor.
Piper praticamente implorava.
- Isso puta deixa a mala e sai, senão já sabe né...
Piscatella riu,o desgraçado não perdia a chance de mexer com o psicológico de Alex,ver a dor nos outros era o que lhe dava prazer. Nesse momento o corpo de Alex começou a tremer.
- ALEX,olha pra mim,amor por favor deixa a mala ai,e venha até mim.
Alex sabia que era isso desde o começo que tinha que fazer,mas não conseguia sair do lugar,parecia estar em um estado de pânico,seu corpo não respondia aos seus comandos. Nesse momento Piscatella sacou sua arma e apontou para Alex.
- SOLTA A MALA AGORA PUTA. TÔ PERDENDO MINHA PACIÊNCIA PORRA,VOU TE MATAR E MATAR SUA MAMÃEZINHA.
Esse foi o gatilho para Alex reagir. Soltou a mala,mas não foi na direção de Piper,se virou para o homem,e lhe olhou atentamente. Piper sem nem pensar levantou as mãos e foi em direção a Alex devagar.
-  PARADA VOCÊ TAMBÉM PUTA LOIRA.... PORRA
- Não atira por favor,vamos embora o dinheiro está todo na mala, Alex não está raciocinando bem,por favor não atire.
Piper continuou indo em direção de Alex e lhe abraçou pela cintura e começou a sussurrar no ouvido.
- alex pelo amor de Deus,me escuta amor,sua mãe já está segura, Fig já conseguiu resgata-la, você precisa me ouvir, faça o que estou falando, levante as mãos e venha comigo. Por favor.
Nesse momento Alex começou a tremer mais,olhava sem piscar para o homem a sua frente,ele ainda apontava a arma para ela,mas o alívio no seu peito foi como tomar chuva depois de um dia de calor,ou pisar na grama de pés descalços.
- amor vamos sair daqui, Fig deve estar a caminho,vamos por favor..
- Tá bem.... tá bem.
CALMA ESTAMOS SAINDO,ESTAMOS SAINDO...
Piscatella ficou calado,apenas observando,com a cabeça inclinada lateralmente,parecia um louco.Foram dando passos calmos para trás,as duas com as mãos para o alto,os corpos colados, Piper a todo momento falando ao pé do ouvido de Alex,para manter a calma, até estarem a uma distância segura. Após alguns minutos,se deparam com Fig.
-PUTA MERDA PIPER,TEM NOÇÃO DO RISCO EM QUE VOCÊ COLOCOU TODA EQUIPE?
A loira estava agarrada a Alex de cabeça baixa,sabia do que tinha feito.
- Desculpa Fig mais faria de novo.
Se olharam.
- Certo homens vamos, vocês acompanhem elas até o carro,em segurança.
E correu para o interior da praça.
Piscatella estava ajoelhado perto da mala,havia a abrido pegado um malote e cheirado. Pegou seu celular para ligar para o pessoal que estava com Diane,mas nada de atenderem a ligação,mas ele já estava com a grana, fodasse o resto. Levantou,pois a mala nas costas, na hora que ia levantar,uma grande luz se posicionou sobre ele,era um helicóptero que acompanhava tudo com um atirador a bordo.
-PARADO... POLÍCIA...
O grandalhão sorriu,pois a mão sobre a cabeça e deitou no chão.
- não dá para confiar nas mulheres.
Nesse momento mais polícias se posicionam de ambos os lados,cercando o homem lhe pondo as algemas,o carro com seus companheiros já havia sido abordado assim que ele desceu. Fig pode após tantas horas respirar aliviada, tudo havia dado certo. Não como ela planejou, mas havia dado certo.
//
Alex só queria saber como estava sua mãe, então implorou ao polícial que as levassem para ver Diane,ele mesmo sem ordem direta de Fig,ficou com pena do choro da mulher a sua frente,sabia de todo o sofrimento que ela estava passando.então se dirigiu até o hospital. Chegando lá Alex desceu em disparada, Piper riu da animação e felicidade da amada a sua frente,agradeceu ao polícial pegou as bolsas,fez questão de ligar para Nicole e lhe passar tudo que havia acontecido. E então seguiu até o quarto onde estava a mãe de Alex.
//
Alex chegou a recepção em desespero.
- Moça Diane Vause..
-  O que?
- por favor qual quarto de Diane Vause.
- sr me desculpe,mas ela está sob escolta polícial, não pode receber visitas no momento.
-MOÇA PELO AMOR DE DEUS É MINHA MÃE.
Começou a chorar.
- Calma,quarto número doze. Cole isso em sua roupa.
Alex correu,nem dando atenção recepcionista,Piper que vinha atrás pegou a identificação de Alex e pediu uma,se apresentando como advogada de ambas,na porta Alex viu dois policiais na porta,se identificou,com a mão trêmula abriu a porta,na cama viu sua mãe,estava de olhos fechados, parecia dormir,entrou com calma, não conseguia parar de chorar. Ao lado da cama, observou tantas marcas roxas pelos seus braços.
- Deus o que fizeram com você.
Ficou lhe observando por alguns segundos,passou a mão devagar pelos cabelos,deitou a cabeça sobre a cama.
- Me perdoe por tudo isso mãe,por ter sido essa filha de merda, não ter conseguido cuidar de você...e ter te posto em risco
Chorava muito. Nesse momento suas mãos receberam o acalento das mãos de sua mãe. A voz saiu fraca .
- nunca mais repita isso meu amor, você sempre foi e sempre será,minha maior riqueza.
Alex levantou a cabeça os olhos se encontraram. O abraço foi único naquele momento,os corações batiam fortes e foram se acalmando aos poucos.
- Mãe como está,sei que essa pergunta é idiota. Mas como está na medida do possível?
- agora estou bem filha, graça a Deus você está bem.
- eu? Mãe você que estava em perigo.
- filha você era minha maior preocupação, todos esses dias, só pensava em como estaria meu bebê.
Nesse momento Alex ouviu um barulho na porta, Piper havia chegado,e fez sinal de desculpas com a mão. Alex riu e a chamou. Ela disse que não, Alex insistiu.
- Mãe,essa é Piper,a pessoa que mais nos ajudou em todo esse pesadelo,ela é sua nora.
Piper engoliu em seco,e cutucou Alex. Aquela não era a hora pra isso.
- Ai,que foi eu disse que você tinha que conhecer sua sogra,eu prometi.
Diane ficou em silêncio,mas tinha um enorme sorriso no rosto.
- Alex vause namorando? Só uma mãe sequestrada para fazer um milagre desses não? Meu bem prazer,você é linda,parece um anjo.
- MAEEEE...
Piper estava muito envergonhada,mas não podia negar, Diane era linda,mesmo estando muito machucada tinha uma beleza exuberante,agora sabia de onde  Alex havia puxado.
- Senhora o prazer é meu, Alex não devia ter feito isso agora,devia ter esperado.
Gesticulou para a morena.
- fico muito feliz em ver que tudo correu bem,espero que sua recuperação seja boa,e podem contar comigo para qualquer coisa,sim?
Diane e Alex piscaram os olhos.
- É filha escolheu bem.
Depois de ficarem por alguns minutos conversando, Diane precisou seguir para alguns exames, Alex e Piper foram tomar um ar,pegaram um café na máquina no hospital, foram para o lado de fora,sentaram sobre uma mureta, próximas as ambulâncias.
- Pipes,quero te agradecer por tudo que fez por mim, sério. Jamais poderei pagar em vida a você,eu tava sendo uma escrota,e mesmo assim você fez de tudo para me ajudar,buscou sua amiga Fig que foi otima,e fez a libertação da minha mãe possível, fora a felicidade que senti com você antes desse pesadelo.
Lhe beijou na bochecha.
- Alex, não precisa agradecer,eu faria tudo de novo,desde a primeira vez que te vi naquele palco,soube que era você...a primeira e única mulher da minha vida, além da minha mãe Claro.
As mãos agora dadas. Ficaram se olhando pareciam adolescentes,as borboletas na barriga,aquela timidez que brota do nada.
- Pipes,eu te amo!
A loira deu um sorriso,desde que havia se declarado antes esperava a reciprocidade de Alex nesse sentimento, alisou o rosto da amada, chegando mais perto,lhe deu um cheiro no pescoço, abraçando sua cintura.
- te amo.
E ali ficaram, observando as estrelas,o que seria daquele relacionamento dali em diante, só dependeria delas mesmas, o destino quis que ele começasse dessa forma,era a história delas que estava começando a ser escrita. De mãos dadas,afinal o amor é isso, acalento, prazer, cumplicidade, ele pode ser magnífico,aliado ao destino.

"Destino é aquilo que já vem pronto, ou seja, que expressa o carma, a circunstância de vida que o indivíduo precisa superar, ou fazer valer para um momento próximo, que deverá ser enfrentado por ele. Trata-se sempre de uma situação que acaba por determinar a necessidade de fazer uma escolha."


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