Guardiões, corredores e dimensões parte 1

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♠️No silêncio do chalé, a luz das velas dança nos pilares enquanto Marine e Lika se debruçam sobre o cajado. A brisa fria e gélida da madrugada carrega consigo uma energia misteriosa, refletindo a urgência de uma ameaça oculta.

▪️ Precisamos decifrar isso, minha filha. A resposta para fechar ou destruir aquele portal encontrado por Simba pode estar aqui. ♠️ Marine franze a testa, preocupada.

▪️ Mas mãe, se está em feérico, a resolução se torna mais fácil. A senhora conhece o idioma, então prosseguir seria menos complicado. ♠️ Lika tenta animar sua mãe, oferecendo uma perspectiva otimista.

♠️ Marine, aflita, explica: ▪️ O problema, Lika, é que essas inscrições não são apenas em feérico. Elas contêm diagramas e dialetos desconhecidos para mim, e é isso, minha filha, que está dificultando o deciframento desse cajado.

▪️ Mãe, eu e Regulus fomos até o fronte atrás de pistas sobre a energia maligna que Simba encontrou no canavial. Os moradores de lá nos entregaram o cajado e o punhal. Talvez lá eles tenham algo que nos ajude a decifrar o que está escrito. ♠️ Lika compartilha animadamente com sua mãe, esperançosa de uma solução para a situação.

▪️ Esse é mais um problema, Lika. O fronte possui muitas armas banhadas com o dcho-hul muito antigas. E os magos aldeões não conhecem tudo sobre elas. >Respondi à minha filha com frustração evidente em minha voz.< ▪️ E se estou tendo dificuldades em decifrar o que está escrito no cajado, certamente eles também terão. Até porque foram eles quem me ensinaram sobre a cultura do povo feérico. Bem... O pouco que sabem. ♠️ Marine desabafa para sua filha, deixando transparecer sua desilusão com a situação.

♠️À atmosfera no chalé se intensifica, revelando um desafio que transcende a compreensão humana. Enquanto as chamas das velas tremulam, mãe e filha se preparam para desvendar um enigma que pode determinar o destino da cidade. No interior do chalé, o clima pesa quando Marine, após uma pausa angustiante, decide partilhar com Lika a verdade sobre a missão de Nickellyahw.

▪️ Lika, eu preciso que saiba a verdade sobre seu irmão. A missão à Biblioteca Real de Drakon foi uma encenação para tirá-lo de cena. ♠️Marine suspira ao revelar isso para sua filha.

▪️ O quê! Por que faria isso? ♠️Lika, surpresa, olha para a mãe sem entender completamente.

♠️Marine: ▪️ As vezes, precisamos fazer escolhas difíceis para manter aqueles que amamos.

▪️ Escolhas difíceis! Mãe, você tem noção do quanto Nickellyahw esperou para reencontrar a Joyce após tanto tempo? Sabe o quão crucial é para ele participar dessa missão da qual o papai o excluiu? >Minha surpresa ao ouvir a resposta de minha mãe se misturou com uma profunda indignação.< ▪️ Você faz ideia de como ele se sentiu por ter sido deixado de fora? E você me mete essa de que é para protegê-lo. ♠️ Lika desabafa, abalada e transbordando de aversão.

▪️ Sim, eu sei de tudo isso. É exatamente por saber que o mandei para um lugar bem longe, para que ele não pudesse interromper a seu pai e os demais. ♠️ As palavras de Marine ecoam com uma tonalidade de repreensão.

▪️ Mas e daí... Esse era o momento dele, o reencontro dele, independente do que aconteceu, era para ele estar na linha de frente. E não um bando de adultos igual a você achando que está fazendo o melhor para a gente. ♠️ Lika responde, carregando suas palavras com provocação.

▪️ Até parece que você não conhece seu irmão. ♠️ A voz de Marine soa com irritação evidente.

♠️ Lika: ▪️ Sim, eu conheço meu irmão. Conheço o suficiente para dizer o quão você e o papai estão sendo imaturos com ele.

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